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Justiça manda Riot resolver processo de plágio contra Mobile Legends na China

Justiça manda Riot resolver processo de plágio contra Mobile Legends na China
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Após processar a Moonton por plágio de League of Legends: Wild Rift, juiz estadunidense pede que as duas empresas se resolvam na China; Riot estuda pedir recurso

Justiça manda Riot resolver processo de plágio contra Mobile Legends na China

Em 2018, a Riot Games, empresa desenvolvedora de League of Legends, venceu um processo contra a Moonton, companhia responsável pelo jogo de celular Mobile Legends, no qual acusava a multinacional chinesa de plagiar elementos de seu produto principal. 

Agora, a empresa que faz parte da multinacional chinesa Tencent se encontra novamente em um embate judicial contra a Moonton. O retorno ao tribunal é justificado pelo fato de que, mesmo após a ordem para que a dona do game Mobile Legends retirasse seu produto das lojas virtuais, ela retornou com um jogo modificado e um novo título - como se fosse um recomeço. 

Esse recomeço, porém, coincidiu com o lançamento de League of Legends: Wild Rift, versão para celulares do principal título da Riot Games. Com o jogo reformulado, a companhia alegou que a Moonton aproveitou a lacuna temporal para se inspirar em Wild Rift e trazer novos elementos para o game. 

No processo, que está disponível para leitura neste link, a desenvolvedora do LoL afirmou que "A Moonton atualizou o Mobile Legends Bang Bang para copiar elementos significativos do Wild Rift, continuando seu ciclo de apropriação consciente da propriedade intelectual da Riot".

De volta para a China

Da mesma forma que em 2018 a Riot Games abriu o processo contra a Moonton nos Estados Unidos, mas o juiz Michael Fitzgerald pediu, novamente, para que o processo fosse movido para a China. 

Ele também dispensou o processo pelo fato de que a Tencent está movendo uma ação separada contra a dona do Mobile Legends, alegando que seria injusto fazer com que a empresa enfrente uma briga dupla simultaneamente - mas a Tencent recusou fazer parte do processo movido pela Riot Games. 

Ajay Krishnan, sócio do escritório jurídico que representa a Moonton, disse que a decisão de mover o processo para a China foi acertada para evitar que a companhia enfrentasse processos duplicados e com as mesmas reivindicações, que já estão sendo feitas há anos. Para ele, seria "duplicado, ineficiente e totalmente injusto prosseguir com este caso nos EUA, onde Moonton não teria acesso às principais evidências e testemunhas".

Já a Riot Games procura uma forma de contornar a decisão, visto que considera que a China não é o lugar mais adequado para seguir com um processo que foi aberto por uma empresa estadunidense pois, apesar de fazer parte do grupo Tencent, a desenvolvedora do WR é originalmente da Califórnia. 

Eles também repudiaram a decisão de fazer com que cidadãos norte-americanos tenham que viajar para solucionar um problema que aconteceu no território dos Estados Unidos, além do fato de que o game Mobile Legends Bang Bang não está disponível no país asiático. 

A empresa de League of Legends comentou que estuda entrar com um recurso contra a decisão do juiz Fitzgerald, que diz acreditar não haver motivos o suficiente para a Riot Games abrir um novo processo em paralelo com o já existente da Tencent para com a Moonton. 

O caso está, atualmente, no Tribunal do Distrito da Califórnia, mas pode ser movido para Xangai caso a Riot Games não consiga reverter a situação. 

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Maria Eduarda Cury
Maria Eduarda Cury  - Redatora

Jornalista, apaixonada pelo estudo da cultura digital, jogos competitivos e filmes de terror. 

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