Amanda "AMD" Abreu foi mais uma jogadora que o mercado tentou promover uma migração de cenário. Neste caso, do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) para o Valorant. Em entrevista ao MGG Brasil, ela revelou que recebeu até mesmo proposta em dólar para competir no FPS da Riot Games.
Além de AMD, outros profissionais do meio também já falaram sobre o assunto e dividiram histórias semelhantes com o público. Um deles foi o treinador da Triumph, Marcos "tacitus" Castilho. "Eu nem baixei o jogo direito e recebi proposta para ser coach de um time norte-americano ganhando três ou quatro vezes mais do que eu ganho mensalmente no CS. Então é absurdo o dinheiro que está rolando lá", contou em entrevista ao site Draft5.
A fala de AMD e de outros profissionais dos esports escancara parte do êxodo que é possível observar em direção ao Valorant. Quando falamos da América do Norte, as maiores equipes de CS:GO de lá precisaram ir à Europa para se manterem competitivas, pois o cenário foi desmantelado com a ida de diversos pro players ao jogo rival.
No entanto, apesar da tentação das altas propostas, ainda há quem resista. A própria AMD é um bom exemplo disso, já que optou por permanecer no FPS da Valve. De acordo com ela, apesar do dinheiro - que faz diferença - não valeria a pena mudar de game por outros motivos.
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"Eu faço o que eu amo e CS eu jogo por amor. Se eu for jogar Valorant, eu serei o tipo de pessoa que critico no CS, que é quem não faz o 110% porque não é algo que ela ama e enxerga como sacrifício, podendo até enjoar. No CS eu sempre vou dar meu máximo porque nunca para mim será encheção de saco ou sacrifício."
Outra atividade na qual AMD tinha uma vida financeira mais tranquila era a de influenciadora e criadora de conteúdo, período no qual ela ficou afastada do cenário competitivo como atleta. Ela admitiu que neste tempo conquistou muitos bens materiais que sonhava em ter, mas que ao mesmo tempo não se sentia completamente realizada, pois sentia saudade de jogar competitivamente.
"Eu não tinha aquele gás [criando conteúdo] que o CS me dá. Eu amo trabalhar com conteúdo, amo comentar, mas aquele foguinho no coração só o CS faz em mim e por isso voltei a jogar."
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Atualmente AMD joga pela Havan Liberty, organização que está no cenário feminino de CS desde janeiro de 2021. Com o projeto ainda no início, ela e suas companheiras não conseguiram alcançar grandes resultados, mas a jogadora acredita que conquistas são uma questão de tempo até acontecerem.
Ela até mesmo brincou sobre a má fase: "Para nós é questão de tempo, mas espero que não muito, porque não estou aguentando mais...", disse aos risos. "Quero ganhar logo para poder voltar a ter a marra que eu tinha, pois por enquanto só abaixo a cabeça", completou ainda em tom bem humorado.
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As próximas competições que a Havan tem pela frente são o segundo split da Grrrls League e a Girl Gamer, campeonato que da última vez deu vaga para um mundial em Dubai. Como comentarista, ela ainda é aguardada no Valorant para transmitir competições do VCT Game Changers.
Além dos assuntos financeiros envolvendo a trajetória de jogadores de CS:GO, Valorant e influenciadores, AMD também falou sobre o início da sua carreira, rivalidade que existe no cenário feminino e mais. Confira a entrevista completa em nosso canal da Twitch ou Youtube.