O dinamarquês Peter "Dupreeh" Rasmussen é um dos jogadores mais vencedores da história do Counter-Strike mundial, com 30 grandes títulos no currículo, sendo 4 deles Majors de CS:GO. Integrante da era de ouro da Astralis, dinamarquês chegou ao ousado projeto da Vitality no começo de 2022, ao lado de dois companheiros que também fizeram parte do time mais dominante e vencedor da história do CS:GO mundial: o jogador Emil "Magisk" Reif e o técnico Danny "zonic" Sorensen. O objetivo da Vitality era claro: trazer jogadores e um técnico com currículos extremamente vencedores para dar mais solidez a um projeto montado em torno da grande estrela do time, o duas vezes melhor do mundo Mathieu "ZywOo" Herbaut.
Desde a criação da "Super Vitality", porém, a organização francesa não conseguiu mudar uma sina que acompanhava a organização desde antes da chegada do trio dinamarquês: a inconsistência em grandes eventos. Desde que Dupreeh, Magisk e Zonic reforçaram a equipe, foram conquistados dois grandes títulos internacionais: a ESL Pro League Season 16 e, neste domingo, a IEM Rio 2023, mas em muitos outros eventos a Vitality acumulou eliminações precoces ou se mostrou presa fácil diante dos melhores times do mundo.
"Sabemos que ainda nos falta regularidade"
Em entrevista ao MGG Brasil após o título da IEM Rio, Dupreeh reconheceu que a irregularidade em grandes competições é o ponto mais importante a ser corrigido pela Vitality, que tem como grande objetivo da temporada vencer, jogando em casa, o BLAST Paris Major 2023, último Mundial de CS:GO da história e evento em que a organização francesa terá apoio massivo da torcida local. O jogador disse que a chave para a Vitality ser um time sempre presente nas fases finais dos eventos como uma forte candidata ao título passa por repetir o que foi feito na IEM Rio: ter todos os jogadores do time sendo decisivos em momentos importantes.
"Acho que um dos grandes problemas do nosso time é que muitas vezes sobrecarregamos o ZyoOo. Ele é uma grande estrela e por isso foi duas vezes o melhor do mundo, mas precisa da nossa ajuda se quisermos ser campeões dos grandes eventos. A diferença é que, aqui na IEM, não nos apoiamos apenas nele, todos no time brilharam em momentos muito importantes. Eu, individualmente, acho que fiz um grande torneio, Magisk tambpem, Spinx e ZywOo foram os caras do time, e mesmo o Apex, que tem várias reponsabilidades como nosso IGL e muitas vezes fica ofuscado por pegar menos kills, decidiu rounds em momentos muito importantes aqui no Rio, liderando as chamadas e com frags importantes.
Embora considere que o título no Rio seja importantíssimo para elevar a confiança do time, Dupreeh alerta que a conquista também fará a Vitality ser um time mais estudado no Blast Paris Major. Ele relembra que antes do IEM Rio Major 2022, a equipe venceu a ESL Pro League Season 16, mas ele e outros jogadores sentiram que os adversários da organização francesa vieram "muito preparados" para enfrentar ZywOo e companhia.
"Esse título na IEM nos dá muita confiança, mas temos que continuar trabalhando duro, pois certamente seremos um time mais estudado depois que apresentamos aqui,e Paris é o nosso grande objetivo do ano. Passamos por uma situação parecida no ano passado, quando vencemos a ESL Pro League em Malta logo antes do Major do Rio, e quando chegamos lá vimos que os times estavam totalmente preparados nos enfrentar. Esta IEM é um título importante para nós, mas sabemos perfeitamente que os times também vão ter muito material para nos estudar depois daqui. Não podemos repetir o que aconteceu no ano passado, quando tivemos um desempenho muito abaixo do esperado no Major do Rio logo após ganharmos um grande título", enfatiza.
"A Dinamarca já merecia sediar um Major há muito tempo"
Embora o BLAST Paris Major 2023 seja o último Mundial de CS:GO da história, a Valve já definiu quando e onde será disputado o primeiro Major de Counter-Strike 2. De 17 a 31 de março de 2024, será disputado o PGL Major Copenhagen 2024, o primeiro Major da história disputado na Dinamarca. Um dos maiores ícones de CS dinamarquês, Dupreeh já se mostra ansiodo com a possibilidade de finalmente jogar em casa o evento mais importante do FPS da Valve, e frisa que o país já merecia sediar há competição há muito tempo.
"Por tudo que times e jogadores dinamarqueses fizeram na história do Counter-Strike desde o CS 1.6, acho que nosso país merecia receber um Major há muito tempo, e para mim faz todo sentido abrimos o ciclo de Majors no CS 2. Sei que ainda falta muito tempo e temos muito trabalho a fazer até lá, mas eu obviamente já tenho como um dos maiores objetivos da minha carreira estar lá, jogando de frente para o meu povo. Infelizmente, nunca consegui vencer um grande evento internacional jogando no meu país, ainda é um grande objetivo meu e o Major seria o cenário perfeito para mudar isso", concluiu o pro player.
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