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LoL: Conheça a Netshoes Miners, equipe que disputa os playoffs da Ignis Cup

LoL: Conheça a Netshoes Miners, equipe que disputa os playoffs da Ignis Cup
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Aika, Juny, VicSakra, yumin e Felpina estão na disputa pelo título da edição de estreia da Ignis Cup, primeiro torneio feminino de League of Legends organizado pela Riot Games Brasil

LoL: Conheça a Netshoes Miners, equipe que disputa os playoffs da Ignis Cup

Ignis Cup, o primeiro torneio feminino de League of Legends organizado pela Riot Games, já começou. Após duas qualificatórias Goddess Cup, oito times chegaram até os playoffs e estão na disputa pela premiação de R$ 80 mil do torneio. Uma das equipes que joga nessa Fase Eliminatória é a Netshoes Miners, que disputa as semifinais do campeonato nesta quinta-feira (3). Vale lembrar que a grande final será disputada em 12 de novembro, de forma presencial em São Paulo.

Está é uma iniciativa muito importante e esperada pelo cenário feminino como um todo, que acolhe mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. Desta forma, esta parte da comunidade pode acumular experiência competitiva em um cenário seguro e ganhar autonomia para que, no futuro, possa disputar também torneios mistos - como já fizeram como Harumi, Liz, Miss, Ari, entre outras no League of Legends. Confira abaixo tudo sobre a paiN Gaming.

Line-up da Miners na Ignis Cup

Topo: Bruna "Aíka" Kiyono | Ela/Dela

Caçadora: Juny "Juny" Stoupa

Meio: Vitória "VicSakra" Ribeiro | Ela/Dela

Atiradora: Victoria "yumin" Vilches

Suporte: Diana "Felpina" Nicolussi | Ela/Dela

Técnico: Diego "Sephis" Alencar

Técnico: Eduardo "Doran" Correa

League of Legends

Em entrevista ao MGG Brasil, yumin, VicSakra, Aíka e Felina responderam as perguntas enviadas pela reportagem:

Como surgiu seu interesse pelo cenário competitivo de LoL? Há quanto tempo participam de torneios?

  • yumin: "Surgiu depois de ver o CLS, que foi um dos primeiros torneios aqui no Chile. O jogo em equipe me pareceu interessante e eu queria fazer isso também".
  • VicSakra: "Eu comecei a jogar no Inhouse Jinx e as pessoas me falavam que eu era boa e deveria começar a competir. Aí acabei indo na zoeira, gostando e me apeguei bastante. Participo de alguns camps há uns 7 meses".
  • Aíka: "Eu inicialmente não tinha interesse, mas surgiu um convite no início de 2021 e acabei me apaixonando".
  • Felpina: "Provavelmente foi lá em 2015, vendo a paiN vencer a final do CBLOL. Com aquela emoção indescritível, mas só mais tarde comecei a jogar LoL. Participo desde 2019 jogando torneios universitários e esse ano finalmente tive minha chance".

Como foi o processo de montar o time?

  • yumin: "Fiz muitos tryouts, mas não cheguei a nada até dois dias antes do campeonato, quando a Miners me escolheu. Me sinto com sorte, pois a roster da Miners é muito forte".
  • Felpina: "Fiquei muito feliz quando a Miners me chamou para um tryout. Eu não tinha nenhuma outra proposta na época e a maioria das minhas amigas já tinham, eu estava meio triste por isso. Felizmente o convite chegou em mim, e tive sorte grande em poder jogar ao lado da minha melhor amiga. As outras eu não conhecia, mas foi muito divertido conhecê-las, nós cinco nos damos muito bem".

Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?

  • yumin: "Foi divertido e difícil, para mim é algo novo estar com minhas companheiras brasileiras e sinto que mostramos um bom nível nas eliminatórias".
  • VicSakra: "Foi muito legal, é muito bom saber que tenho capacidade e que consigo, mesmo me auto sabotando muitas vezes, mas o principal disso é ter passado com as pessoas que eu gosto. É muito bom estar crescendo, mas é melhor ainda estar crescendo com suas amigas do lado, dá uma segurança enorme".
  • Felpina: "Uma experiência muito boa, mas podia ter sido melhor. Acho que perdemos muito cedo e não nos mostramos. Agora na reta final é hora de mostrar quem realmente somos. Essa reta final parece estar muito boa, times muito fortes em todos os confrontos, acho que está bem disputado, mas prefiro dar um foco em especial na paiN. Já nos enfrentamos duas vezes antes, quero enfrentar de novo e vencer".
League of Legends

Quais são as expectativas de vocês para os times? Quais equipes acham mais fortes?

