A mais nova operadora de Rainbow Six Siege, Osa, foi confirmada como a primeira personagem transgênero da história do FPS da Ubisoft. Osa também é a personagem que inaugura a terceira temporada do Ano 6 de Rainbow Six, Crystal Guard, e tem como seu gadget único o escudo móvel Talon-8, que pode ser acoplado a diversos tipos de superfície e permite que a operadora de ataque croata utilize armas com rilfes de assalto e submetralhadoras, algo inédito em personagens de escudo no R6.
De acordo com a Ubisoft, Osa é uma engenheira militar com formação em eletromecânica e especialista em robótica, sendo inclusive responsável pelo desenvolvimento do escudo Talon-8 e vários outros gadgets de Rainbow Six, como próteses de Aruni, o Traje-mestre de Kali e os Detonadores de Ace.
Na biografia oficial da personagem, é mencionado apenas que Osa passou por uma transição, o que posteriormente foi confirmado pela Ubisoft se tratar sim de uma transição de gênero, conforme ressaltado pelo roteirista Simon Ducharme. Além disso, a voz original de Osa foi também foi feita por uma atriz trans.
"A decisão de criar um personagem transgênero foi tomada no início, como parte de nossa iniciativa de ter uma lista inclusiva de operadores. Os consultores, todos os quais são pessoas trans, queriam ter certeza de que Osa fosse apresentada da forma mais autêntica e orgânica possível. Ela foi escrita por uma pessoa queer e é dublada por uma mulher trans - e embora sua identidade seja certamente influenciada por seu gênero, quem ela é no universo de R6 está centrado em seus talentos, sua influência em Nighthaven e sua estreita amizade com Kali”, disse Ducharme
No texto da biogria de Osa, é mencionado que Osa "se viu isolada em razão de sua maneira pouco ortodoxa e das atitudes dos outros quanto à sua transição, por isso focou no trabalho". Posteriormente, a genialidade da personagem chamou a atenção de Kali, que a acabou recrutando para o grupo militar Nighthaven.
"Nascida na família Janković, donos de lojas de brinquedos pela Europa, Anja viajava frequentemente com seus pais, por isso nunca sentiu estabilidade até ir morar com sua tia na Croácia, aos seis anos. Lá começou seus estudos e aprendeu o ofício familiar de confecção de brinquedos, ao mesmo tempo em que desenvolvia uma obsessão por filmes de ficção científica dos anos 60.
Ela seguiu sua paixão por criação e tecnologia e estudou eletromecânica numa escola vocacional e, então, engenharia militar na Universidade de Zagreb, destacando-se em engenharia robótica. Ela se viu isolada em razão de sua maneira pouco ortodoxa e das atitudes dos outros quanto à sua transição, por isso focou no trabalho. Sua perspectiva única e seu conjunto de habilidades criativas a colocaram em evidência e chamaram a atenção de Kali, que estava no país em busca de recrutas. Depois de uma oferta, Janković entrou para a Nighthaven.
O sucesso da companhia pode ser amplamente creditado às invenções de Osa e seu trabalho de campo. Sua eficiência e a versatilidade de seu arsenal deram à equipe vantagem em todas as operações registradas, e ao se revelar dedicada e confiável, ela conquistou a direção de P&D da Nighthaven", diz o texto com a biografia da personagem.
No laudo psicológico de Osa, o Dr. Harishva "Harry" Pandey, Diretor da corporação Rainbow descreve Osa como uma mente genial e uma pessoa com profundo amor pela família e amigos, ao mesmo tempo que é uma profissional extremamente concentrada em seu trabalho.
"Suas criações vão além de sua função, ao menos para ela. Ela me mostrou o processo de criação dos sistemas Mag-NET, da ideia ao desenvolvimento do protótipo. Antes mesmo de pensar nos materiais e calcular a física de um dispositivo, ela o desenha com uma estética específica e uma paleta de cores em mente. As próteses de Aruni, o Traje-mestre de Kali, os Detonadores de Ace etc., são mais do que só equipamentos, são obras de arte. […]
Ela credita seu sucesso a seu talento natural e ao afeto por aqueles que ama. Tanto na carreira quanto na transição, ela sempre pôde contar com o apoio de seu irmão mais velho, de sua tia e de Kali. Ela escreve para a família de qualquer canto do mundo onde seu trabalho a manda e descreve seu laço com Kali, sua “chefe”, como uma irmandade indestrutível construída no respeito mútuo", diz o texto.