Apesar dos tropeços que sofreu contra a MIBR, a FURIA ainda é a melhor equipe feminina do país quando o assunto é Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). É o que afirmou o treinador Fernando "nandin" Serikawa, após as furiosas conquistarem o título da WESG feminina 2021 em cima da própria MIBR.
Em contrapartida, nandin também admitiu ao MGG Brasil que a MIBR é um dos oponentes que mais tem chances de atrapalhar a liderança da FURIA no cenário. Ainda assim, o treinador acredita que as furiosas seguem como as melhores e diz que perder faz parte do esporte, já que ele não espera que a FURIA e que outro elenco vença para sempre.
"Hoje somos top1 no ranking nacional, mas com certeza elas [MIBR] são um dos principais adversários para atrapalhar nossa estabilidade. Junto delas ainda existem outras grandes equipes que também trazem ameaças, o que fomenta o cenário e ajuda na evolução de todos os times", disse nandin. "Sobre as partidas que perdemos para elas, creio que é algo natural e que não vai parar por aí, pois perder todo time vai perder e com humildade a gente trabalha e volta mais forte. O mais importante que temos em mente é nossa evolução coletiva a longo prazo para nos importarmos cada vez menos em vencer batalhas e sim as grandes guerras", completou.
A rivalidade que se criou entre FURIA e MIBR foi quase instantânea com o anúncio da line-up da MIBR. No entanto, isso não está nem perto de ser à toa, já que todos os acontecimentos do cenário contribuíram para isso. Além da história que as duas organizações já tinham no masculino, a MIBR passou a contar com a ex-principal jogadora da FURIA, Bruna "bizinha" Marvila, que foi uma das personagens que mais botou lenha na fogueira para criar este antagonismo entre as equipes dentro de jogo.
Nos primeiros clássicos entre as equipes foi a MIBR quem levou a melhor. Como estava por cima, também foi o time que mais provocou fora de jogo com algumas brincadeiras nas redes sociais. Durante este período, as furiosas pouco falaram sobre o assunto e conseguiram a rendição na WESG, pouco tempo após perder o título da Grrrls League.
Gabriela "GaBi" Maldonado nega que o fato de ela e de suas companheiras não entrarem na onda das provocações tenha sido algo pensado, mas reconhece que não há problema nas "farpas" e que isso tem até mesmo seu lado bom.
"Não posso dizer que foi uma tática [não responder às provocações], mas preferimos responder dentro do server. Mas toda essa provocação é normal dentro do jogo. Estamos lidando sem problemas com isso e totalmente focadas nos campeonatos, que é o importante. A provocação deixa o confronto sempre mais interessante e melhor para quem está assistindo."
Sobre voltar a ser campeã, Izabella "Izaa" Galle se mostrou muito animada e afirmou: "É uma sensação muito boa saber que estamos colhendo frutos do nosso trabalho". De acordo com ela, a FURIA utilizou as primeiras derrotas no ano "como aprendizado para treinar e dar a volta por cima".
A FURIA já deu seus próximos passos após a WESG. A equipe está na disputa da primeira Aorus League feminina e estreou a competição com vitória no Grupo A, sobre a semXorah.Girls, por 16 a 2. O próximo desafio delas será nesta quinta-feira (11), às 20h (horário de Brasília), disputando uma vaga na semifinal do campeonato contra Black Dragons.
(Foto de capa: Gui Caielli)