O terceiro ano letivo do projeto AfroGames, criado em parceria com o Grupo Cultural AfroReggae, começará com duas novas unidades no Rio de Janeiro, passando a atender 350 jovens. A iniciativa oferece cursos de League of Legends, Free Fire, Fortnite, programação de jogos e inglês, e a novidade sobre a expansão foi anunciada nesse sábado (12), no Centro Cultural Waly Salomão, núcleo do projeto em Vigário Geral.
As novas sedes serão inauguradas em abril, nas favelas da Nova Holanda e Vila do João. O projeto começou após o fundador Ricardo Chatilly ter sido convidado para assistir ao The International 2017, mundial de Dota 2, e não ter visto nenhuma pessoa negra entre os competidores e espectadores. Em parceria com José Júnior, criador do AfroReggae, o AfroGames nasceu.
Para Chantilly, começar o terceiro ano do projeto após um momento delicado no qual a pandemia de Covid-19 prejudicou as atividades da iniciativa e fechou escolas, é um sonho.
"Terceiro ano do AfroGames, chegando a 350 jovens de favela sendo atendidos com aulas de inglês, com aulas de programação, com aulas de jogos é mais do que esperávamos. Estamos muito felizes em conseguir ampliar para três sedes e poder levar o mundo bilionário dos games pra dentro da favela. O projeto se consolida como modelo de integração digital e social para o Brasil e para o Mundo, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos na pandemia. A Favela hoje já é vista como um potencial Hub de desenvolvimento. E são só os nossos primeiros anos, imagina o que iremos realizar nos próximos!”
“Estamos felizes em poder transformar a vida de 350 famílias. Quero agradecer muito a nossa equipe e nossos patrocinadores e parceiros, sem eles nada disso seria possível. Podem ter certeza que não vamos parar por aqui e muitas novidades estão vindo”, afirmou William Reis, diretor executivo do AfoReggae.
Atualmente o AfroGames patrocínio da Ambev e da Secretaria Estadual de Esporte do Rio de Janeiro, copatrocínio do GE, Globo Rio e Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, apoio da GOL e Player 1, além de parcerias com a Nuveem, HyperX e DT3.
“Sabemos que ninguém muda nada no mundo sozinho, mas queremos dar ao máximo a nossa parcela de contribuição. O ideal é que tivéssemos um projeto desse em cada canto do Brasil, mas tentamos fazer a nossa parte. Fazer isso [a presença de negros nos esports] ser normal, porque é normal. Se os negros são mais da metade da nossa população, isso tem que ser refletido nos games também”, enfatiza Chantilly.
O empresário também ressalta que mesmo que a maioria dos alunos do projeto não sigam carreira nos esports ou como criadores de conteúdo, o objetivo do AfroGames é abrir oportunidades para esses jovens no mercado da tecnologia como um todo. Por isso, os cursos de inglês e programação também são parte da iniciativa.