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The Last of Us: Veja 5 curiosidades sobre os bastidores da série de sucesso da HBO

The Last of Us: Veja 5 curiosidades sobre os bastidores da série de sucesso da HBO
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Neil Druckmann, co-criador do game e produtor executivo da série da HBO, revela 5 curiosidades sobre a adaptação televisiva

The Last of Us: Veja 5 curiosidades sobre os bastidores da série de sucesso da HBO

Quase todos os anos, a emissora de televisão HBO é responsável pelo lançamento de um grande produto televisivo que ocupa nossas mentes aos finais de semana. Dessa vez, a adaptação televisiva da franquia de videogame The Last of Us está dominando as redes sociais aos domingos - e o sucesso não é uma surpresa.

Sendo considerada uma das franquias de jogos eletrônicos que mais expandiu para folha da bolha, a narrativa que acompanha Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) é familiar até para quem nunca encostou em um console. Os vídeos de gameplay são alguns dos mais populares da internet, e não é de se espantar que um game cujo foco são as relações interpessoais entre os personagens seja tão transmidiático.

Já em sua estreia, o piloto da série quebrou recordes da emissora tendo sido assistido por mais de 4,5 milhões de telespectadores simultâneos. Tamanha expectativa pela estreia da adaptação de TLOU fez com que essa se tornasse a maior estreia da produtora em uma década.

Para que a série se tornasse um sucesso, porém, não bastava replicar o conteúdo do videogame - apesar de ser considerado um produto transmídia, os criadores tiveram que abrir a mente para introduzir novos elementos e abordagens que combinassem mais com a televisão.

Em entrevista ao BuzzFeed, Neil Druckmann, co-criador do jogo e produtor executivo da série, confessou algumas curiosidades do processo de produção da série. Confira:

Atenção: o restante dessa matéria pode conter spoilers da série e dos jogos.

O relacionamento de Joel e Tess

The Last of Us Part 1

A comunidade do jogo sempre notou que havia algo a mais na relação próxima de Joel e Tess (na série, interpretada por Anna Torv). Mesmo sem deixar explícito o interesse romântico existente entre os personagens, os criadores deixaram algumas pistas por meio de diálogos ácidos que deixavam a entender que algo poderia ter acontecido no passado.

No jogo, quando chegamos para a cena da morte de Tess, observamos que a personagem fala com emoção ao se despedir de Joel e menciona o que viveram juntos.

Para o BuzzFeed, Neil confirmou que sempre viu o relacionamento dos personagens como "romântico, mas não havia a necessidade de deixar isso explícito no game". Já para a série, ele conta que optaram por prolongar o relacionamento dos dois, mostrar como viviam juntos e a necessidade de conforto que um transmitia para o outro - para caso a comunidade ainda tivesse dúvidas sobre o relacionamento amoroso.

"O que sempre achei fascinante sobre eles é que ambos estão comprometidos um com o outro, e ainda assim se mantêm à distância. Este não é um relacionamento totalmente saudável, onde ambos estão sendo vulneráveis ​​e completamente honestos um com o outro e sobre os sentimentos um do outro", disse. 
Neil Druckmann (Fonte)

Mais de 100 audições para Ellie

The Last of Us Part 1

Quando Bella Ramsey foi anunciada como a escolhida para viver a adolescente Ellie, a atriz sofreu uma avalanche de críticas que eram especialmente direcionadas para sua aparência física e a falta de similaridades com a personagem do game. Mesmo tendo destaque como atriz mirim desde que interpretou Lyanna Mormont em Game of Thrones, Bella não escapou da onda de ódio virtual.

O elenco e os produtores, porém, sempre ressaltaram que a atriz, de 19 anos, nasceu para este papel. Druckmann, por sua vez, comentou que assistiu mais de 100 audições para Ellie antes de se deparar com Bella.

"Precisávamos de alguém que pudesse interpretar 14 anos. Já é difícil encontrar alguém que possa ser uma criança e seja um bom ator. Além disso, precisávamos de alguém que pudesse ser peculiar, que parecesse recuar, como se tivesse esse potencial para violência ou crueldade por trás de tudo o que estão fazendo, e alguém que é muito inteligente além de sua idade enquanto é jovem. Bella naturalmente tinha todas essas qualidades. Acabamos de encontrar Ellie no mundo real e por acaso a colocamos no show", disse.

