Os analistas da Riot Games fazem um dos trabalhos mais difíceis e ingratos de League of Legends; além de pouco reconhecidos pela comunidade, também não são tão elogiados assim quando as coisas vão bem. A Equipe de Análise de Jogo (ou EAJ) acaba sendo lembrada só quando nerfam um campeão popular ou quando um novo campeão chegou ao jogo muito forte. Mas vamos ser sinceros: de fato é um trabalho que poucos sabem exatamente como funciona, e para tentar resolver isso um funcionário da empresa, o Riot GalaxySmash, tentou esclarecer em que consiste seu trabalho.
O desenvolvedor do MOBA explicou no que se consiste a EAJ no "Visões de Balanceamento", um texto periódico que foi publicado na última sexta-feira (22) no site oficial do jogo, algo que é feito comumente por parte da Riot Games para estabelecer um diálogo e manter uma maior transparência para com os jogadores de LoL.
O que significa ser um analista de League of Legends?
Em um resumo rápido, podemos definir o trabalho da Equipe de Análise de Jogo como um apoio aos principais desenvolvedores de qualquer novo conteúdo que está para chegar ao League of Legends e que modificam a jogabilidade do game.
Riot GalaxySmash disse que a equipe "ajuda os designers a entenderem como o conteúdo novo se encaixa no restante do LoL para que fique o mais próximo possível dos nossos objetivos". Em uma metáfora muito interessante, o desenvolvedor disse que eles são como uma Yuumi grudada nos ombros dos designers. Uma função que acaba sendo um pilar básico do funcionamento do jogo, sem a qual o MOBA dificilmente poderia existir.
Quanto às questões mais específicas, uma grande parte do trabalho dessa equipe acontece antes da divulgação de novos conteúdos. Contudo, também há momentos em que eles participam e/ou influenciam em ajustes de balanceamento. De acordo com os funcionários deste departamento, existem funções mais importantes:
O objetivo é, de fato, caminhar lado a lado com os principais designers. Eles ajudam a criar um projeto no papel, analisar como funcionará e dão instruções sobre como novas implementações devem funcionar em relação ao restante dos elementos do jogo.
Exemplo prático do que a Equipe de Análise faz no League of Legends
Um exemplo muito interessante é a Coroa da Rainha Despedaçada; no caso desse item eles colaboraram com indicações como "adquirível para uma grande game de usuários" para evitar problemas.
60 de Poder de Habilidade
250 de Vida
600 de Mana
20 de Aceleração de Habilidade
• Proteção Divina: você recebe Proteção e sofre 75% a menos de dano de Campeões. A Proteção permanece por 1.5s depois de sofrer dano de Campeões. (40s de Tempo de Recarga).
• Presente Sagrado: enquanto estiver com Proteção e por 3s após ela se quebrar, recebe 10-40 de Poder de Habilidade.
Passivo Mitico: concede a todos os outros itens Lendários 1% de Velocidade de Movimento e 8 de Poder de Habilidade.
Nesse caso, seguindo o exemplo, eles foram responsáveis por ajudar os desenvolvedores a adicionar características específicas para evitar que o item acabasse substituindo o Glaciterno como item mítico defensivo. A necessidade de ter essa troca de ideias e análise para que os dois itens não se anulassem é uma demonstração do trabalho da Equipe de Análise.
Além desse esclarecimento, em que GalaxySmash deixa claro que a equipe trabalha de forma complementar com o resto dos desenvolvedores, o desenvolvedor também focou em acabar com alguns mitos da comunidade: como o de que o trabalho de um analista é apenas jogar, e de que não é uma posição tão invejável quanto parece.
Claro que pode ser, e é, divertido e a equipe passa muitas horas em Summoner's Rift, mas gastam quase o mesmo tempo em um videogame muito menos divertido: o Excel. Os analistas fazem tabelas e planilhas acumulando todo tipo de dados e combinando a análise numérica (quantitativa) com a de contexto (qualitativa).
Quanto dano Qiyana tem que causar para ser uma boa assassina? Ou que porcentagem ela deve perder de dano em relação ao Zed por ser uma assassina que aplica dano em área? Essas são algumas das perguntas que devem ser respondidas. E o rioter afirma que depende tudo depende do desempenho nas análises prévias para que os campeões saiam tão equilibrados (pelo menos nas estatísticas) quanto os últimos lançamentos - como Renata Glasc que por incrível que pareça, mesmo precisando de ajustes, não quebrou o LoL -, ou que, do contrário, tenhamos casos parecidos com Senna, Aphelios e Sett novamente.
Finalmente, o desenvolvedor enfatizou que ter elo alto não é um requisito para o trabalho – e um outro rioter já provou isso anteriormente. A Equipe de Análise da Riot Games atualmente tem um grande número de funcionários no Mestre ou em elos superiores, mas na verdade é algo bem esperado, afinal, é um trabalho que os exige gastar horas e horas no League of Legends.
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