O Worlds 2022 de League of Legends se encerrou. Vimos várias jogadas de alto nível, genialidade estratégica e reviravoltas dignas de filme ao longo de toda a competição. Da fase de entrada até o evento principal, foram muitas emoções - e as repercussões do torneio serão sentidas por bastante tempo.
No espírito de eternizar momentos marcantes, falaremos sobre a partida de abertura do Worlds 2022: MAD Lions contra Isurus Gaming. O time europeu de origem espanhola lutou contra uma Isurus bastante focada que, apesar de ter perdido, jogou bem e deu trabalho. Eles chegaram perto da vitória principalmente graças ao pro player Grell - que já passou por terras brasileiras - e seu Graves, campeão que protagonizou uma jogada que demonstra perfeitamente o problema que persiste na Riot após um ano de tentativas de correção.
Cura, um problema que parece não ter solução na Riot
A jogada em questão girava em torno de um cerco na rota superior, no qual Elyoya de Hecarim estava tentando causar dano nos oponentes para obter prioridade máxima em todas as rotas e garantir objetivos. Aqui, Graves começou aos poucos a causar dano a Hecarim enquanto tentava fugir, e para surpresa de muitos esse duelo, que era para ser facilmente resolvido, foi complicado.
Graves estava sendo perseguido por Taliyah e Seraphine com o objetivo de assassiná-lo, civil ou criminalmente, a fim de respirar confortavelmente durante todo o jogo. Mas o caçador se curava consideravelmente a cada ataque básico, se aproveitando da runa Agilidade nos Pés, do Hemodrenário e do bônus da Mandíbula de Malmortius. E embora tenha sido morto no final, Hecarim teve que ficar em segundo plano porque correu risco de ser eliminado, tudo isso depois de tê-lo perseguido por metade do Rift.
Um problema que precisa ser cortado pela raiz
Uma coisa deve ser enfatizada; um Graves normal não cura tanto e seu avanço do E também ajuda a sobreviver mais devido ao bônus de armadura recebido. Mesmo assim, a chave que o torna tão durável é o item Hemodrenário, que com sua ativa e passiva gera um aumento considerável no roubo de vida que faz de Graves um vampiro como nenhum outro, e se somarmos a isso a runa Agilidade nos Pés criamos um monstro dentro de League of Legends com muito dano a curta distância e sustentação quase infinita.
Essa jogada maluca mostra claramente que o problema que a Riot supostamente corrigiu sobre a cura ainda está em vigor, e que toda essa bagunça que houve no meio do ano para tentar melhorar a situação não parece ter melhorado, visto que as prioridades nesse Worlds foram campeões que curam como Soraka ou Yuumi. Teremos que ver se eles realmente reagem na 13ª temporada de League of Legends ou teremos que passar mais um ano mostrando à Riot repetidamente que a cura é um dos grandes problemas do jogo hoje.