A vitória da Pain Gaming contra a Imperial pelas quartas de final do Valorant First Strike pôs fim a um pequeno tabu, uma vez que a equipe de Matheus "Matheuzin" Brit, um dos principais destaques da PNG na partida, nunca havia batido os adversários desta sexta-feira, com um retrospecto de duas derrotas em dois jogos até então.
Na avaliação de Matheuzin, a chave para a vitória que garantiu a Pain nas semifinais do torneio, onde medirá forças com a Havan Liberty por uma vaga na grande decisão, passa pela eliminação de erros cometidos nos duelos anteriores contra a Imperial, além da experiência dos jogadores em eventos presenciais.
"Nós sentamos, revimos os jogos, adaptamos algumas coisas e mudamos outras nos nossos mapas, principalmente na Split, onde eles tendem a falar que são os melhores do Brasil, e aqui na lan não foi isso que aconteceu. Então, tem um sabor diferente por conta disso. Trabalhamos em cima dos nossos erros nas duas derrotas anteriores, soubemos o que tirar de bom dessas derrotas, chegamos na lan e mostramos quem é o melhor time", comemorou.
Matheuzin também destaca outra mudança fundamental para a superioridade de sua equipe no mapa Split, vencido pela Pain com um elástico placar de 13 a 4: o fato de fato de murizzz ter jogado com a agente Jet. Ele considera que a escolha trouxe confiança ao time, especialmente pelo desempenho nos treinos, e frisa que esse foi um fator que surpreendeu a Imperial no mapa decisivo da série MD3.
"A gente fez essa mudança na composição, colocando o murizzz como Jet, porque ele consegue ter um impacto gigante no mapa. Essa pequena mudança fez muita diferença para chegarmos aqui e ganharmos a Split deles", resume.
Sobre o duelo contra a Havan Liberty, que avançou às semifinais após a desclassificação da Vorax Fusion em função de dois casos de Covid-19 no elenco, Matheuzin considera que o fato de os adversários deste sábado ainda não terem feito sua estreia em lan dentro do First Strike pode representar uma vantagem para a Pain, que já irá para o jogo mais aquecida.
"Acredito que possa ser um pouco ruim para eles, por eles não terem feito essa estreia ainda. Eu não conheço muito os meninos da Havan, então não sei como é a experiência deles em lan. Para a gente já foi algo mais tranquilo, por mais que tenha sido a estreia, então acredito que isso possa influenciar um pouco negativamente para eles, por estarem jogando a primeira partida em lan (no torneio)."
Sobre a preparação para o duelo contra a Havan, Matheuzin ressaltou que todo o foco da equipe estava voltado para a partida contra a Imperial, e que apenas após a confirmação da vaga na semifinal os jogadores da Pain iniciaram um estudo mais aprofundado sobre os rivais deste sábado.
"Ainda não temos nada preparado. Vamos ver hoje (sexta) e amanhã (sábado) para fazermos a melhor preparação possível contra eles. E é basicamente isso, porque nós nunca jogamos contra eles, então não dá para saber muito o que esperar, até porque tem time que joga de um jeito contra X e Y, então tudo vai depender muito da nossa leitura dentro do jogo. Quando começarmos a sentir o jogo, veremos o que eles gostam de fazer, e vai ser mais ou menos isso", projeta.
Do outro lado da chave, Gamelanders, cotada como principal favorita ao título da competição, e B4, que deixou ótima impressão após atropelar a Nimo One nessa sexta-feira, medem forças por uma vaga na final. Matheuzin reconhece a força das duas equipes, mas não acredita na ideia de favoritismo na grande decisão do First Strike.
"Acho que essa história de favoritismo não importa, principalmente na final. Quem chegar mais preparado vai ganhar. Em relação a B4 e Gamelanders, acho que vai ser um jogo bem pegado. A molecada da B4 tem uma experiência bem grande em lan, e a Gamelanders, querendo ou não, vem sendo o melhor time do Brasil, então o time que ganhar lá pode sim ser o campeão."