Após ser acusado de injúria racial durante uma live, o streamer e CEO da Slick Hernan "Hastad" Klingler teve seu canal na Twitch banido. De acordo com o site StreamerBans, que faz o monitoramento de banimentos de canais parceiros da plataforma de transmissões da Amazon, esta é a terceira vez em pouco mais de um ano que o argentino sofre este tipo de punição, o que aumenta muito as chances de o canal de Hastad ser banido de forma definitiva desta vez.
Segundo o StreamerBans, o primeiro banimento de Hastad aconteceu no dia 21 de abril de 2020, e o segundo, no dia 21 de maio daquele mesmo ano. Nas duas ocasiões, Hastad ficou impedido de fazer lives pelo período de uma semana, mas retomou suas atividades normalmente depois.
Embora o motivo para o banimento não tenha sido oficialmente na internet, houve mobilização nas redes sociais para denunciar o canal de Hastad na Twitch, destacando o momento em que Hastad teria cometido o ato de injúria racial. Nesta quinta-feira, viralizou no Twitter um clipe da live de Hastad no qual o CEO da Slick está jogando Valorant, se irrita com um aliado e diz à ele: "Que pre...". Hastad interrompe a fala antes antes de concluí-la, que foi interpretada pela comunidade de esports como uma declaração de cunho racista, algo posteriormente admitido pelo próprio pelo influenciador.
Por volta da 1h30 desta sexta-feira (18), hastad se pronunciou sobre o caso no Twitter. O criador de conteúdo afirmou que se interrompeu, pois tomou um susto com a própria atitude e disse que vai "estudar mais" para não repetir o erro.
"Durante a live quando eu estava fazendo aquele comentário, na hora lembro de tomar um susto e me perguntar: porque eu cogitei usar essa palavra? Será que eu nao evolui (sic). Eu perço (sic) perdão de coração rapazeada. Hoje eu aprendo, amanha irei estudar mais sobre isso para que no futuro consiga ajudar que isso nao (sic) aconteça mais", escreveu o jogador após a repercussão negativa do caso.
Ainda na quinta-feira, por volta das 19h, o MGG Brasil entrou em contato com a SLICK solicitando um posicionamento oficial sobre o comportamento de hastad, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto. A organização também não falou sobre o caso em suas redes sociais oficiais.
Após a repercussão negativa da delcaração de Hastad durante a live e cobrança de grande parte da comunidade dos esports por punições a Hastad, a ExitLag, empresa a frente da ferramenta que diminui lag em jogos online e a Red Dragon, fabricante de periféricos, finalizaram seus respectivos contratos de patrocínio com o streamer.
Banimento da Copa Rakin
Ainda na onda de punições após ser acusado de injúria racial, Hastad também foi permanentemente banido de Copa Rakin, uma das competições mais tradicionais do cenário brasileiro de Valorant. Já a organização do criador de conteúdo argentino está suspensa se futuras edições do torneio. A informação foi revelada pelo próprio Rafael "Rakin" Knittel, criador do evento, em sua conta no Twitter.
De acordo com Rakin, ele e toda a organização do campeonato são "contra todo e qualquer ato de discriminação e propagação de ódio". O streamer disse ainda que "Hastad está permanentemente banido de futuras transmissões e retransmissões da Copa Rakin."
Em relação a Slick, que está disputando a edição atual do torneio, Rakin ressaltou nesta sexta-feira (18) que a equipe será autorizada a concluir sua participação neste Copa Rakin, mas ressaltou que a equipe, ao menos a princípio, não será convidada nem poderá participar de classificatórias para o evento.