Em 16 de novembro a Riot Games lançou de surpresa Ruined King: Uma História de League of Legends para PC e consoles. O aguardado RPG da iniciativa Riot Forge foi anunciado em 2019 e deixou fãs ansiosos pelo que aguardava esse encontro com a Ruína e, mais importante, como seria controlar campeões fora de Summoner’s Rift e vê-los vivendo suas próprias aventuras em Runeterra.
O MGG Brasil jogou grande parte do game e traz aqui as primeiras impressões do título, que é um prato cheio para fãs de LoL e inaugura com maestria uma nova maneira de contar as histórias de Runeterra.
Sinopse e história de Ruined King
Conforme anunciado previamente, Ruined King se passa nos territórios de Águas de Sentina e Ilhas das Sombras, afinal, o foco é no impacto da Ruína e na história que destaca alguns campeões como Miss Fortune (aqui tratada como Sarah Fortune, seu nome verdadeiro) e Illaoi.
Outro detalhe importante é entender em que momento a narrativa se passa se relacionada a, por exemplo, o evento Sentinelas da Luz promovido este ano no LoL. Evitando qualquer spoiler de Ruined King, a linha do tempo publicada pela própria Riot Games aloca os acontecimentos do título como anteriores a isso (veja abaixo).
Assim sendo, é talvez um ponto positivo do RPG saber que se trata de um jogo com começo, meio e fim - o que de fato acontece. O jogador é colocado no mundo já na pele de uma Sarah Fortune estabelecida cujo passado é explicado - e a mesma estrutura se repete com todos os personagens, assim como os motivos pelos quais cada um está ali lutando contra a Ruína: Illaoi, Braum, Yasuo, Ahri e Pyke.
A partir daí, Ruined King traz um “conto” breve de uma aventura que leva esses seis campeões a se juntarem para defender Águas de Sentina, toda apresentada por meios de diálogos dublados (e localizados em português do Brasil), artes que lembram o estilo visto em quadrinhos, páginas de lore escondidas pelo mapa e mais.
Combate e outras mecânicas de Ruined King
Conforme já estabelecido, Ruined King coloca os personagens conhecidos de LoL em um sistema de RPG por turnos, com grupos formados por três campeões. Cada um possui funções específicas, mas ainda assim há certa liberdade na hora de compor seu trio: Braum é um tanque capaz de causar dano massivo enquanto Ahri pode ser uma poderosa curandeira, mas também focar apenas em buffs (efeitos positivos) e debuffs (efeitos negativos), por exemplo.
Ruined King traz também diversas outras mecânicas e sistemas como Runas, Encantamentos e até Pescaria. Porém, esse volume de informação pode parecer demais para quem não está acostumado com o gênero, ainda mais quando mesmo após ter avançado por mais da metade do jogo nenhum dos recursos se demonstrou particularmente relevante. Até quase 60% do game é possível esquecer que todos eles existem tranquilamente, pelo menos na dificuldade normal.
Os personagens são a alma do negócio
A história é relevante, o combate é digno, mas a cereja em cima do bolo e o que torna jogar Ruined King praticamente uma obrigação para todos os fãs de LoL são os personagens e a relação entre eles. Obviamente existe um roteiro bem desenvolvido e num produto em que os campeões são os protagonistas era esperado que sua presença fosse notada.
Os personagens, suas conversas e diferentes interações são o que fazem a experiência realmente única e sistemas in-game oferecem isso ao jogador o tempo todo. Desde o primeiro encontro de Illaoi com Braum até o agrupamento repentino de um assassino das marés numa party de heróis é feita de maneira natural.
Illaoi se admira com o poder bruto de Braum, enquanto o Coração de Freljord não quer mais do que ter um jantar amistoso com Yasuo e por aí vai. Ao longo das dungeons e mapas mais extensos o jogador encontra pontos de descanso, por exemplo, nos quais é possível recuperar vida e mana e, a partir do momento em que houver dois ou mais membros juntos, haverão conversas entre eles, que não movem a narrativa de Ruined King, mas ajudam a entender como se criou a confiança entre os membros.
Jogue Ruined King
Em suma, Ruined King pode ser considerado uma entrada com o pé direito da Riot Games não apenas no mercado de games para um jogador (single-player), mas também no de criação de histórias que aproveitam melhor seus personagens já tão amados pela comunidade.
Em meio a tantos textos, breves animações de Runeterra com os campeões de LoL, pequenas interações entre os personagens, visual novels e mais, Ruined King chega como uma iniciativa muito bem-vinda de fazer games que deixem os fãs, finalmente, mergulharem de cabeça no mundo idealizado pela Riot.
Ruined King: Uma História de League of Legends está disponível para PC (Steam, GOG e Epic Games Store) por R$ 69,99, Nintendo Switch, Xbox One e PS4, por R$ 129,99. O game será disponibilizado em breve para PS5 e Xbox Series X|S, com migração gratuita.