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"Ganhar o Six Invitational 2023 é o grande objetivo" da Team Liquid, dizem Paluh e Nesk

"Ganhar o Six Invitational 2023 é o grande objetivo" da Team Liquid, dizem Paluh e Nesk
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Estrelas da Cavalaria avaliam mudanças recentes na equipe, impacto da chegada de Lagonis como novo IGL e principais metas para o futuro do time

'Ganhar o Six Invitational 2023 é o grande objetivo' da Team Liquid, dizem Paluh e Nesk

Uma das equipes mais tradicionais de Rainbow Six Siege no Brasil, a Team Liquid ainda persegue o título mais importante do FPS tático da Ubisoft: o Six Invitational. Veteranos da Cavalaria, vice-campeões mundiais em 2021 e principais destaques individuais da Liquid nos últimos anos, Luccas "Paluh" Molina" e André "Nesk" Oliveira falaram em entrevista ao MGG Brasil durante a BGS 2022 que o principal objetivo atual da equipe hoje é voltar a conquistar grandes títulos internacionais do Rainbow Six, como o Six Major e, principalmente, o Six Invitational.

Chegada de Lagonis e adaptação a um novo estilo de jogo

Durante a disputa do 2º turno do Brasileirão Rainbow Six 2022, a Team Liquid acabou ficando de fora do top 4 da competição e, não teve chances de disputar uma das quatro vagas latino-americanas para o Six Major Berlim, concedidas por meio da Copa Elite Six. No período da janela de transferências para o 3º turno, a Cavalaria fez uma pequena reformulação na equipe. Além da vinda de Lagonis, campeão do Six Major México em 2021, para o lugar de PSK, o ex-capitão da Team One assumiu o posto de IGL da Liquid no lugar de Gabriel "Ask" Santos, que passou a jogar com mais liberdade pelos mapas.

"A gente teve pouco tempo para se adaptar ao Lagonis até agora. Entre o dia que ele chegou à line e a primeira partida oficial, tivemos só 10 dias de treino, e no decorrer do split foi uma correria contra o tempo para corrigir algumas coisas no time. Não foi só a chegada do Lago, porque nós também mudamos as funções do Ask e do Resetz no time, o próprio Paluh ficou mesclando de função, então foi uma mudança bem drástica no time, mas sempre com o objetivo de deixar a equipe mais forte para os campeonatos internacionais, especialmente o Invi (Six Invitational), que é o título que mais queremos hoje", comenta Nesk.

"De modo geral, a equipe se adaptou muito bem ao Lagonis, até porque ele é um excelente IGL, muito comunicativo dentro de jogo e com muita experiência na função. Nosso time também precisava tirar um pouco da carga em cima do Ask, que não tinha tanto aquele estilo de jogo. Ele fazia o suporte 1, mas sempre jogou de forma mais agressiva, então nós liberamos mais ele e deixamos o Lagonis fazendo o sup 1 e a função de IGL, o Ask como entry fragger secundário vem jogando muito bem. Acho que foram mudanças muito boas de modo geral, e o nosso desempenho vai ser ainda melhor conforme o time se entrosar mais com essa nova formação", acrescentou Paluh.

Lagonis (foto) foi contratado para ocupar a função de IGL da Team Liquid - Rainbow Six Siege
Lagonis (foto) foi contratado para ocupar a função de IGL da Team Liquid

Conhecida por ser uma presença constante nos principais campeonatos internacionais de Rainbow Six, quase sempre com campanhas de destaque, a Team Liquid costuma figurar entre as favoritas em competições como o Six Invitational e o Six Major. Apesar do bom retrospecto, inclusive com um vice-campeonato no Six Invitational 2021 e semifinais do Six Major México 2021 e Six Major Charlotte 2022, a Cavalaria não conquista um título do tier 1 mundial desde a Pro League Season 7 Finals, disputada em maio de 2018, em Atlantic City.

