Na última terça-feira (16), a Riot Games inocentou Nicolo Laurent, seu CEO, das acusações de assédio sexual e má conduta feitas pela ex-secretária do executivo, Sharon O'Donnel, em janeiro. De acordo com a investigação feita por uma empresa de auditoria externa em conjunto com o Comitê Especial do Conselho Administrativo da desenvolvedora, Laurent não sofrerá nenhuma punição pelo caso.
A investigação foi realizada pela empresa Seyfarth Shaw LLP, para que tudo fosse feito de forma "imparcial e abrangente", segundo a Riot Games. De acordo com um comunicado feito na última terça-feira (16), a investigação concluiu que "não há evidências de que Laurent tenha assediado, discriminado ou retaliado O'Donnel", portanto, Laurent não sofrerá sanções. O Comitê afirmou que caso novas acusações surjam o caso pode ser reaberto e reavaliado.
"Em casos que envolvem executivos de alto escalão, reconhecemos que a dinâmica de poder muitas vezes pode dar origem a comportamentos e preconceitos que infectam a experiência de outras pessoas dentro da organização de maneiras tóxicas. Além disso, em muitos desses casos, pode ser difícil chegar a uma conclusão sobre esses tipos de alegações. A maioria dos casos dessa natureza não são em preto ou branco; eles caem em uma zona cinza. No entanto, este não foi um desses casos. Neste caso, simplesmente não conseguimos encontrar qualquer evidência que justificasse uma sanção de qualquer tipo contra Laurent", se lê no comunicado oficial da empresa.
A Riot Games afirmou que desde 2018 utiliza rigorosos métodos de investigação externa para conduzir este tipo de caso e que já demitiu funcionários relacionados a casos semelhantes.
Foi em agosto de 2018 que vieram à tona reportagens realizadas pelo Kotaku expondo a cultura machista da empresa e diversos casos de sexismo e abuso sexual.
Vale lembrar que embora tenha sido absolvido internamente pela investigação da própria Riot Games, Laurent ainda está sendo processado por O'Donnel na Suprema Corte do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.