Cenas menos longas

Um desafio em particular que os produtores tiveram que aceitar por toda a produção era a tarefa de cortar a duração das principais cenas. Por se tratar de um jogo, era claro que algumas partes de gameplay estavam extremamente mais longas do que deveriam estar em uma adaptação televisiva.

Para isso, foi preciso resumir algumas partes da história e reduzir a "quantidade de ações" exigidas do protagonista. Na HBO, portanto, não acompanhamos todos os passos de Ellie e Joel e certamente não enfrentamos a mesma quantidade de monstros para não se tornar uma experiência tediosa, mas a essência do perigo de sua existência foi mantida.

Por ter mais tempo de tela para focar em relações interpessoais, a série explorou o relacionamento interpessoal de Ellie e Marlene, por exemplo - algo que não era detalhado no jogo.

Clickers mais "realistas"

Para aproximar a experiência da realidade e fazer com que o telespectador tenha a sensação de que uma pandemia de estaladores pode se tornar realidade, os produtores foram atrás de artistas de prostéticos que trabalharam em Game of Thrones.

Foi pedido que os artistas, que trouxeram seres como os Caminhante Brancos para a TV, utilizassem as mesmas técnicas para transportar esses seres digitalmente criados para o "nosso mundo". Era necessário, porém, que os prostéticos pudessem deixar que o ator se movesse livremente, como um "fantoche sendo controlado por um parasita", disse Druckmann.

O produtor executivo comentou que houve até um treinamento para que os atores aprendessem a maneira correta de andar como um infectado.

Cientificamente plausível

De acordo com Neil, essa chance de entregar uma nova abordagem para seu título de maior sucesso permitiu que ele evoluísse como escritor e detalhasse alguns pontos que, no jogo, foram perdidos. Uma dessas partes perdidas é relacionada com a infecção de Ellie: "Aqui, podemos detalhar um pouco mais sobre certas decisões - como Ellie está infectada e o que isso significa? Fizemos um pouco mais de pesquisa e tivemos uma resposta cientificamente mais plausível do que a do jogo", afirmou.

Além da questão envolvendo os infectados, também é possível ver um esforço maior para explicar o início do surto de infecção nas cenas introdutórias dos episódios. Por meio dos prólogos, os produtores decidiram ampliar o contexto histórico da série e trazer uma série de informações sobre micologia que contribuem para tornar a história o mais verídica possível - ainda que não seja possível que um humano seja infectado pelo Cordyceps.

Bônus: Mais The Last of Us?

Por fim, Druckmann comentou que existe a intenção de produzir The Last of Us 3, terceiro jogo da franquia da Naughty Dog. Meses atrás, rumores indicavam que o jogo já estava em pré-produção, mas o co-criador afirmou que depende da capacidade de criarem uma nova "história convincente que tenha esta mensagem universal e declaratória sobre o amor".

Reforçando que o próximo jogo será uma experiência multiplayer, Druckmann ressaltou que a intenção é trazer novos personagens em um cidade ainda não explorada pelos jogos anteriores de The Last of Us. O produtor executivo da série comentou que a decisão de continuar ou não é exclusivamente da equipe - mesmo que a Sony apoie fielmente as iniciativas.

Cabe a nós decidirmos se queremos continuar ou não. Nosso processo é o mesmo que fizemos com a Parte 2, que é: se pudermos criar uma história convincente que tenha essa mensagem universal sobre o amor - assim como o primeiro e o segundo jogo fizeram -, então contaremos essa história. Se não conseguirmos pensar em algo, já temos um final muito forte com a Parte 2 e esse será o fim.”
Neil Druckmann (Fonte)

A série é exibida aos domingos, 23h (horário de Brasília), pelo canal fechado HBO ou pelo aplicativo HBO Max.

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Maria Eduarda Cury
Maria Eduarda Cury  - Redatora

Jornalista, apaixonada pelo estudo da cultura digital, jogos competitivos e filmes de terror. 

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