O Wild Rift está sendo alvo de protestos por parte da comunidade de League of Legends desde que skins exclusivas começaram a surgir. O maior motivo é o fato de que os jogadores acreditam que a versão mobile de jogo recebe certo favorecimento por parte da Riot Games, e clamam por uma "maior igualdade" entre os MOBAs. Os motivos são diversos - um deles é que uma parte da comunidade acredita que os trajes que chegam no WR são mais bonitos e bem-feitos, e outro que há a percepção que desejos dos fãs são prontamente atendidos enquanto no PC são ignorados.
O descontentamento por parte dos jogadores foi intensificado com a chegada das Guardiãs Estelares em 14 de julho com o Patch 12.13, a comunidade está se questionando se o evento será melhor no Wild Rift do que no LoL de PC. O fato de Kassadin não parecer in-game com sua skin reformulada, ao contrário do WR, também é uma pulga atrás da orelha. Assim, a desenvolvedora se prontificou em responder o porquê do jogo receber skins exclusivas, ao invés de "simplesmente" trazer as skins do LoL de forma idêntica.
A comunidade se pergunta o porquê de Wild Rift não ser idêntico ao LoL
Claro que, o espaço onde essas reclamações se encontram não poderiam estar em um lugar diferente: o Reddit é o lar dos descontentes. O usuário JD_Crinchton foi quem iniciou a problematização afirmando que "não há uma razão lógica do Wild Rift receber skins exclusivas".
Em tradução literal, o jogador afirma que ambos os jogos têm splash arts e modelos in-game iguais e conclui que "seria bem menos trabalhoso fazer a portabilidade das skins do LoL para o Wild Rift do que fazer uma do zero. Também evitaria reclamações dos jogadores do League of Legends. O WR e o LoL de PC não deveriam ao menos ter alguma paridade?".
Apesar do pensamento fazer certo sentido superficialmente, não é nada fiel à realidade. O Rioter EarthSlug, líder de skins do Wild Rift, respondeu à postagem corrigindo o jogador.
A Riot Games explica o motivo de terem skins exclusivas no Wild Rift
Antes de mais nada, é preciso entender que Wild Rift e League of Legends não são exatamente os mesmos jogos: de mesmo modo que cada um possui uma jogabilidade diferente, os conteúdos também se diferem. A versão mobile não é um simples "copiar e colar" do MOBA original. Indo mais além, são times diferentes que cuidam de ambos os jogos. Essa foi a resposta de Rocky S. (EarthSlug) no Reddit:
A explicação, que já refutou objetivamente o fato de que simplesmente não reutilizam conteúdos já prontos do LoL, não parou por aí. O funcionário da Riot Games foi ao Twitter explicar o fato do Wild Rift ganhar skins que não existem no League of Legends, e não apenas refazer as já existentes: O maior motivo é que tanto a equipe do LoL quanto a do WR avaliam as demandas e criam conteúdos pensando de maneira exclusiva para cada um. Eles tentam entender o que faz sentido para o público-alvo de ambos os títulos individualmente, para então comparar as ideias.
O rioter usou então o evento das Guardiãs Estelares como exemplo: "Com universos compartilhados (como Star Guardian) nos quais ambos os games têm grande interesse, vai se tornando vez mais importante entregar o melhor para os jogadores desses jogos. Cada time avalia coisas como: o tempo desde a última skin, número total de skins, qual campeão faz sentido para a temática e diversos outros detalhes".
O Rioter salientou o fato de que não existe a meta de todas as skins do LoL irem para o WR ou vice-versa, considerando que cada jogo tem sua própria audiência e se algum visual chega em um dos jogos, e a audiência do outro também goste, pode ser que cheguem em um futuro. E completou dizendo: "No entanto, preciso ser totalmente franco aqui - skins e temáticas irão divergir ao longo do tempo, algumas podem nunca chegar no outro jogo. Queremos muito atender nosso público da melhor maneira possível, e realmente levamos seus comentários a sério e esperamos superar expectativas sempre que possível".
Apesar de toda a explicação, fãs apontaram que a comunidade do League of Legends pede por determinadas skins há anos e não são atendidos, indo contra a fala do rioter de "escutar a demanda do público":