Nesta quinta (27) teremos o início dos Playoffs do Wild Circuit BR: Game Changers, a competição feminina de Wild Rift, jogo mobile da Riot Games. Foram escolhidas oito equipes nas classificatórias e o time Rubi garantiu sua vaga. A partida final está programada para 11 de novembro e o prêmio é R$ 80 mil.
Está é uma iniciativa muito importante e esperada pelo cenário feminino como um todo, que acolhe mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. Desta forma, esta parte da comunidade pode acumular experiência competitiva em um cenário seguro e ganhar autonomia para que, no futuro, possa disputar também torneios mistos - como já fizeram como Harumi, Liz, Miss, Ari, entre outras no League of Legends. Confira abaixo tudo sobre a Rubi.
Rubi - Line Up
- Topo - Maria Heloísa - (ela/dela) - @eloiwr
- Jungler - Eduardo Henrique - (ele/ela/elu/dele/dela/delu) - @dudahwr
- Meio - Cherryth de Souza (ele/ela/elu/dele/dela/delu) - @Cherryth31
- ADC - Elisa Júlia “Réia” Machado - (ela/dela) - @elisajuliasz
- Suporte - Nayara “Kardzinha” Alves (ela/dela) - @kardzywr
- 6° player - Marina “Yari” Ferreira Nunes (ela/dela) - @amrinayaya
O MGG Brasil entrou em contato com o time Rubi e entrevistou as pessoasque fazem parte da equipe:
Quando começaram a jogar Wild Rift e por qual motivo?
Rubi: "Basicamente todas nós começamos a jogar na mesma época, no lançamento. A ideia de poder jogar LoL em qualquer lugar chamava nossa atenção e a maioria de nós já jogava outros MOBAs mobile, ao mesmo tempo que nos interessávamos pelo League of Legends tradicional. Acabamos não resistindo e migrando para o jogo, o que acabou sendo uma ótima escolha".
Como surgiu o interesse pelo cenário competitivo?
"Dudah resolveu entrar no cenário competitivo de tanto acompanhá-lo torcendo por suas amigas. Kardzinha aceitou o desafio por incentivo e
apoio de seus amigos. Eloi viu no jogo uma grande oportunidade, já que ela tem o sonho de poder viver fazendo o que gosta. Cherryth e Réia se apaixonaram pelo competitivo do LoL e, inclusive, tiveram experiências por lá mesmo. Por mais que tenhamos começado de jeitos diferentes, nosso objetivo sempre foi o mesmo: competir e mostrar que o cenário tem muito potencial e pessoas a serem descobertas".
Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?
"Foi difícil. Tivemos uma trajetória complicada, já que na primeira qualificatória (Goddess Cup) acabamos tendo um resultado aceitável, chegando ao terceiro lugar, porém em compensação acabamos perdendo na primeira rodada na segunda qualificatória (Ravenão). Nos frustramos e inclusive chegamos a pensar que não teríamos espaço no evento principal da Game Changers por causa disso. Sabíamos que éramos muito mais que aquilo. A auto cobrança foi pesada, o que serviu de combustível, pois agora estamos dez vezes mais animadas e motivadas para chegar nessa final".
Esta é só a primeira edição do Game Changers de WR. Você sente uma espécie de pioneirismo no cenário? Como enxerga o futuro do cenário com a chegada desse campeonato?
"Ter a oportunidade de jogar um campeonato desse calibre é algo grande. Nenhuma de nós imaginou algo desse tamanho para um cenário que ainda é tão pequeno, mas que mesmo assim tem conquistado o público de um jeito incrível. As ações que estão fazendo pelo cenário feminino estão ficando cada vez maiores e mais exclusivas o que acaba sendo perfeito, já que motiva mais e mais pessoas a entrarem para esse mundo que é tão legal e assustador ao mesmo tempo. Definitivamente nos orgulhamos demais de nossa participação, de poder ter contribuído para com o cenário dessa forma e esperamos participar de mais e mais campeonatos e continuar fazendo nossa história".
Como está sendo a preparação do time para os playoffs?
"Os treinos estão sendo bem intensos e temos aprendido coisas novas a cada dia, já que muitas pessoas do cenário - em especial pro players - têm se mobilizado para auxiliar os times com aulas, 'positional coaching' e 'scrims'. Inclusive gostaríamos de agradecer aos jogadores profissionais que estão nos auxiliando e ensinando algo novo todos os dias, já que essa atitude é incrível e louvável".