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LoL: Riot trai a si mesma, saiba como as novas skins colocam o futuro da empresa em risco

LoL: Riot trai a si mesma, saiba como as novas skins colocam o futuro da empresa em risco
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League of Legends está em um dos melhores momentos de sua história, mas a política de monetização da Riot Games está colocando em dúvida toda uma trama da desenvolvedora. A empresa precisa de uma mudança de rumo com skins e outros produtos

LoL: Riot trai a si mesma, saiba como as novas skins colocam o futuro da empresa em risco

A jogabilidade de League of Legends está no seu auge, os novos campeões estão mais interessantes do que nunca (podemos citar Zeri, Renata Glasc, Bel'Veth e Nilah que ainda está por vir) e a Riot Games está mimando os personagens antigos mais do que imaginávamos com reworks, como Sivir, Taliyah, Olaf e Swain. Há espaço para melhorias, mas a grande maioria da comunidade agradece a direção que o desenvolvedor tomou ao dirigir a gameplay do título. No entanto, e com todos os elogios que esta seção merece, a empresa parece estar no meio de uma das piores crises em termos de relacionamento com os jogadores.

Uma polêmica constante com a monetização de League of Legends

Por ocasião da paralisação indefinida que a Loja de Essência Azul sofrerá após a abertura da loja especial que ocorrerá durante este patch 12.12, as críticas contra os desenvolvedores dispararam. É verdade que os fóruns da comunidade não são necessariamente representativos da opinião geral, mas são o que pensam os jogadores mais comprometidos. Lá, as opiniões se dividem entre aqueles que apostam que a interrupção desses eventos será muito mais longa do que todos esperamos, aqueles que pensam que o resultado será pior e os que acusam a Riot Games de mentir.

Esta foi a primeira versão de Ekko Fogolume

Provavelmente o que está acontecendo com o evento é que ele precisa de trabalho, mas não está no topo da lista de prioridades da Riot Games. No entanto, focar nessa árvore pode nos impedir ver a floresta. O problema de tudo relacionado à monetização de League of Legends existe há muito tempo. Primeiro houve algumas reclamações tímidas sobre a forma como as skins são criadas, que agora são desenvolvidas em massa, dando origem a grandes linhas temáticas que mal exploram as individualidades dos campeões, mas as críticas logo começaram a ganhar tom e focam em aspectos ainda mais negativos para os consumidores.

Em dezembro de 2021 um dos cosméticos mais esperados pela comunidade teve que ser adiado devido aos cortes com os quais foi apresentado. Ekko Fogolume chegou aos servidores de teste de League of Legends sem efeitos sonoros e poucas mudanças além da aparência do modelo original. Algumas alterações que não corresponderam ao seu preço de acordo com a política da empresa. A situação estava tensa e a Riot Games não teve escolha a não ser atrasar a skin para melhorá-la consideravelmente. No entanto, e embora seja desagradável dizê-lo, não aprenderam nada com esta má experiência que tiveram com a comunidade.

A história não termina aqui, pois desde então chegou uma skin lendária de Sivir que recebeu críticas muito ruins e que, para muitos jogadores, não tinha qualidade suficiente para ser colocada na segunda categoria de preço mais alta que as skins podem alcançar.

Ainda mais grave é o caso recente do Pantheon Guerrero das Cinzas. Esta skin terá o preço de 100 Essências Míticas, cujo valor é estimado em cerca de 3.500RP. Neste caso, a Riot Games não só recebeu reclamações sobre a falta de qualidade, como também respondeu às críticas com um “não podemos fazer nada no tempo que temos” e boa sorte.

As polêmicas com as skins ocorreram nos últimos meses - League of Legends
As polêmicas com as skins ocorreram nos últimos meses

A monetização especial do TFT por meio de loot boxes perigosas, tentativas de esconder skins atrás de um paywall ou decepção constante com os eventos também foram bandeiras vermelhas para a comunidade. A impressão dada é que a Riot Games está procurando aumentar os preços por qualquer meio ou reduzir os serviços antes que a comunidade exploda. Uma operação que, assim que os jogadores baixam a guarda, só pode levar a práticas que prejudicarão todos os players do mundo.

