Os jogadores profissionais de League of Legends sempre se caracterizaram por serem capazes de tirar vantagem de personagens que não costumam estar em partidas ranqueadas. A Riot Games sempre teve problemas com campeões específicos que, por definição, dependem muito da habilidade do jogador ou da sinergia da equipe. Isso deu origem a heróis com os quais os desenvolvedores devem ser extremamente contidos, já que se forem viáveis mesmo nas ranqueadas começam a dominar o competitivo com mão de ferro.
O grande problema da Riot com o competitivo
O preocupante é que a situação parece ter disparado nos últimos anos. Por um tempo, todos os olhos deveriam se concentrar em alguns dos suspeitos de sempre. No entanto, a lista vem se expandindo com novas adições e basta dar uma olhada nos campeões mais jogados em cada posição para perceber o abismo que separa os jogadores profissionais de League of Legends do nível médio da comunidade. Uma situação que se torna evidente em uma comparação.
Olhando para a comparação, os campeões mais usados nas competições de League of Legends são alguns dos menos poderosos em jogos ranqueados. Insistimos que sempre houve casos semelhantes, mas raramente tão exagerados. Especialmente considerando que uma escolha de campeão alternativa não resolveria os problemas.
Extraímos todos esses dados da versão 12.11. Este patch nos oferece uma maior quantidade de dados devido à recente introdução de uma nova versão. Apesar do recente patch 12.10 que trouxe uma grande mudança na durabilidade dos campeões, trazendo uma preferência por tanks, ainda temos muito o que explorar com as mudanças recentes, embora a discrepância não esteja sendo tão alta quanto do patch 12.7.
Um dos destaques fica em Gwen que tem uma taxa de presença de 59% nas partidas competitivas e uma taxa de vitória de 46% nas partidas ranqueadas. Viego tem uma situação ainda mais crítica, com a incrível presença de 67% no cenário competitivo, enquanto só tem 49% de taxa de vitória nas ranqueadas.
Essa situação é uma das mais difíceis de resolver que a Riot Games pode enfrentar com um campeão de League of Legends. Eles não são personagens que serão corrigidos com um simples ajuste estatístico e, em alguns casos, não seria adequado realizar atualizações de médio alcance como as que a Riot Games propôs para o rework jogável de Olaf e o novo do Swain.
Em casos como o de Ryze, a desenvolvedora já afirmou que as únicas alternativas são realizar um rework completo da jogabilidade que sacrifique algumas habilidades ou sempre mantê-lo um passo atrás. Isso se dá porque o campeão é muito adequado para partidas competitivas, por exigir comunicação de equipe e sinergia, coisa que não é presente na solo queue.
A verdade é que a evolução do jogo profissional pegou a Riot Games de surpresa e há cada vez mais casos semelhantes. O objetivo da desenvolvedora de manter uma variedade de personagens em competições e manter partidas ranqueadas bem equilibradas é quase impossível. No entanto, não parece que a empresa vá jogar a toalha tão cedo.
Nota: Dados de todas as ligas competitivas em comparação com a taxa de vitórias ranqueadas de League of Legends durante o patch 12.11. A variação de presença refere-se ao número médio de escolhas e banimentos em cada uma das versões em que houve competição. Esse número pode se alterar, especialmente com as atualizações da Riot.