A Rensga Esports, semifinalista do segundo split do CBLOL 2021, fechou recentemente um contrato de patrocínio e direitos de nome com a empresa de BitPreço, que atua no mercado de bitcoins, e nesta quarta-feira (11) anunciou oficialmente a mudança do nome da organização para Rensga BitPreço. A operação segue um modelo similar à parceria entre a TSM e a empresa chinesa de criptomoedas FTX.
“Foi um processo muito cuidadoso - de muitas idas e vindas - entre a Rensga e a Riot Games Brasil para aprovar a parceria. É muito interessante esse passo que estamos dando, porque vamos abrir um novo caminho para todas as organizações brasileiras”, conta Djary Veiga, CEO da Rensga BitPreço.
No entanto, embora a transação tenha sido autorizada pela Riot Games, a desenvolvedora de League of Legends não citará o nome da BitPreço nas transmissões do CBLOL, assim como o da FTX não é mencionado em partidas da LCS, da liga norte-americana de LoL, nem nos campeonatos da Valorant Champions Tour. Em nota enviada ao site GE, a assessoria de imprensa da BitPreço confirmou que o nome da empresa não será vinculado ao da Rensga nas competições oficiais da Riot.
"Ficou definido pela Riot Games Brasil que em suas transmissões e conteúdos, o nome "BitPreço" não será vinculado ao nome da Rensga Esports", disse a empresa no comunicado.
Caso TSM FTX
Após a TSM vender seus direitos de nome à FTX, a Riot impôs uma série de restrições em relação ao uso do nome da da corretora de criptomoedas em competições oficiais de League of Legends e Valorant, ainda que a TSM FTX possa usar livremente o novo nome oficial da organização em campanhas próprias e nas redes sociais. As mesmas regras se aplicam à Rensga BitPreço, com apenas o nome tradicional da organização aparecendo nas transmissões.
"O acordo de patrocínio entre a FTX e a TSM não quebra nenhum acordo de patrocínio da LCS, mas operadoras de criptomoedas caem em uma categoria de patrocínio que carrega restrições de ativação", disse na ocasião o chefe de esports da Riot Games na América do Norte, Chris Greeley, em entrevista ao site Dot Esports.
No dia 3 de agosto, cerca de dois meses após a TSM fechar venda de direitos de nome à FTX, a própria LCS fechou um contrato de patrocício com a corretora de criptomoedas, o que gerou uma série de questionamentos a respeito de um possível conflito de interesses e também sobre a associação direta nas transmissões entre uma empresa do ramo e uma das maiores ligas de League of Legends do mundo, algo que não foi permitido no caso da TSM.
No Twitter, Chris Greeley alegou que as ativações da FTX durante as transmissões da LCS seguiam um modelo diferente, e que poderiam ser ocultadas em países nos quais a publicidade de empresas de bitcoins é restrita.
"Isso não muda nossa posição em toda a liga em relação aos patrocínios por empresas de câmbio de criptomoedas. As ativações da LCS com a FTX podem ser removidas da transmissão quando necessário em regiões que limitam a publicidade de criptomoedas. Um patrocinador que aparece em vestuário ou outra ativação não digital não pode (ser ocultado)", frisou.