Ignis Cup é o primeiro torneio oficial de League of Legends voltado para o cenário feminino promovido pela Riot Games, com inicio em 1 de novembro. O campeonato contou com a participação de oito times classificados por meio da Goddess Cup na disputa pelo prêmio de R$ 80 mil. Apesar de estar em sua fase final, a competição teve alguns destaques nas quartas de finais, entre eles, o time Freedom Fighters Project.
A equipe não conseguiu avançar para uma das etapas decisivas da Ignis Cup, após ter perdido duas séries contra a Raizen Games na quarta-feira (2). As semifinais foram marcadas por disputas entre paiN Gaming, Miners, Raizen Games e Triunfo. Mas a busca pela classificação para a última fase foi garantida por paiN Gaming e Raizen Games, que se enfrentam na grande decisão em 12 de novembro.
Está é uma iniciativa muito importante e esperada pelo cenário feminino como um todo, que acolhe mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. Desta forma, esta parte da comunidade pode acumular experiência competitiva em um cenário seguro e ganhar autonomia para que, no futuro, possa disputar também torneios mistos. Jogos da Riot Games tiveram outros exemplos este ano, como o Game Changers de Wild Rift e de Valorant.
Line-up da Freedom Fighters
Topo: Ellie "Exiladíssma" Souza (Ela/dela)
Caçadora: Maria "Kortors" Gasparini (Ela/dela)
Meio: Bruna "Kaiserin" Amorim (Ela/dela)
Atiradora: Bianka "Muph" Alves (Ela/dela)
Suporte: Mariane "meninamari" Ferreira (Ela/dela)
Técnico: Michel "Benchima" Benchimol (Ele/dele)
Técnico: Felipe "Bottari" Santos (Ele/dele)
Como surgiu o interesse pelo cenário competitivo de LoL? Há quanto participam de torneios?
Ellie: "Depois de muitos anos assistindo aos torneios oficiais da Riot, comecei a ter vontade de me ver ali. Estou participando ativamente do cenário há dois anos."
Mariane: "Comecei a ter interesse a partir do momento que comecei a jogar campeonatos de RP. Participo de torneios há dois anos."
Kortors: "Eu tinha alguns amigos que me incentivaram a jogar competitivamente por me acharem boa, então comecei a procurar por times. Jogo há dois anos competitivamente."
Bruna: "Sempre gostei de assistir e jogar LoL, eventualmente, iria acontecer o interesse pelo competitivo e aconteceu. Jogo competitivamente há um ano."
Bianka: "Depois de ganhar um campeonato presencial em um evento só por diversão senti mais vontade de fazer aquilo mais vezes. Estou participando de torneios há três anos."
Como foi o processo de montar o time?
FFP: "O coach Benchima começou a fazer scout de algumas players para formar um time com a Mariane e Bianka, a botlane já se conhecia e estava junta há muito tempo. A Ellie já havia jogado com a dupla, depois Bruna e Kortors foram adições feitas faltando duas semanas para o começo das qualificatórias. Pela falta de tempo não fizemos try out, foi apenas através de scout, lembranças de confrontos passados e feeling sobre as players."
Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?
FFP: "Por ter sido um time feito muito às pressas não sabíamos se conseguiríamos passar, então cada vitória que tivemos nas qualificatórias fez com que tivéssemos mais vontade de continuar, evoluir e passar. mas cada derrota também tinha um peso gigante sobre nossas expectativas. Até que conseguimos nos qualificar e foi um mix de sentimentos de alegria e alívio."
Quais são as expectativas de vocês para os times? Quais equipes acham mais fortes?
FFP: "Acreditamos que tem três times muito fortes, que seriam a Miners, Pain e a Raizen, que enfrentamos no primeiro dia do Ignis e acreditamos que são confrontos muitos disputados entre os times."
O cenário competitivo feminino de LoL já teve outros momentos importantes antes, mas esta é a primeira vez que a própria Riot Games organiza algo oficial. Como você enxerga esse momento do cenário?
FFP: "Nós vemos esse momento como a porta de entrada para a profissionalização do cenário feminino que tanto esperávamos, o sonho de várias garotas podendo se tornar real. Poder fazer do jogo um trabalho."
Como foi a preparação do time para os playoffs?
FFP: "Para os playoffs tivemos a oportunidade e apoio da Liberty para que treinássemos no seu office em São Paulo. Saímos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná para treinar em SP, tivemos um gostinho da experiência que os garotos do CBLOL e Academy vivenciam todos os dias: acordamos cedo, temos preparação física, fisioterapia, almoçamos juntas, jogamos soloq e cerca de dois blocos de scrim por dia. Depois review com nossos coachs Bottari e Benchima e individuais com o Cavalo (suporte da Liberty no CBLOL), que nos ajuda a entender melhor nossos erros e acertos."