Um dos maiores nomes da história do Counter-Strike brasileiro, com títulos mundiais conquistados tanto no CS 1.6 (ESWC 2006), quanto no CS:GO (MLG Columbus Major 2016 e ESL One Cologne Major 2016), Lincoln "Fnx" Lau demonstra confiança no futuro do Brasil no FPS da Valve. Após a boa campanha da FURIA no IEM Rio Major 2022, campeonato mundial no qual a equipe de KSCERATO, Yuurih e companhia chegou às semifinais, Fnx acredita que o próximo título mundial do Brasil "é uma questão de tempo".
Em entrevista ao MGG Brasil após a vitória do Time Brasil sobre o Time Suécia no showmatch que antecedeu a grande final do Major do Rio, Fnx disse que "já passou o bastão" para a nova geração, embora ainda não tenha cravado se ainda voltará a jogar ou não profissionalmente.
"Acho que não só eu, mas todo mundo tá vendo essa garotada nova do Brasil dando bala pra caramba e sempre evoluindo nos campeonatos, que nem o Drop, que jogou muito nesse Major, KSCERATO e outros meninos de 18, 19 anos. Eu já estou com 32, então acho que para chegar neles vai ser meio difícil", brincou.
"Ano que vem eu acho que o Brasil vem forte. A FURIA jogou muito bem (neste Major), quase passou pela Heroic e acabou deixando escapar, mas a hora do Brasil vai chegar e acho que não falta muito. É uma questão de tempo agora. São times novos, jogadores muito novos, então basta pegar experiência e não desistir."
Ainda sobre troca de gerações no CS:GO brasileiro, Fnx disse que usará reta final de 2022 para pensar o que fará sobre a vida e carreira, mas cogita tanto continuar jogando profissionalmente quanto seguir a carreira de influenciador e criador de conteúdo.
"Eu tenho agora novembro e dezembro para pensar o que eu vou fazer da minha vida. Ainda não sei se eu vou voltar a jogar, se eu vou voltar a fazer live, se eu vou entrar em alguma org como embaixador ou influenciador. Eu tenho dois meses agora pra decidir", frisou.
Fnx também falou sobre o impacto da realização de um Major no Brasil para ele e todos os jogadores que ajudaram a colocar o pais em evidência no Counter-Strike mundial desde os tempos do 1.6. O pro player revelou ter relembrado inclusive do palco da ESWC 2006, que segundo ele era similar ao do IEM Rio Major em alguns aspectos, e comemorou o fato de ter jogado no palco central do Mundial de CS:GO ao lado dos companheiros de time nos tempos de Luminosity e SK Gaming.
"Estou feliz demais, ainda mais depois de jogar esse showmatch com os meus amigos, porque a gente representou muito bem o Brasil em 2015 e 2016. Uma torcida maravilhosa, primeiro mundial do Brasil acontecendo aqui no Rio de Janeiro, e passa um filme na cabeça. Em 2006, na ESWC, a arena era assim, com os telões quadrados. igualzinho aqui. Quando eles montaram (a estrutura), eu pensei "p****, isso aqui tá parecendo a ESWC 2006, então pode colocar mais um Mundial na conta", brincou o jogador.
Foto de abertura: Stephanie Lindgren / Divulgação ESL*