Nesta quinta-feira (27) começa a disputa dos Playoffs do Wild Circuit BR: Game Changers, a primeira competição feminina oficial de Wild Rift organizada pela Riot Games. Após duas qualificatórias, foram definidas as oito equipes que farão parte desta etapa do campeonato e entre elas está a Flamingo Winx. Vale lembrar que a grande final será disputada em 11 de novembro, de forma presencial em São Paulo, e que o torneio conta com premiação de R$ 80 mil.
Está é uma iniciativa muito importante e esperada pelo cenário feminino como um todo, que acolhe mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. Desta forma, esta parte da comunidade pode acumular experiência competitiva em um cenário seguro e ganhar autonomia para que, no futuro, possa disputar também torneios mistos - como já fizeram como Harumi, Liz, Miss, Ari, entre outras no League of Legends. Confira abaixo tudo sobre a Flamingo Winx.
Flamingo Winx - Line-up
- Rota do Barão: Andrea "Baronesa" Okabe - Ela/Dela
- Selva: Renatha "Ravenna" Pessoa - Ela/Dela
- Meio: Maria "Kyuubi" Silva - Ela/Dela
- Rota do Dragão: Pamela "Chuu" Mosquer - Ela/Dela
- Suporte: Joyce 'Yunna" Freitas - Ela/Dela
- Meio: Beatriz "Tulla" Fernandes - Ela/Dela
- Coach: Arthur "Rhels" Ziliani
Confira abaixo a entrevista do MGG Brasil com cada jogadora da Netshoes Miners de Wild Rift:
Como você começou a jogar Wild Rift?
- Yunna: "Comecei a jogar LoLzinho de PC por influência do meu irmão. Acompanhava bastante o competitivo desde 2015 e migrei pro Wild Rift em 2020".
- Tulla: "No meio do ano passado. Comecei porque minha amiga é fã de uma streamer que joga LoL (Nerissa) e essa mesma amiga pediu para eu baixar o jogo. Veio em um período muito difícil da minha vida pessoal e o jogo me tirou da realidade difícil. O LoLzinho meio que me salvou mesmo".
- Kyuubi: "Comecei em agosto de 2022 para ajudar o time FA de uma amiga"
- Chuu: "Comecei a jogar Wild Rift em junho/julho de 2022, porque já jogava tanto LoL quanto Valorant e também era Top500 no servidor de Mobile Legends. Achei que poderia me divertir jogando porque gosto de todos os outros jogos da Riot e já tinha até mesmo sido coach de LoL".
- Ravenna: "Comecei em 2021 para conhecer o joguinho, já que eu nunca me interessei pelo LoL do PC".
- Baronesa: "Comecei a na Temporada 2 por role play com o José, um amigo meu do LoL, mas sem pretensão de entrar para o competitivo. Foi meu primeiro contato com MOBA e eu não sabia de absolutamente nada do jogo".
Como surgiu o interesse pelo cenário competitivo?
- Yunna: "Eu assistia muito o competitivo e como gosto muito de competir e via a emoção de todo mundo participando, quis meter a cabeça e estou aqui".
- Tulla: "Eu segui algumas pessoas do cenário e fiz amizades. Elas viram minha gameplay e me indicaram e eu tô aí até hoje haha".
- Kyuubi: "Assistindo outras meninas jogarem e brilharem"
- Chuu: "O interesse pelo cenário competitivo começou mais como uma brincadeira com meus viewers, que me chamavam de ruim no LoL e diziam que eu devia ser pro player. Quando comecei a jogar Wild Rift falei que ia virar pro player, só que me interessei muito pelo jogo, eu amo a estratégia e a forma como o game funciona em torno dela e acabei buscando um time amador pra iniciar".
- Ravenna: "Eu era do competitivo do Call Of Duty Mobile, meu time era Tier 1, mas decidi migrar para o WR. Meu interesse pelo cenário competitivo surgiu depois que descobri minhas habilidades no WR, eu sabia que tinha um futuro se estudasse o game"
- Baronesa: "Eu estava pelo Twitter navegando aleatoriamente e apareceu um post da Gege falando sobre grupo no WhatsApp de outras meninas que jogavam Wild Rift . Eu queria melhorar no jogo com outras meninas que também jogavam, então surgiu a oportunidade de fazer parte de um time amador nesse sentido e entrei no projeto da Primak pra ser midlaner. Desde então fui treinando e conhecendo melhor outras rotas do jogo até migrar pra rota do Barão nas Emissárias eSports".
Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?
- Yunna: "Foi um misto de emoções. Foi o 1° qualify que participei e foi incrível saber que estava entre as melhores do cenário".
- Tulla: "Pra mim foi uma loucura, porque passei por dois times antes da Mingo, e em cada qualificatória joguei em um time diferente até me encaixar mesmo. Foi uma experiência incrível e cativante e espero viver muitas outras ainda".
- Kyuubi: "Euforia, foi uma experiência surreal, parece um sonho!"
- Chuu: "Foram as minhas e nossas primeiras qualificatórias, então estávamos muito ansiosas, mas também muito felizes. Tivemos vários problemas por conta dessa ansiedade, por sermos muito novas no competitivo, porém estamos trabalhando duro para trazer apenas coisas positivas dentro de partida. As nossas emoções ficaram um pouco exacerbadas por ser um sonho se realizando em se classificar "
- Ravenna: "Nosso resultado foi surreal referente ao nosso tempo de line. Foi meu primeiro campeonato e eu estava há duas semanas no time. Como tivemos diversos obstáculos no caminho, nós conseguimos encarar bem e continuar com cabeça erguida para conquistarmos o sonho de todas nós, então acredito que temos muito futuro juntas".
