A chegada da atualização 12.23 ao League of Legends trouxe duas excelentes notícias para grande parte da comunidade: a Riot Games está desenvolvendo reworks para duas de suas campeãs consideradas mais problemáticas: Yuumi e Zeri. Vale lembrar que elas são apenas alguns dos problemas do MOBA nos últimos anos, se levarmos em conta que Sylas e Viego sempre apresentaram muitos bugs. Entre campeões com erros, fortes demais ou simplesmente frustrantes de enfrentar, parece que a Riot muitas vezes luta para equilibrar sua vontade de inovar em Summoner's Rift e a de manter um meta saudável para os jogadores.
No entanto, quando um campeão é banido em mais de 40% das partidas, fica difícil falar de meta saudável. O mesmo pode se dizer sobre quando um campeão recém-lançado é desativado rapidamente por conta de bugs inéditos. Vários destes problemas já foram enfrentados pela Riot e o que preocupa a comunidade é justamente a recorrência deste tipo e situação.
LoL tem muitos campeões?
Lançar um novo campeão bem balanceado não é exatamente uma missão fácil no LoL. O objetivo por trás de cada lançamento é obviamente vender o personagem, o que faz sentido diante do modelo de negócios do MOBA.
Ainda assim, atualmente a Riot não tenta apenas lançar campeões mais fortes que os antigos, mas também oferecer estilos diferentes de jogabilidade. Nos últimos anos o LoL evoluiu junto com as expectativas dos jogadores e o hardware por trás do jogo. Executar um jogo com 10 personagens tão móveis como Zeri teria sido difícil para algumas máquinas em 2010, algo não tão comum hoje.
Mas essas melhorias também ofuscam os campeões mais antigos do jogo. Por exemplo, por qual motivo alguém jogará com Kog'Maw, que causará um grande dano enquanto permanece estático, quando você pode obter um resultado quase tão bom com Zeri? Por que jogar com Sona, que certamente pode curar e aumentar a mobilidade do time, mas permanece frágil, quando Yuumi faz coisas semelhantes e fica segura ao longo da partida?
Os jogadores podem acabar sentindo que os novos campeões são mais interessantes de serem jogados e mais competitivos que os antigos, o que pode ser frustrante. Passar centenas de horas dominando um personagem que, de repente, pode ser ultrapassado em quase todas as áreas em que se destaca por um novo boneco, não é muito agradável mesmo.
O problema que vemos aqui é que com os antigos campeões, League of Legends impõe certos limites a si mesmo para evitar que eles se tornem completamente ultrapassados. Isso é, em parte, o que explica as recentes dificuldades encontradas pela Riot com os novos personagens. Também não devemos esquecer o oposto, quando há campeões que acabam não oferecendo novidades suficientes para realmente conquistar um lugar no coração dos jogadores - como é o caso de Rell, que não é uma campeã ruim, mas que sofre em relação à Leona.
Há esperança?
Sim. Enquanto alguns personagens são/têm sido problemáticos nos últimos anos, outros tiveram muito sucesso, tanto em termos de popularidade, como de jogabilidade. O exemplo mais recente é Renata, que ao criar algumas coisas novas para o jogo, criou também um lugar para si mesma no meta, sem se tornar um grande problema depois receber balanceamentos (e faz sentido que demore um pouco para equilibrar um personagem, se algum campeão for lançado perfeitamente, isso será uma exceção dentro da regra).
Também não podemos esquecer que apesar dos problemas que alguns campeões colocam para a meta, outros conseguiram deixar sua marca. Sett e Gwen dominaram o meta por um tempo, antes de finalmente se encaixarem de forma saudável tanto no jogo, quanto no coração dos jogadores. Há também alguns que seguiram o caminho oposto, como Samira e Lillia, que estavam bastante fracas quando lançadas, mas que já encontraram seus lugares ao sol.