Na última terça-feira (18) a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões (aproximadamente 378 bilhões em reais). Responsável por jogos como Overwatch, Diablo, Hearthstone, World of Warcraft e a franquia Call of Duty, desde 2021 a empresa vem sendo processada por assédio, abuso sexual e conduta sexista.
Em comunicado Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, anunciou que o maior número possível de jogos da Activision Blizzard estará disponível no Game Pass, plataforma de serviço de assinatura de jogos.
Usando expressões como "times incríveis", "fantásticas franquias", "pessoas incríveis, talentosas e dedicadas", o anúncio da transição não falou explicitamente sobre as polêmicas internas da Blizzard. Mas expressou que pretende estender a "cultura proativa de inclusão" da Microsoft para as grandes equipes da Activision Blizzard, tecendo que está comprometida com uma jornada "em prol da inclusão em todos os aspectos dos games, incluindo funcionários e jogadores".
Acontecimentos marcantes envolveram a Blizzard: a saída de nomes chaves, como Chacko Sonny, produtor executivo de Overwatch e Overwatch 2; manifestações na sede da empresa; o conhecimento de Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, sobre casos de assédio e abuso na empresa e a mudança de nome do heróis McCree, homenagem ao ex-desenvolvedor de mesmo nome envolvido nos casos de assédio, são alguns dos casos.
A compra pode significar uma dominância notória no setor de jogos por parte da Microsoft Gaming, que já conta com um catálogo forte de títulos, como Minecraft, e também franquias como Fallout e Elder Scrolls após a compra da ZeniMax Media.
Ao todo, os estúdios envolvidos na transição são: Activision Publishing, Blizzard Entertainment, Beenox, Demonware, Digital Legends, High Moon Studios, Infinity Ward, King, Major League Gaming, Radical Entertainment, Raven Software, Sledgehammer Games, Toys for Bob, Treyarch e todas as equipes da Activision Blizzard. Até a conclusão do acordo, a Activision Blizzard e a Microsoft Gaming vão continuar atuando de forma independente. Agora fica o questionamento: como será o futuro dos jogos da Blizzard?