  • yumin: "Sinto que a maioria das equipes tem um nível semelhante e às vezes tudo pode acontecer nos jogos".
  • VicSakra: "Acho que a gente está bem confiante, bem focadas em corrigir nossos erros e melhorar para voltar ainda mais fortes para a Ignis. Acredito que o time mais forte é a Pain. A gente teve um pouco de dificuldade de jogar contra, mas acho que conseguimos consertar o que erramos nas primeiras vezes".

O cenário competitivo feminino de LoL já teve outros momentos importantes antes, mas esta é a primeira vez que a própria Riot Games organiza algo oficial. Como você enxerga esse momento do cenário?

  • yumin: "Vejo que é algo que estava faltando. Notou-se que há muitas meninas boas e esperando por esta oportunidade, a cena é forte e vai continuar a crescer porque todas querem ganhar".
  • VicSakra: "Eu enxergo como um grande passo. É muito importante estar incentivando esse nicho de LoL, que costuma sofrer mais nos games em questão de toxicidade. Já tiveram os campeonatos LGBT, agora tem o cenário feminin. Fico muito feliz vendo as pessoas conseguindo ganhar seu espaço, acho que esse campeonato vai não só dar visibilidade para as meninas, mas também abrir a porta para as outras que ficam receosas, ou se sabotando e outras coisas... Sei o quanto é difícil, principalmente pra nós da comunidade LGBT, tanto achar que a gente merece esse lugar, quanto pensar que a gente  vai virar motivo de piada se aparecer e é importante mostrar que isso não é verdade. Espero que todas meninas, meninas trans e pessoas não-binárias consigam ter um bom campeonato sem se preocupar com essas coisas que afetam nosso psicológico".
  • Aíka: "Eu acho muito importante, principalmente por esse motivo que já foi dito. A Riot organizar algo oficial permite que novas meninas sejam colocadas em organizações para jogar o campeonato e também permite que novas participantes surjam, e não só as que jogaram os campeonatos anteriores. Também ajuda na representatividade de pessoas trans e não-binárias para o público de LoL que não é muito acostumado nessas questões. É uma coisa que provavelmente só vai crescer, já que vai ter outras edições".
  • Felpina: "Eu não acompanhava muito antes, mas sempre me coçava a cabeça não ver mulheres no competitivo e agora finalmente estamos tendo essa chance, tanto meninas cis e trans, quanto pessoas não-binária. Agora é o momento de aproveitarmos com força e mostrar do que somos capazes".

Como foi a preparação do time para os playoffs?

  • Yumin: "Nós nos preparamos enfatizando o draft e a comunicação".
  • VicSakra: "Tá sendo divertido, por mais que a gente esteja constantemente tentando melhorar. É sempre muito leve, algumas brincadeiras, umas liberdades maiores além dos picks do meta então está sendo bem leve, e acredito que bem produtivo. Reflete tanto no conjunto, quanto no solo, é muito bom ver essa progressão".
  • Aíka: "Nós treinamos muito e estamos aprendendo a lidar com a ansiedade pré-jogo".
  • Felpina: "Pelos menos para mim está sendo bastante intenso. Não estou na minha melhor fase mental, venho cometendo muitos erros, meus coachs estão me cobrando bastante e eu também estou me cobrando, mas acredito que estamos preparadas".

Transmissão

Os Playoffs do torneio, que acontecem a partir das 17h, e a grande final, às 14h, terão transmissão oficial nos canais do CBLOL na Twitch e YouTube.

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Beatriz Coutinho
Bia  - Repórter

Garota mágica formada em jornalismo que ama a sensação de assistir campeonatos e escrever sobre as histórias dos fãs de esports.

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