Embora ninguém goste de errar, algumas das melhores lições que podemos aprender vêm de erros. Ao longo de toda a existência do League of Legends, a Riot Games precisou aprender a gerenciar e balancear seu MOBA, fazendo alterações e atualizações - entre as quais muitas não deram certo. Ainda hoje, a desenvolvedora abraça riscos sob o pretexto de que o jogo sempre pode receber um novo patch para corrigir algo. No entanto, para além de bugs mais sérios e difíceis de corrigir, o rework de Aatrox trouxe lições valiosas para a empresa, mas também a impede de tomar decisões que certamente agradariam mais a comunidade, por mais controverso que isso pareça.
O infame rework de Aatrox
Originalmente lançado em 2013, Aatrox era um campeão bastante amado pela comunidade, especialmente em seus primeiros anos de vida, quando se tornou uma opção bastante interessante tanto no topo, quanto na selva, sendo capaz de enfrentar os mais temíveis lutadores melee. No entanto, era muito difícil balanceá-lo, e a Riot achava também achava que ele estava se afastando de sua temática inicial. Desta forma, um rework foi anunciado.
Muitos comemoraram a notícia porque queriam melhorias que fizessem com que Aatrox se adaptasse aos "novos tempos" do LoL, já que o jogo estava mais moderno. Quando um campeão recebe uma atualização completa, espera-se que algumas ou até mesmo todas as suas habilidades sejam modificadas, mas que isso seja feito de forma que mantenha algumas das características da versão anterior.
No entanto, essa promessa não foi cumprida no rework de Aatrox e ele deixou de ser um campeão focado em auto ataques para se tornar um personagem que dependia quase completamente de suas skills. O rework ainda manteve uma passiva da versão anterior, mas que rapidamente desapareceu depois.
Mudanças radicais já haviam sido feitas pela Riot em outras ocasiões, mas apenas com personagens que mal tinham jogadores, como Sion ou Urgot. No caso de Aatrox a atualização pareceu uma traição aos fãs do boneco, que viram seu campeão favorito, que nem causava tantos problemas, desaparecer da noite para o dia.
Algum tempo depois, o desenvolvedores Reav3 afirmou que as grandes mudanças em Aatrox foram motivadas pela intenção de torná-lo mais interessante para a comunidade como um todo, ao invés de satisfazer o grupo de jogadores que já gostava dele. Como este pensamento falhou, Reav3 revelou um novo tipo de ideia sobre os reworks: "Quando atualizamos um campeão, estamos tocando em algo que não nos pertence mais. Ele é um herói amado por milhões de jogadores em todo o mundo, e queremos ter certeza, acima de tudo, de que faremos as coisas certas com eles".
Como o rework de Aatrox pode afetar o LoL atual?
Você deve estar se perguntando como este erro da Riot se relaciona com o LoL de hoje. A verdade é que já vimos muitas de suas consequências em inúmeras ocasiões. Por exemplo, nos reworks de Dr. Mundo e Udyr, a comunidade foi informada das mudanças nesses campeões antes da Riot torná-las definitivas, para que os jogadores desses personagens pudessem oferecer feedback sobre elas.
No entanto, nem sempre os efeitos são positivos. Recentemente a Riot revelou algo que agradou a maior parte da comunidade, um rework para Yuumi, a campeã mais odiada de todo o LoL. Mesmo que ela seja candidata a grandes transformações na forma de novas mecânicas e cortes de energia, os desenvolvedores garantiram que ela continuará sendo uma "feiticeira capaz de se ligar a um campeão aliado e permanecer inalvejável". Eles farão o possível para torná-la uma campeã melhor, mas sem decepcionar os fãs da gata, embora muitos gostariam que a personagem perdesse sua principal característica.
De acordo com a Riot "o objetivo inicial é limitar seu dano/poder ofensivo com CG, enfatizar seu potencial defensivo/encantador, reduzir o escalamento e deixá-la mais dependente de seu próprio sucesso na rota para ganhar as partidas. Teremos mais novidades sobre isso no futuro, mas, por enquanto, agradecemos pela paciência enquanto trabalhamos na Yuumi".