Na última terça-feira (8), foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres e diversas personalidades, empresas e organizações de esports publicaram textos, tuítes e parabenizações sobre o tema. Pensando nisso, a caster e ex-pro player de CS:GO Amanda “AMD22k” Abreu e outras influenciadoras publicaram um manifesto chamado "Ainda seremos lembradas por vocês", sobre a importância de valorizar e respeitar o trabalho de mulheres todos os dias e não apenas em 8 de março.
"Nós mulheres que trabalhamos com esports somos muito próximas porque sabemos que somos nós, por nós. Desde que estou dentro do cenário vivo na pele a negação de espaços para que eu possa mostrar meu potencial e sei, pelas minhas amigas, que elas também. Isso piora muito quando recortamos classe, gênero e raça. A ideia é mostrar pro mercado e para toda comunidade que nós sabemos fazer isso o ano inteiro, que somos capazes e queremos espaço, queremos conquistar e queremos tornar mais fácil o caminho para as meninas que vierem em seguida", declarou AMD em comunicado oficial.
A influenciadora publicou um vídeo sobre o manifesto em seu perfil no Twitter:
Além de AMD, outras nove mulheres participaram da criação do manifesto:
- Rafaela “rafa” Arnoldi: coordenadora de comunicação da Gamers Club
- Camila “camyy” Natale: pro player, streamer e caster
- Olga “0lga” Rodrigues: pro player de CS:GO da FURIA
- Barbara Gutierrez: jornalista, hostess e criadora de conteúdo
- Evelyn Mackus: jornalista, apresentadora e repórter do Valorant Esports Brasil
- Barbara “Babi” Micheletto: narradora de Valorant e outros esports
- vicky SM: caster de Valorant e produtora de conteúdo
- Julia zaz: head de desempenho e managers na FURIA
- Jessyka “Suuhgetsu”: intérprete de Libras do CBLOL e do streamer Casimiro
De acordo com as influenciadoras, o objetivo do manifesto é gerar "reflexões e mudanças na percepção da atuação feminina na comunidade de esportes eletrônicos, seja como jogadoras, narradoras, jornalistas, profissionais dos bastidores, streamers, influenciadoras ou em qualquer âmbito que desejem atuar".
Muitas das contratações e iniciativas que surgiram nos últimos anos e que contam com mulheres, foram feitas com elas forçando a própria participação no cenário, após cobrar por inclusão repetidamente e criando projetos próprios - porque caso contrário poucos as ajudariam a entrar no meio.
É muito importante que projetos de comunidade e comerciais, verdadeiramente comprometidos com a causa, cresçam cada vez mais, abrindo caminhos novos e mais fáceis para futuras profissionais do meio. E vale lembrar que neste assunto devem ser levadas em conta interseccionalidades que envolvem racismo, gordofobia, homofobia, transfobia, entre outras, o que implica que mulheres pretas, amarelas e não brancas de forma geral, gordas, trans, entre outras também devem ser contratadas e respeitadas.