A Ignis Cup é o primeiro campeonato feminino de League of Legends organizado pela Riot Games. Nós também tivemos o campeonato feminino de Wild Rift, o Wild Circuit Tour Game Changers e o Valorant, com o Game Changers Championship. Tudo isso prova que o cenário feminino está crescendo e as jogadoras femininas estão ganhando mais reconhecimento. Um dos times participantes se chama Izanagi e ele enfrentou a paiN na Ignis Cup em 1 de novembro.
Lembrando que essa iniciativa para jogadoras femininas também inclui os membros da comunidade LGBTQIAP+, com jogadoras trans, travestis e pessoas não-binárias.
Line-up da Izanagi
- Topo: Bonekinha - Alexis di Angelo Oliveira Mendes (Ela/Dela)
- Caçadora: Lilianmesmo - Lilian Gomes Pereira (Ela/Dela)
- Meio: Allie - Thatiane de Jesus Modesto Gomes Pereira (Ela/Dela)
- Atiradora: MeniinaMá - Gabriela Amorim Barbosa (Ela/Dela)
- Suporte: Pandora - Amanda Merlin (Ela/Dela)
A equipe disputou os playoffs contra a paiN Gaming nas quartas de finais, mas não se classificou. Isso não significa que as meninas não tenham se empenhado ou mesmo que não arrasaram em seu desempenho.
Nós do MGG Brasil fizemos uma entrevista com o time e tivemos resposta de Anderson, o CEO da equipe, além de Tatiana, a Head Coach. Confira abaixo:
Como surgiu seu interesse pelo cenário competitivo de LoL? Há quanto participam de torneios?
R: "Muito além do cenário feminino, a Izanagi foi criada para fazer a diferença. Nós acreditamos que, se pudermos lutar por títulos nos principais campeonatos de esports e ainda proporcionar experiências fantásticas para o nosso público, o pacote está completo! Assim, além de competir, nós fazemos ações/projetos para a galera gamer/geek no Sul do país, como: showmatchs, encontros para jogar card e board games, assistir jogos juntos, festas temáticas, apoio à eventos geeks, entre outros, realmente, para fomentar este nicho por aqui.
Também entendemos a importância de um olhar amplo para a nossa sociedade, desta forma, a cada vitória em campeonatos, nós plantamos 1 árvore em zonas de desmatamento. Além disso, parte das nossas premiações em campeonatos é doada para uma ONG que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade.
Então, voltando para a pergunta, estar no cenário feminino de LoL e apoiar as competições para mulheres cis ou trans, fazem parte dos valores da nossa organização e faremos tudo que estiver ao nosso alcance para que este cenário cresça e realize os sonhos das meninas jogarem o competitivo e ter o game como profissão.
A sementinha sobre o projeto da line feminina de LoL foi plantada há um ano e meio, mas somente com o anúncio da Ignis Cup que o projeto tomou tração, coisa de 1 mês atrás".
Como foi o processo de montar o time (try out, as pessoas já se conheciam/eram amigas, outras opções)?
R: "Foi um processo difícil, pois como o campeonato foi anunciado em cima das qualificatórias, fizemos 2 semanas de tryouts, até fecharmos com todas elas, e a partir daí tivemos 1 semana e meia para treinar".
Como foi a experiência de passar pelas qualificatórias e chegar nos playoffs?
R: "Foi uma experiência nova para algumas das meninas, mas muito gratificante. Apesar do pouco tempo de treino, elas se encaixaram muito bem, porém o nervosismo atrapalhou um pouco na segunda qualificatória.
Mas estamos muito felizes com nosso resultado e de poder participar do primeiro campeonato feminino oficial da Riot".
Quais são as expectativas de vocês para os times? Quais equipes acham mais fortes?
R: "Expectativas? Todas! Queremos o 1º lugar e estamos trabalhando duro pra isso. Acreditamos que o time mais forte seja a Pain, que ficou em 1º lugar nas duas qualificatórias e que enfrentaremos no nosso primeiro jogo. Mas estamos muito confiantes no nosso potencial e resultado".
O cenário competitivo feminino de LoL já teve outros momentos importantes antes, mas esta é a primeira vez que a própria Riot Games organiza algo oficial. Como você enxerga esse momento do cenário?
R: "Acreditamos que é uma oportunidade para todas as garotas que sempre quiseram entrar no cenário competitivo. Isso traz visibilidade para elas! É o momento delas mostrarem que são tão capazes como os homens".
Como foi a preparação do time para os playoffs?
R: "Tivemos pouco tempo para nos preparar, mas treinamos arduamente e agora é colocar em prática. Foram muitas conversas, vods, scrims e acreditamos no nosso potencial".