Apesar de contar com um número recorde de quatro participantes no PGL Major Stockholm de CS:GO, com a FURIA já classificada de forma direta para o Legends Stage e estreando somente em neste sábado (30), o Brasil faz, até o momento, a pior campanha de sua história em um Major, com eliminações de Pain Gaming, GODSENT e Sharks.
Até o momento, foram nove partidas disputadas contra equipes estrangeiras e nove derrotas. A única vitória do Brasil até o momento veio no confronto nacional entre Pain e Sharks, que terminou com vitória da PNG por 2 a 1.
Desde que o Brasil estreou no Mundial do FPS da Valve, na ESL One Katowice 2015, esta é primeira vez que equipes do país não conseguem vitórias sobre times estrangeiros nos estágios iniciais da competição. Ainda que a FURIA faça boa campanha no Legends Stage e consiga vaga nos playoffs, esta já é a pior performance do país no Challengers Stage desde que essa espécie de "Fase de Entrada" foi implementada nos Majors. Confira, a seguir, a linha do tempo do Brasil no Mundial do FPS da Valve.
2015
Na temporada de 2015, o Challengers Stage ainda não havia sido criado e os Majors contavam com a participação de somente 16 times, em vez dos 24 atuais. Ainda assim, o Brasil chegou aos playoffs nos três Majors disputados naquela temporada mesmo tendo uma única representante em cada um dos torneios disputados.
Na ESL One Katowice 2015, a Keyd Stars, formada por Fallen, Fer, Boltz, Steel e Zqk, chegou às quartas de final do torneio. A equipe terminou em segundo no lugar no grupo B, com duas vitórias sobre Counter-Logic Gaming, e foi eliminada pela Virtus Pro após derrota por 2 a 1. Na ESL One Cologne 2015, agora com Fallen, Fer, Steel, Boltz e Coldzera já defendendo a Luminosity Gaming, os brasileiros chegaram novamente às quartas de final, com vitórias sobre Team Kinguin, da Europa, e FlipSid3 Tactics, formada por russos e ucranianos. A eliminação veio diante da Fnatic, que mais tarde venceria o torneio.
Na DreamHack Open Cluj-Napoca, a Luminosity novamente chegou às quartas de final, passando em primeiro lugar no grupo A, com vitórias sobre a polonesa Vexed Gaming e a americana Cloud9. A eliminação veio diante da Natus Vincere, em 2 a 0 com parciais extremamente próximas (16x13 em Dust II e 16X14 em Overpass).
2016
O ano de 2016 ainda não contava com o Challengers Stage, e também foi o melhor do Brasil na história dos Majors, com a Luminosity Gaming, agora com Fnx e TACO nas vagas de Steel e Boltz, sendo campeã da MLG Columbus e superando potências como Mousesports, Ninjas in Pyjamas, Virtus Pro, Team Liquid e Natus Vincere.
Na ESL Cologne, o quinteto brasileiro conquistou seu segundo Major consecutivo, desta vez com a camisa da organização alemã SK Gaming. No caminho até o título, a SK bateu em sequência G2, Faze Clan, FlipSid3 Tactics, Virtus Pro e Team Liquid.
2017
Em 2017, o Brasil já era respeitado como uma potência mundial no CS:GO, e mesmo não conquistando títulos no Major, fez boas campanhas. Na ELEAGUE Major Altanta, a SK jogou com o português Ricardo "Fox" no lugar de Fnx e chegou às semifinais, com vitórias sobre HellRaisers, Faze Clan e Astralis na fase de grupos e sobre a Faze Clan nas quartas de final. A equipe caiu nas semis para a Virtus Pro, num 2 a 0 acirrado (19x17 em Train e 16x14 em Cobblestone)
Na PGL Major Krakow, primeira competição com participação de dois times brasileiros, a SK ganhou a companhia da Immortals, de KNG, Steel, LUCAS1, HEN1 e Boltz, e foi a IMT quem surpreendeu o mundo e chegou à grande decisão. Ambas as equipes brasileiras passaram da fase de grupos, mas a SK caiu nas quartas de final para a Astralis, enquanto a Immortals superou Vega Squadron, Natus Vincere e FlipSid3 Tactis na fase de grupos e passou por BIG e Virtus Pro nos playoffs. Na final, a equipe perdeu por 2 a 1 para Gambit
2018
2018 marcou a estreia do modelo de Challengers Stage, mas o fato de o Brasil ter equipes que chegaram aos playoffs dos Majors anteriores garantiu o país de forma direta no Legends Stage. Com o disband na Immortals, a SK foi a única representante do país na ELEAGUE Major Boston, e caiu somente nas semifinais, em derrota por 2 a 1 para a Cloud9, que na sequência se sagraria campeã mundial sobre a Faze Clan. A equipe brasileira venceu na campanha times como Space Soldiers, Mousesports, Gambit e Fnatic.
No FACEIT Major London 2018, Fallen, Fer e Coldzera defendiam a MIBR ao lado dos americanos Tarik e Stewie2K, e fizeram boa campanha com a equipe majoritariamente brasileira no Major. A MIBR caiu nas semifinais, após derrota por 2 a 0 para a NaVi. Na campanha, Fallen e companhia venceram Mousesports, G2, Ninjas in Pyjamas e Complexity.
2019
Na última temporada com Majors antes da pandemia de Covid-19, o Brasil teve seu ano de menor brilho nos Majors, mas não saiu dos torneios sem vitórias sobre equipes estrangeiras. Na IEM Katowice Major daquele ano, o país foi representado pela FURIA, de Art, VINI, Yuurih, KSCERATO e AbleJ, no Challengers Stage, e pela MIBR, agora com Felps e TACO nas vagas de Tarik e Stewie2K, no Legends Stage.
A FURIA caiu na primeira fase, com um vitória sobre a Team Spirit e derrotas para Ninjas in Pyjamas, AVANGAR e Cloud9. Já a MIBR caiu somente nas semifinais e protagonizou a última boa campanha do Brasil em um Major, com vitórias sobre Complexity, G2, Ninjas in Pyjamas e Renegades. A eliminação veio num 2 a 0 para a Astralis.
Na StarLadder Berlin Major, FURIA e MIBR, agora com LUCAS1 e o técnico Zews jogando nas vagas deixadas por Felps e Coldzera, novamente representaram o país, mas nenhuma das equipes teve uma campanha de destaque e deram adeus à competição com uma vitória e três derrotas. No Challengers Stage, a FURIA venceu a HellRaisers e foi batida por Crazy, Forze e Syman Gaming. Já MIBR, que por ter chegado aos playoffs da IEM Katowice conquistou vaga direta no Legends Stage, venceu a Ninjas in Pyjamas, mas perdeu para ENCE, G2 e NaVi.