- Baronesa: "Foi bem desafiador se qualificar nos playoffs, principalmente por termos fechado com um técnico do Tier 1 na semana de véspera do Ravenão. Até então, o Gadas nos ajudava com draft, mas não tínhamos alguém que nos passasse treinos teóricos voltados para o competitivo. Além de desafiador foi bastante gratificante termos conseguido um 4º lugar na tabela geral de classificação".
Quais são as expectativas de vocês para os times? Quais equipes acham mais fortes?
- Yunna: "São times muito bons e fortes, vamos dar o nosso melhor para evoluir e nos inspiramos neles".
- Tulla: "Espero irmos para a final. Coloco muita fé nas nossas meninas (e em mim haha). Acredito que a final seja entre Patroas (atual XIS) ou Arcanas (atual TBK) e a gente".
- Kyuubi: "Vamos brilhar, todos os times são muito bons! Os times mais fortes são Arcanas (TBK), Patroas (XIS), Miners e Intense".
- Chuu: "Nossas expectativas são muito altas, temos muita noção de que estamos jogando contra times que são muito mais experientes e tem muito mais tempo juntas que nós! Claro que temos muito respeito por todos os times, pois sempre buscamos fazer amizade com elas, tanto em treinos quanto em campeonatos, mas acredito que os times que estamos um pouco mais ansiosas para jogar sejam a Intense e a Miners, porque queremos uma revanche. Mas também tem as Arcanas (TBK), Patroas (XIS) e Rubi, que já se provaram times muito bons, com jogadoras muito boas individualmente que jogam como unidade, reconhecemos muito a força desses times
- Ravenna: "Nós temos grandes expectativas, a maior delas é chagar na final. Como eu cheguei agora no cenário, não conheço muito dos times, mas acredito que as Patroas (XIS) e as Arcanas (TBK) são dois times fortes".
- Baronesa: "Acredito que será bem difícil enfrentar todas as equipes que estão nos playoffs na nossa chave. Todos são times muito bons e experientes no cenário competitivo e vamos dar nosso melhor em todas as partidas que virão. Acredito que os times mais fortes atualmente são as Arcanas (TBK), Patroas (XIS) e Miners".
Esta é só a primeira edição do Game Changers de WR. Você sente uma espécie de pioneirismo no cenário? Como enxerga o futuro do cenário com a chegada desse campeonato?
- Yunna: "Acredito que o cenário feminino vai muito longe, ainda mais com esses campeonatos que estão surgindo. Espero ver organizações investindo nisso, vale muito a pena".
- Tulla: "Acho que sim, somos pioneiras e isso é até bom caso o game cresça mais, pois é um cartucho bom de entrada para novas oportunidades. Sendo bem sincera, acredito que a Riot poderia levar com um pouco mais de atenção o cenário feminino, com relação a calendário, que nós ainda não temos, mas com esse primeiro Wild Circuit poderia vir a existir".
- Kyuubi: "Não, pois em 2021 acompanhei os camps: Mitos Girls, Mayhem e VG Open feminino, dos quais saíram muitas players que estão hoje no topo. Acredito que o pioneirismo está com essas garotas".
- Chuu: "Sim, sinto que estamos no começo de um sonho, todo o cenário está comemorando o primeiro Game Changers e nós estamos completamente honradas de fazer parte da primeira edição, é um sonho muito grande e é muito especial estar abrindo caminho para outras mulheres que ainda virão!".
- Ravenna: "Sim, com certeza. Acredito que com a chegada desse campeonato virão mais garotas para o competitivo. Um campeonato feminino oficial é extremamente difécil de ter, tanto que muitas meninas voltaram para o competitivo por esta razão. Eu mesma, esperei muito por esse momento no CoD, mas nunca teve um campeonato oficial, além do Mundial, então vou dar meu máximo e aproveitar a oportunidade".
- Baronesa: " Acredito que não somos pioneiras no cenário, pois já tiveram outros campeonatos do cenário feminino nos quais não estávamos presentes, mas somos. sim, privilegiadas por estar disputando a primeira edição do Game Changers de Wild Rift. O cenário feminino ainda está engatinhando por ter poucas organizações contratando players, mas há grandes chances do cenário se consolidar com a chegada de algumas organizações fortes e espero que isso não seja passageiro. Espero também que a Riot Games crie um calendário competitivo com vários campeonatos oficiais para o server BR, tanto para o cenário feminino, quanto para o masculino".
Como está sendo a preparação do time para os playoffs?
- Yunna: "Estamos treinando bastante, dando tudo de nós, para conseguimos passar de fase e é isso".
- Tulla: "Está sendo uma loucura e a melhor sensação de todas. Saber que fazer o que amo está indo para frente é muito gratificante, ansiedade a mil".
- Kyuubi: "Intensa, são muitas emoções misturadas".
- Chuu: "Estamos treinando MUUUITO, buscando corrigir os erros in game e out game também. Como recebemos a ajuda de uma organização maior, a Liberty, que foi incrível e cedeu a equipe de saúde e etc, estamos tendo um treinamento um pouco mais intenso e focado no competitivo. Apesar de ser nossa primeira experiência estamos aproveitando cada segundo".
- Baronesa: "Estamos trabalhando e estudando o jogo todos dias para melhorarmos e alcançarmos um ótimo resultado nesses playoffs. Enfrentando e resolvendo os problemas um de cada vez para mostrar que o time da Flamingos também pode alcançar o top 3 do cenário feminino de Wild Rift".
Wild Circuit BR: Game Changers
Os Playoffs do torneio, que acontecem a partir das 17h, e a grande final, às 13h, terão transmissão oficial nos canais do Wild Tour Brasil na Twitch, YouTube e TikTok.