Após diversos escândalos de assédio sexual e moral e discriminação sexista, a Activision Blizzard fechou um acordo de indenização de US$ 18 milhões (R$ 85,4 milhões) com a Equal Employment Opportunity Commission (EEOC), instituição dos Estados Unidos que tem como objetivo garantir equidade em oportunidades de trabalho no país.
A quantia será destinada a fundo que distribuirá o dinheiro entre funcionários e ex-funcionários afetados pelas práticas abusivas da companhia, que após os escândalos foi adquirida pela Microsoft por US$ 68,7 bilhões.
Em meio à onda de escândalos, que foram revelados ao longo de 2021, a Activision Blizzard perdeu valor de mercado e viu executivos e desenvolvedores importantes deixarem a empresa, casos de Jeff Kaplan, diretor do primeiro Overwatch e até então diretor de Overwatch 2, e Chacko Sonny, produtor executivo de Overwatch 2. Embora tenham deixado a Activision Blizzard, nem Kaplan nem Sonny foram alvos quaisquer acusações de assédio ou conduta discriminatória.
Apesar de ter chegado a um acordo com a EEOC, a Activision Blizzard ainda enfrenta mais dois processos por questões de assédio, um liderado pelo California Department of Fair Employment and Housing, entidade responsável por fiscalizar e aplicar leis trabalhistas no estado da Califórnia, e outro movido por uma mulher cuja identidade é mantida em sigilo e que acusa a gigante dos games de de assédio sexual e discriminação. Há ainda um terceiro processo movido pela família de uma funcionária da empresa que faleceu em 2017.
Entre a série de escândalos envolvendo a Activision Blizzard, o Wall Street Journal revelou que o CEO da empresa, Bobby Kotick, não apenas sabia dos casos de assédio e discriminação, como não repassou as denúncias ao conselho da companhia. Ainda de acordo com a reportagem, o próprio Kotick foi alvo de denúncias. Apesar dos escândalos, Kotick permanece ocupando o cargo mais importante da Activision Blizzard.