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League Ops: os bastidores da profissão pelos olhos dos profissionais da NFA

League Ops: os bastidores da profissão pelos olhos dos profissionais da NFA
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Head de League Ops da NFA, Jorge "Zé" Corrêa fala sobre os bastidores da profissão no maior campeonato independente de Free Fire do mundo, segundo dados do Esports Charts

League Ops: os bastidores da profissão pelos olhos dos profissionais da NFA

Free Fire, League of Legends, Valorant, Fortnite. Independente da modalidade, haverá um profissional League Ops por trás de cada campeonato que leva os fãs de esports à loucura. Esta é a profissão que organiza torneios, cuidando de questões que vão desde a gestão dos jogadores até a criação de regras.

Para saber mais sobre os bastidores desta profissão, o MGG Brasil conversou com Jorge “Zé” Corrêa, responsável pelo setor de League Ops da NFA, que contou tudo por trás da profissão, desde como ingressar no mercado de trabalho, até os vários papéis dentro desse universo e quantas pessoas são necessárias para operar uma competição.

O que faz o League Ops e porque ele é tão necessário nos esports

É de extrema importância ter um League Ops à frente da organização dos campeonatos porque existem regras que são do jogo e regras comportamentais, seja a competição presencial ou online.

Segundo Zé, quando não há profissionais de League Ops envolvidos nas competições, há pouco controle sobre os jogadores, o que pode contribuir negativamente com o respeito das regras do campeonato.

Em média, são necessários de quatro a seis profissionais desempenhando a função de League Ops em campeonatos da NFA, por exemplo. Zé conta que tudo depende muito do tamanho do campeonato, mas para a competição ser bem administrada, são necessárias muitas pessoas por trás, assim as funções são bem divididas e ninguém fica sobrecarregado.

Hoje, são inúmeros profissionais por trás da bancada de League Ops da NFA, mas quando Zé chegou na liga, foi um desafio, pois o torneio não contava com uma grande equipe, mas já havia muito trabalho a ser feito.

“Quando eu cheguei na NFA havia apenas três operadores e os sócios também trabalhavam no cargo de League Ops para ajudar. Desenvolvemos um fluxo melhor, e atualmente coordeno uma equipe com oito pessoas”, pontua Zé.

“Trabalhar com uma equipe como a minha, com um conhecimento gigantesco sobre o Free Fire e seu cenário competitivo, fica muito mais fácil e simples de resolver qualquer tipo de problema. Aqui todos se respeitam, sabem quando ouvir, quando falar e o principal é que independente dos problemas e estresse que as vezes temos, sabemos dividir o profissional do pessoal, sendo assim, sempre estamos bem um com o outro”, completa.

Entre os campeonatos da NFA, o principal e que mais exige pessoas envolvidas no trabalho de League Ops é a Liga NFA. A quinta edição do torneio começou no último dia 27 de março, com BOOYAH!, BlueStacks, Game.TV e Pichau Gaming como patrocinadoras, além da Stattrak como apoiadora.

As transmissões da Liga NFA acontecem todos os sábados e domingos, a partir das 18h, nas plataformas da BOOYAH! e do YouTube.

Foto: Filipe Nevares/Liga NFA/Reprodução - Millenium
Foto: Filipe Nevares/Liga NFA/Reprodução

Tipos de League Ops e suas funções

Existem vários tipos de League Ops, mas os principais são:

  • Head League Ops: é responsável por gerenciar toda a equipe de Ops e cuidar do andamento dos campeonatos
  • Juízes: analisam cada uma das situações que ocorrem dentro e fora de jogo e, a partir daí, entram em contato com os jogadores
  • Specs: são responsáveis por criar um ambiente de partida, as salas, enviando as informações como nome da sala/ID para os responsáveis das equipes, além de acompanhar toda a partida a fim de reportar qualquer irregularidade por parte dos times
  • Controladores de Dados: fazem o controle das informações gerais do campeonato, como pontuação, número de abates, etc. durante toda a competição.

Como se tornar League Ops

Atualmente, não existem cursos ou faculdades voltados para as diversas funções que existem dentro do universo do League Ops. Segundo Zé, a melhor escola é o próprio meio competitivo, seja jogando ou estudando os jogos e conhecendo a fundo cada um deles.

O caminho até uma liga como a NFA não é fácil, mas a melhor maneira de começar, segundo Zé, é estudando e acompanhando ao máximo o cenário competitivo. O primeiro passo é adquirir experiência, na prática, investindo em campeonatos amadores, assim ganhando espaço e conhecimento o suficiente para mais tarde tentar ingressar como League Ops em grandes competições.

“Tente um contato de algum organizador do competitivo amador, se ofereça para trabalhar mesmo que seja apenas para adquirir experiência, só para ter aprendizagem de alguma forma. Depois de algum tempo já adquirindo experiência, procure se cadastrar ou enviar seu currículo para alguma empresa que esteja contratando", finaliza Zé.

Liga NFA

A NFA é uma label de campeonatos de Free Fire pertencente à holding BMS. A Liga NFA foi criada em 2019 com o objetivo de profissionalizar o cenário de emuladores do país. Com este objetivo conquistado, a nova missão é gerar cada vez mais oportunidades para novos talentos e novas organizações surgirem e poderem atuar no cenário profissional.

Hoje a marca conta com 4,7 milhões de seguidores no Instagram, mais de 1 milhão de inscritos no YouTube e 1,4 milhão de seguidores na BOOYAH!, plataforma oficial da Garena, a desenvolvedora do Free Fire. A NFA é um fenômeno de audiência e uma máquina reveladora de talentos.

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Beatriz Coutinho
Bia  - Repórter

Garota mágica formada em jornalismo que ama a sensação de assistir campeonatos e escrever sobre as histórias dos fãs de esports.

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