O conturbado lançamento de Halo Infinite, jogo mais recente da longeva franquia da Xbox Game Studios (antiga Microsoft Studios), causará uma série de mudanças de rumos na série de jogos protagonizada por Master Chief, incluindo a mudança para o motor gráfico Unreal Engine 5, da Epic Games, após uma série de problemas relacionados à engine Slipspace.
Uma reportagem do jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, apontam que o estúdio 343 Industries, desenvolvedora de Halo desde Halo 4, foi fortemente afetada por um corte promovido Microsoft e perdeu quase 100 funcionários, incluindo a produtora da série, Kiki Wolfkill, que passará a ocupar outro cargo dentro da Microsoft.
A reportagem da Bloomberg aponta ainda que os cortes na 343 poderiam inclusive fazer a desenvolvedora ser rebaixada ao status de estúdio de apoio, visto que Halo nunca repetiu nas mãos da 343 o mesmo sucesso alcançado nos tempos em que a franquia era tocada pela Bungie, estúdio atualmente responsável por Destiny e comprado em julho de 2022 pela Sony por US$ 3,7 bilhões.
A respeito da mudança de motor gráfico para a Unreal Engine 5, Schreier destaca na reportagem que grande parte dos problemas apresentados em Halo Infinite estão relacionados à Slipspace, que segundo fontes ouvidas pelo jornalista é baseada em um código já bastante ultrapassado.
Bonnie Ross, chefe de desenvolvimento de Halo Infinite, e David Berger, principal responsável pelo motor gráfico Slipspace, engine proprietária da Microsoft, deixaram a gigante de Redmond ainda em 2022. Pierre Printze, novo chefe da 343, já teria então decidido pela migração para a Unreal Engine 5, versão mais moderna do motor gráfico da Epic Games.
A reportagem da Bloomberg ressalta ainda que um novo Halo já está produção e projeto envolvendo o título atende pelo nome de Tatanka. Inicialmente, o jogo é projetado como um battle royale de Halo, mas o projeto ainda pode tomar outros rumos durante seu desenvolvimento.