A partir de 2022, a EA Sports pode abandonar o nome FIFA para os games de futebol desenvolvidos pelo estúdio. Em comunicado oficial assinado pelo presidente da EA Sports, Cam Weber, a empresa ressaltou que está cogitando mudar o título de uma de suas franquias mais rentáveis. O acordo entre EA e FIFA existe desde 1993, quando o primeiro FIFA International Soccer (ou FIFA 94) foi lançado para o Mega Drive. Em março deste ano, a franquia ultrapassou a marca de 325 milhões de cópias vendidas. FIFA 22, título mais recente da série, foi lançado mundialmente em 1º de outubro de 2021, para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.
"Estamos cogitando a ideia de rebatizar nossos jogos globais de futebol da EA Sports. Isto significa que estamos revisanto nosso acordo sobre os direitos de nomenclatura do jogo com a FIFA, que é diferente de todos os nossos outros acordos e licenças oficiais no mundo do futebol", destacou Cam Weber em nota.
De acordo com o jornalista o jornalista Tariq Panja, do New York Times, a EA paga anualmente mais de US$ 100 milões (R$ 550) à FIFA para usar o nome da federação internacional nos games de futebol do estúdio, o que faria do acordo a principal fonte de receita da FIFA. Um dos motivos para a EA desejar o fim da parceria seria um baque econômico nos cofres da empresa em função da pandemia de Covid-19.
Além disso, a EA estaria avaliando que não precisa mais do nome FIFA em seus games de futebol, uma vez que já tem acordos de longa duração com os principais clubes e ligas do futebol do mundo, incluindo a UEFA Champions League e a Copa Libertadores da América. Isso, somado ao fato de que a Konami mudou seu modelo de negócios e lançou eFootball (antigo Pro Evolution Soccer) como um game gratuito, dá à EA a confiança de que mesmo sem o nome FIFA, os games de futebol da empresa não terão suas vendas prejudicadas.