A LOUD chegou apenas em 2021 no cenário de League of Legends, mas já fez muito barulho, principalmente nesta última janela de transferências. Com as chegadas de tinowns e Robo, a verdinha se reforçou bem e vem para buscar o título em 2022. Além disso, a equipe manteve a dupla inseparável Duds e Ceos, e garantiu a permanência de Tay, que agora atuará na selva.
Assim como a FURIA, vejo a LOUD como um time pronto, daqueles que no começo, vai muito bem. Ou seja, podem ganhar partidas na individualidade enquanto não encaixarem o coletivo. Afinal, chegam no CBLOL com um jogador em mudança de rota e outros dois players completamente novos, embora ambos estivessem jogando juntos na última equipe em que atuaram. Além disso, a chegada de Von também traz novas ideias para o elenco, que pode demorar para assimilar toda essa nova filosofia. Ainda assim, seguem na primeira prateleira de franco favoritos para a competição e te conto por quais motivos.
O elenco da LOUD para o CBLOL 2022
A chegada de Robo e Tinowns com certeza eleva o nível da LOUD, não que já não fosse alto com as antigas peças, mas são dois jogadores que nos últimos anos figuram no topo das suas posições e foram campeões. O topo, por exemplo, desde que estreou profissionalmente nunca ficou fora de um playoff. Isso é um dado muito importante. Além disso, a personalidade e versatilidade que Robo traz para a equipe com certeza será algo que a LOUD irá explorar bastante ao longo da etapa. Vindo de uma ótima temporada, Robo quase jogou lá fora, mas não conseguiu por problemas externas com a paiN Gaming e a experiência trazida da Europa pode ser um dos trunfos do topo para se sobressair ainda mais na sua rota, que já vinha sendo dominada por ele desde que conseguiu encaixar a sua forma de jogar com a antiga equipe na qual trabalhou.
Tin, por sua vez, não vem de uma etapa brilhante. Após um campeonato mágico na primeira metade de 2021, com título e uma ótima performance individual no MSI, era esperado que o jogador chegasse e dominasse sua rota no Brasil, mas não foi o que aconteceu. A mudança de meta impactou muito o seu desempenho, principalmente por conta do sumiço dos magos de controle que são a sua especialidade. Ainda assim, conseguiu fazer bons jogos, mas longe do Tinowns que vimos brilhar e ser campeão com a paiN.
Na minha visão, e acho que na de todos, a principal incógnita é na jungle. Após cinco anos, Tay retorna para a posição que lhe rendeu um vice-campeonato e um rebaixamento. Muita gente o julga mais pelo decesso, do que pela boa campanha que fez indo até a final, na qual a paiN perdeu para a Team One. No Combo Podcast, comandado pelo narrador do CBLOL Tácio “Schaeppi”, Tay contou que no momento a possível mudança seria diferente da última vez. Isso porque hoje ele é um jogador de muito mais personalidade e comunicativo, algo que é super necessário para quem joga em uma posição tão importante como a selva. Afinal, é você quem dita o ritmo do jogo, comanda e nos últimos anos Tay fez isso muito bem como topo.
Foram dois títulos de CBLoL pela INTZ, sendo uma das peças fundamentais para todo esse sucesso. Voltando ao assunto da mudança, é válido ressaltar que ele está jogando na posição há 6 meses, desde quando a LOUD foi eliminada pela Rensga. E são jogos com diversos campeões, sejam eles mais agressivos ou defensivos, e com todos ele vem apresentando um desempenho muito bom. Outro ponto que será crucial para essa mudança é a sinergia entre Tay e Tin, que já jogaram juntos no ano de rebaixamento da paiN. Hoje, vejo que se ambos encaixarem, serão uma dupla que dará muito trabalho durante o campeonato. Além disso, os campeões que estão mais fortes no competitivo hoje fazem parte do leque de Tinowns, o que pode facilitar esse processo de adaptação da dupla.
Sobre a parte inferior do mapa, acredito que subestimam muito o Duds. Ele ficou muito marcado com as atuações de Jinx e se esqueceram de tudo que ele fez no ano e como jogou bem em diversos jogos. Na segunda etapa, especialmente, ele foi responsável por conseguir ganhar jogos praticamente perdidos para a LOUD, tudo isso por estar com o individual muito em dia. Pontuo especialmente um jogo de Kalista, contra o Flamengo que vinha invicto. O desempenho dele na partida foi surreal.
Já Ceos, é bem verdade que ele ainda não se mostrou como aquele “melhor suporte do Brasil” como a maioria da comunidade pinta, mas mesmo em sua melhor fase consegue ser decisivo e super importante para o time. Quando tivemos lampejos da sua genialidade, vimos nos dois jogos em que a LOUD venceu a paiN nas quartas de final como ele acabou com as partidas e foi decisivo para os seus resultados. É esperar e torcer para que ele encaixe com os novos companheiros e também ver sua sinergia com Tay, agora na jungle. Espero que finalmente ele volte a ser o Ceos “melhor da posição” como já vimos anteriormente.
Por fim, é claro que a LOUD luta por título. Acho que isso não acontece caso o Tay não desempenhe bem, o que acho bem difícil, vide os pontos que já apresentei. A organização precisará de confiança, personalidade e muito empenho para realmente se dar bem nessa mudança. É um time pronto, que vai começar bem e pode oscilar, mas que deve chegar a brigar pelo caneco desta etapa.