Ontem (04) a TSM foi alvo de uma reportagem do The Washington Post denunciando práticas trabalhistas abusivas por parte da premiada organização internacional. O CEO e fundador Andy "Reginald" Dinh é o principal acusado de criar uma "cultura do medo" dentro da empresa nos relatos de funcionários e ex-funcionários ao jornal estadunidense. Reginald também é co-fundador do aplicativo Blitz, empresa onde abusos também foram divulgados.
Os relatos dos empregados atuais e antigos TSM sobre a conduta abusiva de Dinh expõem constantes gritos e comportamentos instáveis com funcionários, junto com frequentes humilhações públicas - inclusive com os jogadores profissionais das equipes de esports - má remuneração em desconformidade com as funções exercidas, demissões repentinas e sem justificativas, além de ações contratuais que contornam as leis vigentes do estado da Califórnia, nos Estados Unidos (como contratar profissionais em funções não pertinentes, sem os benefícios adequados).
"Ninguém queria estar numa reunião individual com Andy porque não tinham testemunhas, literalmente. Não dava para saber se Andy iria gritar, te humilhar, ser amigável, ou apenas ser confuso ou inquisitivo? Você não tinha a certeza de que Andy iria encontrar. Mas quanto mais pessoas na chamada (ou reunião), mais provável era que Andy não fosse agir dessa forma" relatou Anthony Barnes, ex-programador do aplicativo Blitz, e completou que foi uma das piores empresas que já trabalhou.
Em um outros relato um funcionário afirmou que o número de executivos que deixam a TSM é grande, por terem a opção de sair sem serem afetados.
Em resposta ao The Washington Post, a TSM e a Blitz respondeu que não comentará questões pessoais confidenciais, "especialmente queixas feitas por indivíduos anónimos que se sentem mal classificados em seus cargos enquanto empregados".
Em janeiro deste ano Reginal passou a ser investigado pela Riot Games por denúncias de assédio moral, e na época declarou ao Wired, revista estadunidense: "Reconheço que, ao olhar para trás, o meu vocabulário foi por vezes demasiado grosso e ineficaz. Sei que preciso trabalhar na minha entrega, e estou trabalhando para melhorar a forma como me comunico com a minha equipe e com aqueles que me rodeiam. Apoio e estou cooperando plenamente com as investigações independentes que já estão em curso e terei todo o prazer em aceitar quaisquer recomendações dos investigadores".
No Brasil a TSM é representada por seu time de Wilf Rift e por ter Mayumi como streamer e criadora de conteúdo. E em março deste ano, a organização teve seu treinador de League of Legends, Peter Zhang, demito por enganar e pedir dinheiro a jogadores.