Tribunais federais dos Estados Unidos e da Alemanha condenaram um grupo especializado no desenvolvimento de cheats para PUBG Mobile a pagar uma indenização de US$ 10 milhões (R$ 56 milhões, na cotação atual do dólar) à Tencent e KRAFTON, que utilizarão a quantia para auxiliar no desenvolvimento de novas ferramentas e softwares anti-cheat para o battle royale.
De acordo com Tencent e KRAFTON, os tribunais federais alemão e norte-americano atenderam às solicitações das empresas, que processaram um grupo de hackers que ao longo dos últimos anos desenvolveram uma série de ferramentas de trapaça de PUBG Mobile que feriram a integridade competitiva do jogo, com cheats que vão desde mira automática até a capacidade de enxergar através de paredes.
Além da indenização, todos os desenvolvedores condenados deverão explicar em detalhes o processo de criação dos cheats, para que Tencent e KRAFTON possam entender melhor o funcionamento das ferramentas de trapaça e trabalhar na engenharia reversa para combatê-las.
Desde que PUBG Mobile foi lançado, em março de 2018, milhões de contas são banidas todos os meses devido ao uso de cheats dentro do jogo. Em novembro de 2021, foi lançado para Android e iOS PUBG New State, game desenvolvido pela PUBG Studios na Unreal Engine. O game é ambientado no mesmo universo de PUBG e PUBG Mobile, e se passa no ano de 2051.
No ano passado, o PUBG Mobile Global Championship Season 0, primeiro campeonato mundial do battle royale, teve o terceiro maior pico de audiência do mundo nos esports, alcançando mais de 3,8 milhões de espectadores simultâneos. O campeonato reuniu 16 equipes e foi vencido pela Nova Esports, formada por atletas de China e Taiwan, que faturou o prêmio de US$ 700 mil. Representante brasileira no Mundial, a Alpha7 ficou na 9ª colocação e levou US$ 12 mil de premiação.