Tanto Nesk quanto Paluh entendem que embora as boas campanhas sejam importantes, somente a conquista de um grande título internacional novamente colocará a Liquid dentro dos objetivos que organização e jogadores traçaram ao longo dos últimos anos. Por isso, a dupla considera que corrigir erros nesse período de preparação para os grandes eventos internacionais é imprescindível para a equipe chegar ao topo do mundo.

"Nós sofremos um pouco nos últimos campeonatos por causa de alguns erros bem bobos que cometemos em jogos importantes, e em campeonatos desse nível cada erro custa muito caro. Nesse 3º Split do BR6 nós trabalhamos muito nesses erros. Corrigimos muita coisa que o time andava errando e isso já começou a render frutos. É óbvio que ainda temos muitas coisas para melhorar, mas hoje estamos no caminho certo. Vamos fazer um intensivo nos treinos após para a Elite Six, pois é um campeonato fundamental para aumentarmos as nossas chances de vaga direta no Invi 2023", avalia Nesk

Paluh, por sua vez, elogia a evolução do time em vários aspectos e elogia a postura mais agressiva do time em momentos importantes das partidas: "Atualmente, nós estamos muito fortes em vários fundamentos. Muitas vezes a nossa equipe pecava pela falta de agressividade em momentos importantes, mas agora o Ask joga mais avançado e consegue criar muito espaço para o time no mapa, e essa é uma característica que estava fazendo falta. Isso vai ser fundamental para as competições futuras, especialmente quando nós formos disputar os campeonatos internacionais. As equipes lá de fora, que sempre viram a Liquid jogar de um determinado jeito, vão encontrar uma Liquid diferente nesse aspecto, e queremos muito a vaga no Major também para provar isso", complementa.

Liquid tem título do Six Invitational 2023 como grande objetivo - Rainbow Six Siege
Liquid tem título do Six Invitational 2023 como grande objetivo

Evolução das equipes estrangeiras

Em 2021, o Brasil viveu uma temporada dos sonhos, com a NIP conquistando o título do Six Invitational 2021, a Team One vencendo o Six Major México e a FaZe faturando o Six Major Suécia. Este ano, porém, somente times estrangeiros conquistaram os grandes eventos internacionais, com a TSM vencendo o Invi, a DarkZero conquistando o Major de Charlotte, no qual 3 dos 4 times brasileiros tiveram problemas com visto, e a Rogue vencendo os brasileiros da FaZe Clan na final do Six Major Berlim.

Nesk e Paluh e consideram que os times estrangeiros procuraram não apenas evoluir e se adaptar aos times brasileiros, como também passaram a apostar mais em novos talentos, como a Rogue fez ao contratar o jovem Spoit, de 18 anos.

"Acho que eles se adaptaram ao novo estilo de jogo do R6. Acho que os times que vem apresentando os melhores resultados são aqueles que jogam de forma mais agressiva, e isso nivelou muito a cena no bom sentido. Já tivemos uma era de domínio da Europa no passado, ano passado o domínio foi do Brasil, mas agora acho que teremos times de várias regiões brigando pelo topo", analisa Nesk.

"Os times lá de fora tiveram bastante conteúdo para estudar dos brasileiros no ano passado, e acho que eles aprenderam no que vinham errando e como os times campeões e finalistas estavam se portando, porque o Brasil realmente foi uma região muito dominante no ano passado, e demorou um pouco até eles conseguirem nivelar com a gente. Além disso, os times lá de fora pararam de fazer aquela dança das cadeiras sempre com os mesmos nomes e começaram a apostar numa garotada nova, uma coisa que o Brasil começou a fazer muito antes. E essa renovação constante tira todo mundo da zona de conforto, o que é ótimo", avalia Paluh.

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Gabriel SALES
Gabriel Sales

Jornalista apaixonado por games desde o jardim de infância e fã de quase todo tipo de RPG, especialmente os da série Chrono. Nos esports, shooters e jogos de luta são minhas maiores paixões, mas abraço qualquer jogo com uma cena competitiva pulsante.

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