A Ignis Cup, o primeiro torneio feminino de League of Legends organizado pela Riot Games, já começou. Após duas qualificatórias Goddess Cup, oito times chegaram até os playoffs e estão na disputa pela premiação de R$ 80 mil do torneio. Uma das equipes que joga nessa Fase Eliminatória é a paiN Gaming, que disputa as semifinais do campeonato nesta quinta-feira (3). Vale lembrar que a grande final será disputada em 12 de novembro, de forma presencial em São Paulo.
Está é uma iniciativa muito importante e esperada pelo cenário feminino como um todo, que acolhe mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. Desta forma, esta parte da comunidade pode acumular experiência competitiva em um cenário seguro e ganhar autonomia para que, no futuro, possa disputar também torneios mistos - como já fizeram como Harumi, Liz, Miss, Ari, entre outras no League of Legends. Confira abaixo tudo sobre a paiN Gaming.
Line-up da paiN na Ignis Cup
- Topo: Alessandro "Flower" Ribeiro | Ela/Dela
- Caçadora: Luma "luma" Silva | Ela/Dela
- Meio: Ana Julia "cuteness" Cayuela | Ela/Dela
- Atiradora: Tainá "Yatsu" Santos | Ela/Dela
- Suporte: Giovana "Luna" Lunardeli | Ela/Dela
- Técnico: Matheus "Sarkis" Guimarães | Ela/Dela
Em entrevista ao MGG Brasil, cada jogadora da paiN respondeu uma pergunta enviada pela reportagem:
Como surgiu seu interesse pelo cenário competitivo de LoL? Há quanto tempo participam de torneios?
Luma: "Meu interesse surgiu em 2015, quando comecei a assistir o CBLOL. Na época eu me destacava dos meus amigos que jogavam também, e, minha mãe decidiu me matricular em uma escolinha de LoL, mas eu não acreditei em um futuro nessa área.
Com as experiências no Inhouse, tive a oportunidade de jogar dois campeonatos e foi bastante legal e então, comecei de fato a ter interesse pelo competitivo".
Como foi o processo de montar o time?
Luna: "Eu conhecia a Yatsu antes de entrar no time da paiN. Assistia as lives dela em 2019 e ela também assistia as minhas. Tivemos um primeiro contato real quando ela me chamou para jogar o segundo Ravenão (campeonato feminino amador da Ravena). Somente em 2022, na final do Academy (paiN X Red), conheci ela e a Luma pessoalmente e logo depois, aqui estamos, juntas, jogando no mesmo time aqui na paiN".
Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?
Luma: "É algo muito gratificante estar indo tão longe com essas meninas tão incríveis. Geralmente, não me considero uma pessoa muito otimista, mas esses resultados demonstram o esforço e garra que temos, fico animada com o que está por vir!".
Quais são as expectativas de vocês para os times? Quais equipes acham mais fortes?
Cuteness: "Nossa expectativa é que sejam partidas competitivas, que extraiam bastante do nosso potencial possibilitando mostrar o que a gente tem treinado e aprendido durante esse tempo juntas como um time. Isso serve não só para a gente, mas para todos os times que estão participando, o objetivo é conquistar nosso espaço aos poucos e provar que somos capazes de tudo".
O cenário competitivo feminino de LoL já teve outros momentos importantes antes, mas esta é a primeira vez que a própria Riot Games organiza algo oficial. Como você enxerga esse momento do cenário?
Yatsu: "Eu enxergo esse momento como 'estamos colhendo o que plantamos', sempre tentamos conquistar esse espaço para nós mesmas e, agora, temos nosso esforço reconhecido com investimento, temos um sentimento de realização e de que todo trabalho não foi em vão".
Como foi a preparação do time para os playoffs?
Flower: "Nossa preparação para os playoffs foi bastante intensa, com muito empenho nos treinos, muitas horas de estudo, e comprometimento do time, fazendo o máximo possível para estarmos preparadas nessa reta final da Ignis Cup e entregar o melhor de nós".
Transmissão
Os Playoffs do torneio, que acontecem a partir das 17h, e a grande final, às 14h, terão transmissão oficial nos canais do CBLOL na Twitch e YouTube.
Mini-documentário debate representatividade LGBTQIA+ no universo gamer, com a história de personalidades do cenário que fazem parte da comunidade
O MGG Brasil conversou com Maria Fogueta durante a BGS 2022, na ocasião a caster da Riot Games contou sobre como foi o início da consolidação do cenário feminino de League of Legends
