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LoL: A carreira e a rotina de Mayumi e Yatsu na INTZ

LoL: A carreira e a rotina de Mayumi e Yatsu na INTZ
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Jogadoras foram contratadas em agosto de 2019

LoL: A carreira e a rotina de Mayumi e Yatsu na INTZ

Tainá "Yatsu" Santos e Julia "Mayumi" Nakamura são jogadoras de League of Legends da INTZ. Ambas foram contratadas pela organização em agosto de 2019 por meio do Projeto Invocadoras, parceria entre o clube e o Sakura Esports. Desde então, as pro players participam dos treinos da equipe e o Millenium conversou com elas para saber como está sendo essa experiência.

Bem-vindas à Summoner’s Rift

Assim como muitos de nós, Mayumi, de 17 anos, e Yatsu, de 20, começaram a jogar LoL entre família e amigos. Enquanto a jogadora da rota do meio descobriu o MOBA com a irmã, a suporte foi apresentada ao game por primos e colegas quando ainda no ensino fundamental.

Yatsu fez parte de diversos times do Tier 3 brasileiro, como Curupira e Lions, caminho que a fez ter certeza de que queria ser uma pro player. “Ganhei experiência já nessa época e comecei a gostar muito do cenário competitivo”, contou a pro player, que jogou pela equipe Abatedouro de Eboy durante o Projeto Invocadoras.

Seu interesse por participar de campeonatos fez com que seus pais se acostumassem com a ideia de ter a filha trabalhando como jogadora de LoL. “Quando eu joguei a seletiva, contei que tinha passado para a próxima fase e eles entederam. Mas quando foi para morar sozinha... mãe é mãe, né? Ela ficou com medo, mas moramos perto, sempre posso ir vê-los”.

Atualmente, Mayumi e Yatsu moram juntas em um apartamento, assim como outros jogadores da INTZ. Mas para Mayumi, que veio de uma cidade do interior, a história foi diferente. A oportunidade de jogar competitivamente surgiu de maneira repentina, mas fez a suporte se interessar pela possibilidade.

Como a jogadora ainda estava no ensino médio, as expectativas de sua família eram de que ela se formasse e fizesse uma faculdade logo em seguida, mas esses planos foram substituídos por uma mudança para São Paulo e um novo emprego. “No começo foi um baque para eles. [...] Meu pai participou de uma reunião com a INTZ e aí procurou tudo sobre o cenário, porque antes ele não sabia nada. Ele veio para São Paulo, conheceu a INTZ, percebeu que era uma coisa séria e aí ficou mais tranquilo”.

Yatsu durante qualificatórias do Girl Gamer Festival | Foto: BBL Esports/Saymon Sampaio/Reprodução - League of Legends
Yatsu durante qualificatórias do Girl Gamer Festival | Foto: BBL Esports/Saymon Sampaio/Reprodução

Evolução: da vida pessoal ao gameplay

Mayumi foi inscrita na escalação oficial da INTZ para a disputa do 1º split do Campeonato Brasileiro 2020 de League of Legends, mas ainda não participou de nenhuma partida, embora tenha jogado ao lado da equipe durante a Superliga 2019.

Yatsu não está inscrita no CBLoL, mas ambas as jogadoras participam de atividades e treinos assim como outros jogadores da INTZ. A equipe tem o período da manhã livre e por volta do meio-dia todos participam de uma reunião, na qual são discutidos questões como temas importantes para o time no momento, erros, acertos e futuros confrontos.

“Nosso dia é focado em LoL. Às 13h começam as atividades relacionadas aos treinos. Às 16h temos um intervalo de uma hora para comer ou descansar, voltamos a treinar às 17h e às 20h tudo termina. Depois disso a gente ainda joga um pouquinho de solo queue porque a rotina termina um pouco cedo”, conta Mayumi. Após às 20h, todos são liberados e ficam livres para cuidar dos próprios compromissos.

De acordo com Yatsu, essa rotina fez com que ela evoluísse não só dentro do jogo, mas também em sua vida pessoal. Mayumi, que antes morava com os pais, sente o mesmo. “Mudou muita coisa porque eu vim do interior e estava cursando o ensino médio. Agora, moro numa cidade grande e sigo uma nova rotina, preciso fazer as coisas sozinha, é totalmente diferente”.

Ambas as jogadoras concordam que a principal mudança em fazer parte da equipe foi ter pessoas que podem analisar as partidas delas. “Quando começamos a receber críticas, podemos pegar outros pontos de vista e abordá-los dentro do jogo, aqui temos profissionais que nos ajudam a consertar nossos erros”, afirmou Mayumi.

“O que eu gosto muito aqui é que toda a staff ouve os jogadores. Aprendemos muito uns com os outros e às vezes discordamos, mas sempre acaba todo mundo na mesma página. [...] Eu consigo falar a minha opinião e eles sempre escutam, ajudam no que é certo, no que é errado, analisam meu jogo e conseguem passar feedbacks legais”, contou Yatsu.

Atualmente, Mayumi gosta de jogar com suportes de engage, mas afirma que nem sempre foi assim. “Me forcei a gostar deles porque estão fortes. Antes eu curtia jogar com bonecos de peel, mas quando você está na transição para ser pro player, não é fácil reaprender tudo do zero. Quando você percebe que algum campeão está forte, é mais fácil jogar com ele. Agora gosto de Leona, Rakan, Nautilus e Alistar”.

Já Yatsu domina a rota do meio com magos. “Gosto de jogar agressivamente com bonecos de longo alcance, como Zoe, Orianna e Syndra”.

Foto: BBL Esports/Saymon Sampaio/Reprodução - League of Legends
Foto: BBL Esports/Saymon Sampaio/Reprodução

Por um futuro com mais jogadoras profissionais de LoL

Yatsu e Mayumi contaram ao Versus que o número de mensagens que elas recebem de jogadoras amadoras que se inspiram nelas e que também querem ser pro players aumentou.

“Muita gente também veio me falar que perdeu a vergonha de ser main de alguns campeões. Fazem muito bulllying com quem é main Nami ou Janna, por exemplo. Por que uma pessoa teria vergonha de algo? Porque outras xingam ela. Acho ótimo que agora as pessoas conseguem se soltar e mostrar que ser main de qualquer campeão pode ser algo bom”, contou Mayumi.

Quando questionada sobre a possibilidade de uma nova edição do Projeto Invocadoras acontecer, a jogadora afirmou que mais organizações precisam abrir as portas para jogadoras.

“Acho importante que organizações maiores no cenário, que têm suporte para oferecer essa carreira para uma jogadora, façam isso, Além de não ter tanta oportunidade, o cenário feminino é pequeno e não tem empresas olhando para ele. Acho importante dar essa oportunidade, mas eu adoraria ver uma empresa que não fosse a INTZ, porque só a INTZ fazer essas iniciativas também é um problema. É ótimo que eles tenham dado essa oportunidade para nós, mas só eles no cenário inteiro terem feito isso é algo triste de se ver”, finalizou a jogadora.

Quer melhorar suas habilidades no LoL? Assista ao vídeo acima para aprender mais sobre um conceito muito importante do jogo: o controle de wave.

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Beatriz Coutinho
Bia  - Repórter

Garota mágica formada em jornalismo que ama a sensação de assistir campeonatos e escrever sobre as histórias dos fãs de esports.

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