Após a virada histórica da Pain Gaming sobre a LOUD pelas quartas de final do CBLOL, o topo Leonardo "Robo" Souza falou sobre a reação de sua equipe no momento mais adverso da série e enalteceu a capacidade de adaptação da PNG para reverter a desvantagem de 2 a 0 na série MD5. O jogador, que já havia perdido duas finais de CBLOL em duelos com Rodrigo "Tay" Panisa - uma na derrota do Flamengo para a INTZ, no primeiro split de 2019, e a segunda no revés da Pain para a INTZ, no segundo split de 2020 -, falou sobre como essas derrota. ligaram nele um alerta para o jogo de hoje.
A partir do terceiro jogo, Robo trocou os campeões tanques por carregadores (carry) e viu seu time dominar os duelos contra a Loud. Para o topo, a virada é consequência do fato de a Pain possuir um time superior à LLL.
"As finais que eu já perdi foram muito parecidas com os dois primeiros jogos, e eu dei uma entrevista essa semana dizendo que eu não aguentava mais. Eu já sabia, pois tinha passado por aquilo duas vezes jogando de tanque. Cheguei para o time e falei que eu não queria jogar de tanque, eu preferia um lutador, pois assim eu consigo abrir espaço para o time", disse Robo.
"Eles também estavam bem treinados na match-up se eu estivesse de tanque. Acho que pegamos eles um pouco de surpresa quando eu puxei campeões carry nos três últimos jogos, e isso com certeza foi um fator decisivo. Mas, em geral, acho que nós somos um time melhor e só estávamos travados nos dois primeiros jogos. Quando acordamos, mostramos que somos superiores", completou o topo.
Robo, que acabou sendo o jogador mais comentado nas redes sociais durante a partida e recebeu muitos elogios pela atuação de destaque na virada sobre a LOUD, também falou sobre as críticas que já recebeu no passado por muitas vezes, aos olhos do público, ter atuações sem brilho. Para ele, grande parte do público não consegue enxergar quando ele exerce a função de "role player", expressão usada para jogadores que jogam mais para o time e, muitas vezes, tês estatísticas individuais modestas.
"Isso é fantástico. Quando eu não jogo de carry, a galera tende a falar que eu sou muito ruim. Muita gente do público não consegue enxergar o que é um role player, que faz o que for preciso para o tim, e eu me considero um role player, eu faço qualquer coisa para vencer. A galera pensa muito nas estrelas, nas kills, nas jogadas, mas não consegue ver um bom engage ou uma pressão bem exercida, por exemplo. Mas eu não os culpo, pois acho que são coisas bem avançadas, para ser sincer", avaliou.
"Quando eu comecei a jogar de carry e começou a dar certo, desde a metade do split, eu fiquei contente, pois eu sabia que sou bom de carry, só que eu não estava tendo janelas, e nós como time também não estávamos sabendo exercer muito isso. Acabou que de um tempo para cá nós conseguimos encaixar e eu fiquei bem feliz que deu para eu mostrar meu potencial. Eu consigo de jogar com campeões carry, com tanques, com Lulu de suporte. Então, isso é uma arma que eu tenho, pois é bastante difícil os times me lerem."
Robo também disse que essa capacidade de adaptação também foi uma das armas da Pain para surpreender a LOUD a partir do terceiro jogo da série. Na opinião do Topo, a LLL teve muitas dificuldades para responder a mudança de estilo da PNG, e que isso foi determinante para o resultado deste sábado.
"A LOUD, por exemplo, estava bastante preparada para eu jogar de tanque, mas não para eu jogar de carry, e isso é uma coisa fantástica para você ter no time, porque é difícil draftar contra um jogador assim", concluiu.
No próximo sábado, a Pain enfrenta o Flamengo por uma vaga na grande final do CBLOL.