Desde seu lançamento, League of Legends passou por uma série de mudanças. A primeira versão do jogo é muito diferente da atual, o que faz sentido, já que o MOBA existe há quase 13 anos. Melhorias de jogabilidade foram implementadas pouco a pouco, de acordo com os avanços tecnológicos ou novas visões de desenvolvimento. LoL é um jogo de grandes sucessos e fracassos que mudaram para sempre o seu destino.
Os campeões que mudaram a história da Riot
Um dos chefes da Riot Espanha revelou recentemente o curioso caso de Rengar, cuja estreia no LoL fez a Riot ser mais paciente com seus personagens recém-lançados. Desde então, essa filosofia faz parte da empresa. Atualmente, não nos surpreendemos quando um campeão apresenta 40% de taxa de vitórias após ser lançado.
E o caso de Rengar não é o único que mudou a desenvolvedora para melhor. Reunimos nesta lista cinco campeões que também contribuíram para a evolução do LoL como um todo, em diversos aspectos.
Singed
Existe um certo misticismo em relação à criação de Singed e muitas teorias conflitantes, mas a mais estabelecida é a de que ele foi o primeiro campeão criado pela Riot Games para o LoL. Isso porque os desenvolvedores queriam se separar o máximo possível do Dota, o primeiro grande MOBA da história - no qual muitos criadores do LoL trabalharam.
Dessa forma, Singed não mudou a história do jogo, mas a marcou. No entanto, seu efeito não foi imediato. League of Legends recebeu muitos personagens estereotipados em seus primeiros anos. Miss Fortune e Gangplank como os piradas, Lux como uma clássica feiticeira de luz, Garen como um paladino e Ashe como arqueira são apenas alguns exemplos.
No entanto, com Singed, foram lançadas as bases para campeões mais estranhos, como Kog'Maw, Urgot e Yorick. Singed mostrou à Riot que dentro das semelhanças existiam variações que valiam a pena ser feitas para tornar o jogo diferente.
Aatrox
Embora alguns reworks tenham mudado e muito personagens como Yorick e Graves, a verdade é que nenhum deles atingiu o nível de Aatrox. A antiga versão do campeão simplesmente desapareceu de Runeterra, pois se retrabalho mudou todas as suas habilidades, deixando como único rastro de seu passado a passiva de ressureição - que já foi removida. Essa grande mudança foi lida como uma grande injustiça pelos mains Aatrox, que queriam sua versão original de volta.
Posteriormente, a Riot Games admitiu que o rework de Aatrox foi um erro e uma grande mudança. Desde então, a empresa levou muito mais em conta a base de jogadores dos campeões nos quais pretende aplicar um rework.
Vimos isso acontecer recentemente com Udyr, já que os aspectos e detalhes de jogabilidade do campeão foram revelados com bastante antecedência, para dar aos seus jogadores a chance de avaliá-los e participar ativamente do novo processo de desenvolvimento do personagem. O mesmo acontecerá com Skarner.
"Quando atualizamos um campeão, estamos atualizando algo que não nos pertence mais. Ele é um personagem que é amado, às vezes, por milhões de jogadores ao redor do mundo. Queremos ter certeza, acima de tudo, de que estamos fazendo as coisas certas", disse um funcionário da Riot sobre o tema.
Jinx
O espaço desta campeã nesta lista pode gerar uma discussão saudável, mas nos parece inegável que Jinx marcou a história do LoL de uma forma muito superior a qualquer outro campeão. Sua chegada ao jogo deu origem a criação de Arcane - série animada que foi um dos maiores sucessos da Riot Games, chegando a ganhar diversos prêmios.
Tanto como produto audiovisual, quanto como um trabalho para tornar o LoL atrativo, Arcane mais do que cumpriu seu papel. A Riot poderia ter feito várias outras histórias de Runeterra, mas não havia nada tão humano e chamativo quanto a separação de duas irmãs.
Poderíamos incluir a Vi nesta seleção, mas optamos pela jovem Powder e sua transformação, pois ela foi a última a se juntar ao elenco, abrindo espaço para a criação da série.
Aphelios
Seria justo mencionar Senna, Aphelios e Sett aqui, mas entre eles, Aphelios vence. O atirador e suas cinco armas são o caso mais exagerado da Riot, que estava procurando uma maneira de criar heróis chamativos, mas confundiu jogabilidade interessante com excesso de poder.
O campeão chegou ao LoL com uma taxa de vitórias desproporcional, o que levou a Riot a meses de trabalho tentando deixá-lo equilibrado. Mesmo após dois anos da chegada do campeão Lunari, seus ajustes ainda são um pesadelo para os desenvolvedores.
Nesse sentido, eles prometeram realizar lançamentos melhor balanceados a longo prazo, com campeões que teria menor poder e seriam mais fáceis de serem ajustados, evitando que o jogo "quebrasse" por meses. É verdade que Samira ou Zeri dominaram o jogo logo após suas estreias, mas em todos os casos os ajustes vieram rapidamente e o que era norma tornou-se exceção.
Talvez essa seja a mudança que mais afetou os jogadores, que agora nem sempre precisam pensar que um campeão está totalmente quebrado só porque acabou de chegar no jogo.
Aurelion Sol
Aurelion Sol é um dos maiores fracassos da Riot com lançamentos de campeões, e a verdade é que ele ensinou duas lições muito importantes para a empresa. A primeira foi confirmada pelos desenvolvedores nos antigos fóruns do jogo, Aurelion foi inspirado em Shin, campeão cancelado há anos, e isso ensinou eles a não ficarem tão empolgados com estreias, no sentido de que os campeões só deveriam ser lançados quando estivessem 100% bem feitos.
A segunda lição tem a ver com o tipo de campeão que Aurelion Sol é. Desde que esse personagem foi lançado, somente mais um mago de mobilidade chegou ao LoL, Taliyah. Essa categoria de personagens refere-se aos campeões da rota do meio, baseados em poder de habilidade e ótimas ferramentas de mobilidade.
Graças a ambos, a Riot percebeu que o lançamento desse tipo de campeão era um pesadelo para balancear, pois contribuíam muito para a equipe e não era tão satisfatórios para a maioria da comunidade.
Conteúdo adaptado de GalleGutsito, do MGG Espanha.*