O segundo episódio da adaptação televisiva de The Last of Us, da HBO, teve como ponto principal o início da trajetória de Ellie (Bella Ramsey) e Joel (Pedro Pascal) para o oeste. Além de exibir a continuação da busca pela bateria e mostrar um Joel mais crédulo, o episódio "Infected" foi responsável por definir o tom que a série escolheu em relação aos infectados.
Atenção: Essa matéria contém spoilers sobre os acontecimentos do segundo episódio da série.
Assim como no piloto, uma cena inédita que explica o surgimento da variante do fungo Cordyceps foi adicionada para trazer um contexto mais histórico para a narrativa vinda do game. Dessa vez, acompanhamos a personagem Ibu Ratna (Christine Hakim), uma professora que estuda micologia, sendo contatada pelos oficiais da cidade para descobrir o que aconteceu com um infectado. Nisso, recebemos a confirmação de que os alimentos infectados partiram de uma fábrica de farinha e grãos.
Ao perceber a gravidade da situação, a professora alerta ao policial que não existe cura, e muito menos vacina - e sugere um bombardeio na região inteira. Feita a introdução, retornamos para a trajetória de Ellie, Joel e Tess. Após alguma relutância por parte de Joel, eles finalmente chegam ao local que seria o ponto de encontro do trio com os Vagalumes.
Sem retorno
A situação do local é, no entanto, devastadora. Quando os personagens encontram todos os Vagalumes mortos no museu, Joel faz novamente um apelo para que desistam e voltem para casa. Rapidamente, Tess nega e diz que aquela não é mais sua casa - neste momento, Ellie entende que Tess está infectada.
Assustada, Ellie comenta em voz alta que Tess foi infectada e Joel pede para ver a mordida. Em uma cena mais longa e emotiva do que a do game, a personagem de Anna Torv se despede e se sacrifica, queimando o museu após a invasão dos infectados. Enquanto tenta acender o isqueiro, um infectado se aproxima da personagem e a beija em uma clara demonstração da conexão que os seres humanos infectados possuem entre si.
Nesse meio tempo, Ellie e Joel fogem em segurança.
O beijo da morte
Para quem jogou o game, sabe que a morte da Tess, originalmente, não envolve infectados - e sim, agentes da organização autoritária FEDRA. Para a adaptação, porém, os criadores comentaram que não havia nenhuma razão para que as autoridades estivessem ali: "Aqui não há nada para eles policiarem, realmente. Não fazia muito sentido, para mim, ter a FEDRA tão longe", disse Craig Mazin em um podcast oficial.
Sobre a mudança em relação ao momento da morte de Tess, Mazin acrescentou que eles desejavam mostrar os infectados por uma lente diferente.
Mazin finalizou dizendo que, ao trazer sua ideia de remover os agentes da FEDRA completamente da cena para Neil Druckmann, o produtor da série abraçou imediatamente a alteração. Mesmo que a ideia tenha sido para dar mais espaço e complexidade aos estados de um ser humano infectado e como os zumbis conseguem tomar conta de uma cidade em instantes, Mazin assegura que veremos agentes autoritários em ação em breve.
Os episódios de The Last of Us estão sendo lançados aos domingos, 23h (horário de Brasília), por meio do aplicativo HBO Max ou pelo canal da HBO na televisão fechada.
Série de The Last of Us, inspirada no game da Naughty Dog, apresenta fungo Cordyceps de forma fiel - mas com algumas possíveis diferenças
Apesar do receio de muitos fãs pelo fato de os atores não se parecerem com os personagens do jogo, a atuação está fenomenal e a série é um verdadeiro sucesso. Seus número são altos e a crítica é positiva
Bruce Straley, co-criador do primeiro jogo de The Last of Us, sugere que indústria dos games precisa de sindicalização após não ser creditado na série da HBO
