Pouco após o site Dexerto publicar a notícia de que a ESL já estuda a possibilidade de realizar o IEM Major no Rio de Janeiro em novembro, a Valve publicou no blog oficial de CS:GO. uma série de mudanças no regulamento dos eventos RMR (Regional Major Rankings) para as temporadas de 2022 e 2023. De acordo com a desenvolvedora, a partir de agora as regiões dos times participantes desses eventos será definida pela nacionalidade da maioria dos jogadores, e não mais por onde a equipe está sediada. Para uma equipe disputar um RMR de uma região, pelo menos três dos cinco jogadores precisarão ter nacionalidade daquele continente ou região.
Na prática, isso significa que equipes brasileiras com sede no exterior, casos de FURIA, GODSENT, Pain Gaming, 00Nation e Team One, terão que obrigatoriamente disputar os RMRs da América do Sul a partir deste ano. Da mesma forma, uma equipe que queira disputar o RMR europeu precisará de pelo menos três jogadores com nacionalidade de algum país do Velho Continente, por exemplo, e o mesmo vale para todas as demais regiões.
A postagem também não cita se haverá alguma mudança no formato de distribuição de vagas por região, embora os próximos Major já estejam confirmados com 24 participantes. No PGL Major Stockholm, por exemplo, foram 11 vagas para a Europa, 5 para a América do Norte, 4 para a CIS (Comunidade dos Estados Independentes), 1 para a América do Sul, 1 para a Ásia e uma para a Oceania.
No caso do RMR da América do Norte, porém, 3 das 5 vagas para o Major foram conquistadas por equipes brasileiras: FURIA, GODSENT e Pain Gaming. Caso a América do Sul só continue com direito a apenas uma vaga, isso significa que o Brasil poderá ter, no máximo, 1 vaga no Major no New Challengers Stage, etapa preliminar do torneio que conta com 16 equipes e dá 8 vagas para o New Legends Stage.
No PGL Major Stockholm, 8 equipes se classificaram de forma antecipada para a chave principal do torneio: os 3 primeiros colocados do RMR da Europa, os 3 primeiros do RMR da América do Norte e os 2 primeiros do RMR da CIS. Esses times se juntaram aos 8 classificados do New Challengers Stage e disputaram as 8 vagas para os playoffs do Major, o New Champions Stage.
Restrições a trabalho de técnicos e penalizações em pontos por mudanças de lineup
Ainda na postagem, a Valve revelou que mudanças de lineup serão permitidas no RMR, mas com penalização de parte dos pontos conquistados. Se durante a disputa dos RMRs uma equipe trocar um dos jogadores, haverá perda de 20% dos pontos conquistados. No caso de duas mudanças de lineup, a penalização será de 40% dos pontos conquistados, enquanto uma equipe que mudar três ou mais jogadores terá sua pontuação no RMR zerada. Contudo, se um jogador que foi movido para a reserva de uma equipe retornar ao time titular, não haverá uma penalização extra à organização, desde que ele retorne ao time no lugar do jogador que o substituiu originalmente.
Além disso, as equipes que disputaram o Major começarão os RMRs com uma pontuação extra, também perdendo 20% dos pontos conquistados no caso de uma mudança, 40% de desconto na pontuação se houver duas mudanças no elenco e pontuação extra zerada no caso de três ou mais mudanças.
A Valve também publicou uma série de restrições sobre presença e trabalho de técnicos e staff das organizações nos RMRs. Durante a fase online desses eventos, será permitido somente que os jogadores estejam na sala das partidas, sendo vetado qualquer tipo de comunicação com treinadores ou demais integrantes da organização.
Na fase dos RMRs disputada em LAN e nos Majors, os técnicos também não poderão ser vistos, ouvidos ou "sentidos" em qualquer momento da partida que não sejam intervalos como os pauses táticos e troca de lados (half-time). A medida parece ser uma medida preventiva extra da Valve após o escândalo do bug do coach, que causou a supensão ou banimento de diversos técnicos de competições oficiais de CS:GO.