Pela terceira vez em pouco mais de dois anos, a Riot Games, estúdio responsável por games como League of Legends, Valorant, Teamfight Tactics e Legends of Runeterra, enfrenta acusações de discriminação de gênero e assédio sexual da empresa, desta contra o CEO da companhia, Nicolo Laurent.
Uma reportagem do site The Verge informa que o estúdio abriu uma investigação interna contra o executivo após as denúncias. Em novembro de 2018 e junho de 2019, a Riot já havia sido denunciada por ex-funcionárias da empresa por práticas similares.
De acordo com um processo movido por Sharon O'Donnell, uma ex-executiva que trabalhou na Riot Games entre 2017 e 2020, seu contrato foi indevidamente encerrado em julho do ano passado, após ela recusar as sucessivas tentativas de assédio por Nicolo Laurent.
Segundo O'Donnel, ela foi demitida da Riot pouco após denunciar as várias investidas de Laurent para o departamento de recursos humanos da empresa. Além das denúncias de assédio sexual, o CEO do estúdio também é acusado de assédio moral e conduta discriminatória. Durante a pandemia de Covid-19, ainda em 2020, Laurent teria dito às funcionárias que a melhor forma de lidar com o estresse relacionado ao crescimento do número de casos da doença seria ter filhos.
Devido à importância do cargo de Laurent dentro da estrutura da companhia, uma comissão especial composta pela mesa de diretores da Riot irá supervisionar a investigação, que será conduzida por um escritório de advocacia terceirizado.
Um porta-voz da Riot ouvido pelo The Verge disse que a empresa "está levando todas as acusações de assédio e discriminação muito a sério, investigando minuciosamente as denúncias e tomando medidas contra qualquer pessoa que tenha violado" as políticas da companhia.