As decisões que podem mudar o futuro de League of Legends

O grande problema é que a Riot Games parece ter escolhido o caminho mais fácil. Em vez de criar novos itens cosméticos que ofereçam elementos mais diferenciados ou apostar em estratégias de marketing amigáveis ao consumidor, a desenvolvedora aposta em fazer cortes ou tentar aumentos de preços ocultos. É verdade que o dinheiro vale menos do que o de um ano atrás por causa da conhecida inflação e que a empresa está acostumada a ser muito pouco agressiva com seus aumentos de preços em muitas regiões do mundo de modo que a maioria deles é apenas um ajuste em relação aos novos impostos. No entanto, situações como a que ocorreu esta semana devem abrir os olhos dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento.

Adrian Noordzij foi o ex-Gerente de Produto de League of Legends. Encarregado de várias tarefas, incluindo monetização, esse funcionário foi transferido para outro game da empresa atualmente em desenvolvimento. No tweet que vemos acima, no qual anuncia sua saída, acumulam-se 137 respostas e 237 retuítes com citações. Entre todas essas interações, além dos votos de sorte de seus companheiros, é difícil encontrar alguma menção positiva. Comemoração e comentários maldosos eram comuns entre os membros da comunidade que conheciam o cargo ocupado pelo funcionário.

Estar no comando da monetização faz de você alvo de críticas de todos os jogadores e ainda mais se nos últimos tempos as práticas têm sido consideradas abusivas. No entanto, não podemos esquecer que qualquer gestor de área atua de acordo com as diretrizes e objetivos que lhe são atribuídos. Se League of Legends é pior em termos de monetização, é porque Adrian fez bem seu trabalho.

Não se sabe até que ponto é ético se alegrar por ele não estar mais trabalhando no jogo, mas com certeza de que a empresa deve tomar nota, pois todas as críticas que recebeu são, no fundo, comentários depreciativos em relação à Riot.

O descontentamento da comunidade com os sistemas de monetização é total e, honestamente, é uma pena. Em todos esses anos em que League of Legends está no mercado foram poucas as vezes em que a jogabilidade esteve tão satisfatória. No entanto, a má tomada de decisão sobre quais são as melhores formas de ganhar dinheiro tem gerado, sobretudo, muita desconfiança por parte de muitos jogadores.

Existem métodos de monetização muito mais atraentes para os jogadores - League of Legends
Existem métodos de monetização muito mais atraentes para os jogadores

É a pior crise não porque seja grave ou irreparável, mas porque ameaça tudo o que a empresa representa. A Riot Games é uma das poucas desenvolvedoras que, com acertos e erros, conseguiu afirmar "colocamos os jogadores no centro de tudo o que fazemos" que brilha na seção "Valores" de seu site. Contudo, os últimos meses colocaram isso em questão.

Houve boas ideias, como acordos com a Epic Games para introduzir a skin de Jinx ou com a Microsoft para adicionar benefícios em troca da assinatura do Game Pass. Essas colaborações certamente oferecerão algum lucro aos desenvolvedores e aliviarão os jogadores da necessidade de mais renda, mas não são a regra.

Embora as desenvolvedoras de games sejam muito especiais e fáceis de amar, seu objetivo ainda é ganhar dinheiro e não há nada de errado com isso. No entanto, a empresa deve buscar outras formas de alcançá-lo. Talvez sejam novos itens cosméticos que oferecem algo único, mais colaborações ou promoções que nos incentivam a gastar mais.

O caminho de reduzir a qualidade das skins, experimentar novas maneiras de obtê-las ou recorrer a práticas antiéticas não é de todo o que gostaríamos de seguir ou que coloca “jogadores no centro”. Outras empresas gigantes seguiram o mesmo rumo e tiveram resultados bastante negativos. Será que a Riot pode ter o mesmo destino?

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Vika Rosa
Vika Rosa  - Redatora

Jornalista, apaixonada por games, especialmente RPGs e mais especialmente ainda Final Fantasy e Kingdom Hearts. Amo fantasias, sejam em livros, filmes ou animações.

