Após quatro derrotas consecutivas, a FURIA finalmente voltou a vencer no 2º split do CBLOL 2021. No sábado (19), o time perdeu para o Flamengo, mas conseguiu vencer a Rensga no domingo (20). Em entrevista coletiva após o jogo, o caçador Danil "Diamondprox" Reshetnikov falou sobre sua adaptação ao Brasil, torcedores tóxicos que querem forçar a aposentadoria de pro players, toxicidade na solo queue e mais.
Questionado sobre o que mudou no time para que a FURIA conseguisse vencer uma equipe que vinha se mostrando tão forte, Diamondprox falou sobre o draft da equipe, que conseguiu anular a Akali de Thiago "Kiari" Luiz e macro gaming.
"Anular a Akali sempre é parte do plano de um time quando falamos de blind picks porque ela é uma campeã muito forte. Se você deixar ela escalar, ela dominará as lutas ou ao menos ser melhor que seus counters. Foi parte do plano, mas nunca é possível se preparar completamente para um draft, você sempre precisa se adaptar porque podem acontecer picks estranhos, como Jarvan IV na selva, ou coisas assim, você sempre precisa estar preparado. Nós só jogamos nosso jogo, melhoramos um pouco o nosso macro, então não cometemos os erros bobos que fizemos antes, por isso o jogo foi melhor do que o normal".
De maneira geral, os fãs do CBLOL ficaram surpresos com o anúncio da contratação de Diamond pela FURIA. Rapidamente surgiram comentários sobre o "pai da jungle moderna" vir ao Brasil, o que outras pessoas encararam com ar de dúvida e, às vezes, até mesmo desrespeito. Durante a coletiva, o jungler disse que está acostumado com hate e deixou um recado para torcedores tóxicos.
"Eu tenho certeza de que há muito mais desrespeito na Europa, especialmente na solo queue. Toda vez que eu estava na fila ranqueada europeia e cometia um erro, mandavam eu me aposentar, então estou praticamente acostumado. Não vejo nada de errado no Brasil. O brTT tem o que? 30 anos? E ele ainda é campeão. Então acho que os haters deveriam ficar quietos".
Muito se fala sobre as filas ranqueadas brasileiras serem extremamente tóxicas. Durante a coletiva, pediram para que Diamondprox comparasse a solo queue BR com filas de outras regiões nas quais ele já jogou, como Europa, CIS e América do Norte. O pro player aproveitou para falar não só de toxicidade, mas do nível de jogo brasileiro.
"Eu também já joguei nos servidores vietnamita, coreano e em alguns servidores chineses. O que eu posso dizer é que em termos de nível, a solo queue brasileira se compara aos servidores chineses ruins, ou aos vietnamitas, acho que é isso que vem à minha mente. Em termos de toxicidade, eu não sei muito bem, já que não falo português, então não sei o que as pessoas ficam spammando no chat o tempo todo. Mas acho que aqui pingam e spammam tanto quanto na Coreia. A solo queue da Coreia é bastante tóxica, mas não tanto quanto a da Europa. A Europa é mais tóxica que todos, os outros servidores não chegam nem perto dela".
O jogador também falou mais sobre sua adaptação no Brasil. Por conta da pandemia de Covid-19, ele não está aproveitando o país tanto quanto gostaria, mas afirmou ter gostado da comida e do clima, por exemplo.
"Eu não tive muito tempo para andar por aí, infelizmente. Eu adoraria visitar pontos turísticos, como museus, mas estou 'preso" no centro de treinamento, tentando treinar o máximo que posso. Talvez eu visite alguns lugares em minha folga. Eu estou gostando bastante do Brasil em relação ao que vi até agora. Eu gosto das pessoas, da comida, do clima - não está tão quente agora, eu odeio quando está muito quente ou muito frio. Sobre o estilo de jogo brasileiro, ainda estou aprendendo, os caçadores aqui jogam de forma muito diferente dos europeus, o meta está mudando bastante também, então estou vendo o que funciona ou não por aqui", disse o jogador.
Atualmente, a FURIA ocupa a sétima colocação da tabela, ao lado da LOUD, com duas vitórias e quatro derrotas. No próximo sábado (26) e domingo (27), o time joga contra LOUD e RED Canids, respectivamente.