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MK 11: "Espero ter aberto um caminho para outras mulheres", diz Baka, finalista da Liga Latina

MK 11: "Espero ter aberto um caminho para outras mulheres", diz Baka, finalista da Liga Latina
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Jogadora da TXT eSports se consolidou na elite do Mortal Kombat brasileiro em 2021 e mira terminar pelo menos no top 3 do evento mais importante da temporada

MK 11: 'Espero ter aberto um caminho para outras mulheres', diz Baka, finalista da Liga Latina

Consolidada na elite do Mortal Kombat 11 brasileiro, Beatriz "Baka" Silveira, atleta da TXT eSports, espera continuar fazendo história na edição brasileira da Liga Latina. A jogadora, que é fã da franquia da NetherRealm desde Mortal Kombat 9, começou a se dedicar ao competitivo somente no episódio mais recente da série, e sua ascensão foi meteórica. Presença constante no top 8 dos principais torneios do país e com vitórias importantes sobre nomes como Bruno "KillerXinok" Sousa e Wellington "Konqueror" de Castro, Baka espera não ser a única mulher a se firmar entre os principais nomes do cenário, e comemora o crescimento do cenário feminino recentemente.

Em entrevista ao MGG Brasil antes da disputa das finais da Liga Latina, Baka ressalta que o aumento da participação de mulheres nos jogos de luta é extremamente importante para um cenário mais plural e inclusivo, e espera que sua consolidação entre os grandes nomes do Mortal Kombat brasileiro inspire outras competidoras a fazerem o mesmo"

"Espero ter aberto um caminho para outras mulheres. Felizmente, acho que a comunidade feminina de jogos de luta só tende a aumentar, e já temos excelentes jogadoras surgindo, como a Fernanda Dias, que inclusive venceu há pouco tempo um torneio organizado pela minha equipe, a TXT. Conforme nós formos naturalizando isso, até porque é perfeitamente normal mulheres gostarem de videogames e gostarem de competir, veremos mais jogadoras surgirem e competirem em alto nível não apenas no cenário feminino, mas contra os homens também. Quanto mais mulheres se destacarem, mais a comunidade vai crescer", avalia.

Natural de Rio das Ostras, município da Baixada Litorânea do Rio de Janeiro, Baka só começou a se dedicar para valer ao competitivo a partir de 2020, quando ainda competia no Xbox. Como o circuito da Liga Latina é disputado no PlayStation 4, a entrada da jogadora nos maiores torneios do país se deu somente no fim do ano passado, após ela comprar o console. Desde então, B ela se firmou na elite do MK 11 brasileiro, acumulou boas campanhas nos circuitos da Liga Latina e da Kombatklub Pro League e somou muitas vitórias sobre vários dos melhores jogadores do Brasil, e não pretende largar essa rotina tão cedo.

"Foi no ano passado que eu entrei para valer no competitivo, mas eu já vinha treinado há muito tempo. Depois que eu comprei o PS4, comecei a competir nos campeonatos oficiais daqui. Até então, eu era totalmente casual, só queria ir no online e brincar um pouco, mas depois que entrei nessa rotina do competitivo, não quis sair mais. É uma adrenalina muito boa de sentir."

Na preparação para as finais da Liga Latina, Baka tem em Cetrion sua principal personagem. E embora considere Cetrion uma das melhores lutadoras de todo o elenco de Mortal Kombat 11, ela admite que tem uma carta na manga para enfrentar um personagem que lhe causa bastante dificuldades em torneios: Sub-Zero. Sobre os comentários de que Cetrion é uma personagem "quebrada", Baka concorda que ela é de fato muito forte, mas prefere ignorar os comentários de que ela "carrega" os competidores

"Eu não diria que o Sub-Zero é uma match up ruim para a Cetrion, e sim uma match up ruim para mim. Mas eu estou com um personagem guardado para o torneio. É um personagem que eu não uso há muito tempo, mas acho que ele pode responder bem a vários golpes do Sub que costumam me causar dificuldade. A Cetrion com certeza é muito forte, mas eu não dou a mínima importância para quem tenta desmerecer meus resultados.", projeta.

Dentre os finalistas da Liga Latina, Baka projeta que seus principais oponentes na luta pelo título são Konqueror, GustavoPage e GuiExceptional, mas considera todos os jogadores fortes candidatos ao título do campeonato. Sobre a preparação emocional para o torneio, ela considera que os eventos online, como é o caso da Liga Latina, exercem menos pressão sobre os competidores do que os offlines.

"Eu acredito que o emocional no online é muito mais fácil de controlar. Às vezes acontecem os problemas de conexão, mas é algo que diminuiu muito recentemente, então acho que o aspecto que mais pega nessa Liga Latina mesmo é realmente o emocional, pois controlar o nervosismo é fundamental para você executar os combos com precisão, não errar punições, principalmente quando a luta está equilibrada."

Quando a pandemia de Covid-19 finalmente acabar, Baka revela que um de seus maiores desejos é disputar eventos offline, algo que nunca fez na vida. Naturalmente, a jogadora deseja disputar os principais torneios do país, como o Fight in Rio e o Treta, para finalmente ter uma experiência que, para ela, ainda é inédita.

"Eu nunca estive num evento offline, até porque quando comecei a competir já estávamos na pandemia,  mas com certeza é uma rotina que quero muito viver daqui para frente. Pelo que todos falam, o clima do evento presencial é totalmente diferente, e com certeza é algo que quero viver o quanto antes", projeta a jogadora, que espera terminar a Liga Latina pelo menos no top 3.

As finais da Liga Latina de Mortal Kombat acontecem neste sábado (5), a partir das 11h30, com transmissão nos canais oficiais Netherrealm Esports na Twitch e também no canal de televisão por assinatura Space.

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Gabriel SALES
Gabriel Sales

Jornalista apaixonado por games desde o jardim de infância e fã de quase todo tipo de RPG, especialmente os da série Chrono. Nos esports, shooters e jogos de luta são minhas maiores paixões, mas abraço qualquer jogo com uma cena competitiva pulsante.

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