Felipe Utrabo há 1 ano

Não faz o menor sentido reclamar de skin nesse jogo, o jogo é totalmente free to play, nenhuma skin oferece vantagem ao jogador para se tornar um pay to win, então a monetização não é necessária e convenhamos, se você jogar os eventos da Rito Gomes, você ganha muitas skins sem desembolsar um centavo, eu mesmo já contabilizei 13 skins desde o começo do ano! De forma totalmente gratuita! Temos que lembrar que são uma empresa como qualquer outra que tem o ponto focal o lucro e mesmo assim abrem mão de um percentual com eventos para agradar essa comunidade chorona!

Felipe Utrabo há 1 ano

Não faz o menor sentido reclamar de skin nesse jogo, o jogo é totalmente free to play, nenhuma skin oferece vantagem ao jogador para se tornar um pay to win, então a monetização não é necessária e convenhamos, se você jogar os eventos da Rito Gomes, você ganha muitas skins sem desembolsar um centavo, eu mesmo já contabilizei 13 skins desde o começo do ano! De forma totalmente gratuita! Temos que lembrar que são uma empresa como qualquer outra que tem o ponto focal o lucro e mesmo assim abrem mão de um percentual com eventos para agradar essa comunidade chorona!

Harley L. Malakian há 1 ano

A questão não é nem essa em si. É mais aprofundada real nesse lançamento em massa de skins e sem profundidade. Quem ai lembra dos eventos incríveis que tivemos, como o das Star Guardians, Odisseia, aquele do Xerath gigante, do Capeteemo com os bot no nível insano que até fritava tua máquina. É isso que faz falta, tu vê claramente que a empresa só cagou pro gameplay alternativo que o gênero MOBA pode trazer e usa sua produção apenas em skins. Há um motivo das Star Guardians serem uma das linhas de skins mais bem sucedidas, mas isso já tá se perdendo. Lançam um curta de 3min e o povo acha um máximo a linha de skin. Mal sabem o que de verdade a empresa tem a lhes oferecer. Infelizmente o público não ajuda em porra nenhuma e continua a comprar esses cosméticos lançados a trancos e barrancos.

Marcus Marra Domingos há 1 ano

Sinceramente, puro mimimi. Quem gasta dinheiro comprando skin é pq tem dinheiro pra gastar em jogo. A pobretada (como eu) que só quer jogar e pronto vai continuar não comprando. Ou seja, quem financia a desenvolvedora vai continuar financiando, independente se uma skin que valia 10 reais vai passar a valer 13,50. Chega a ser ridículo reclamar disso.

Marcus Marra Domingos há 1 ano

Sinceramente, puro mimimi. Quem gasta dinheiro comprando skin é pq tem dinheiro pra gastar em jogo. A pobretada (como eu) que só quer jogar e pronto vai continuar não comprando. Ou seja, quem financia a desenvolvedora vai continuar financiando, independente se uma skin que valia 10 reais vai passar a valer 13,50. Chega a ser ridículo reclamar disso.

Marcus Marra Domingos há 1 ano

Sinceramente, puro mimimi. Quem gasta dinheiro comprando skin é pq tem dinheiro pra gastar em jogo. A pobretada (como eu) que só quer jogar e pronto vai continuar não comprando. Ou seja, quem financia a desenvolvedora vai continuar financiando, independente se uma skin que valia 10 reais vai passar a valer 13,50. Chega a ser ridículo reclamar disso.

Thomaz Carvalho há 1 ano

Faz muitos anos que deixei de comprar os bundles dos times do mundial pelo simples fato da riot colocar junto os ícones de invocador apenas para aumentar o preço, essa estratégia não vem de hoje, agora só ta mais na cara. Podia ter falado sobre esses bundles absurdos que entregam muito coisa que não são interessantes e o preço sai caro.

rozanlol há 1 ano

Simplesmente não compre as skins que julgarem ruins, fim. <br /> O jogo é grátis e a parte de monetização é 0% nescessária para os jogadores. <br /> <br /> Entretanto é oq sustenta o negócio todo, logo, se pararem de comprar devem que trabalhem pra melhorar.

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