Um dos principais nomes do CS:GO brasileiro nos últimos anos, sendo inclusive eleito o 14º melhor jogador do mundo pela HLTV em 2020, Yuri "Yuurih" Boian demonstra confiança na FURIA nos playoffs do IEM Rio Major 2022. Com o meta de chegar pelo menos às semifinais do Mundial do FPS da Valve, mas também com plena confiança no título, o Rifler dos Panteras projeta um duelo acirrado com a NAVI, de S1mple, nas quartas de final, mas acredita na vitória dos brasileiros contra a Natus Vincere, campeã do PGL Major Stockholm 2021 e vice-campeã do PGL Major Antwerp 2022.
Em entrevista ao MGG Brasil, Yuurih enfatizou que a FURIA nunca chegou tão forte aos playoffs de um Major como agora, e apontou que a própria NAVI, embora seja uma fortíssima candidata o título, "não é um bicho de 7 cabeças hoje", apontando que a equipe de S1mple, Electronic e companhia não repete em 2022 a temporada dominante de 2021.
"Acho que o nosso time chega para esse jogo bem confiante e muito preparado, para ser bem sincero. Nós não vemos a NAVI hoje como um bicho de 7 cabeças. Sabemos que eles são campeões de Major, tiveram um 2021 absurdo, têm o S1mple, mas nós temos um potencial absurdo para ganhar dos caras. Não nos enfrentamos há muito tempo, então eles não sabem tanto como estamos jogando hoje. Tenho muita confiança no meu time e sei que vamos dar nosso melhor amanhã para vencer", resumiu.
Yuurih também enfatizou a consistência da FURIA nos últimos Majors, frisando que pela terceira vez consecutiva os Panteras chegam aos playoffs do Mundial de CS:GO. Ele, no entanto, considera que a equipe brasileira chega mais forte no Major do Rio do que chegou na disputa da PGL Estocolmo e PGL Antuérpia, quando a equipe caiu nas quartas de final após ser superada por Cloud9 e Team Spirit, respectivamente.
"Acho que chegar aos playoffs de qualquer Major já é algo muito significativo, e fazer isso três Majors consecutivos só reforça a qualidade do nosso time, mas essa vez com certeza é a que chegamos mais fortes. Estamos bem mais preparados, mais fortes como time, e nosso grande objetivo hoje é quebrar essa barreira das quartas de final. Acho que estamos preparados para isso, mas obviamente queremos chegar à final e ganhar o título, e temos condições de buscar esse objetivo maior", opinou.
Dono do maior rating do Legends Stage do Major, com 1.42, Yuurih atribui parte do excelente desempenho da FURIA até aqui ao apoio incessante da torcida durante os jogos. O jogador acredita que o resultado dos Panteras até aqui não seria igualmente bom sem a força das arquibancadas, e acredita que o público continuará fazendo a diferença nos playoffs.
"Acho que nosso resultado não seria o mesmo sem o apoio da torcida, sem as nossas famílias aqui nos assistindo. Isso afetou positivamente o nosso desempenho, ainda mais que é a primeira vez que temos torcida em todos os dias do Major, desde o primeiro dia do Challengers. A gente sentiu essa energia e, no fim do dia, quando o cansaço pode bater, a força que o nosso time sentiu vinda da arquibancada deu aquele gás extra. Foi inesquecível o que a gente viveu no Riocentro", destaca.
Yuurih também falou sobre a realização de futuros Majors e outros grandes eventos do CS:GO mundial no Brasil. O jogador da FURIA disse que o sucesso do IEM Rio será um sinal para as empresas organizadoras de torneios colocarem o Brasil como uma rota fixa de torneios do tier 1 mundial.
"Acho que eu e todo mundo quer isso (mais eventos de grande porte no Brasil). O que aconteceu aqui não acontece em nenhum outro lugar do mundo. A gente precisa ter pelo menos um ou dois campeonatos por ano no Brasil, acho que até mais. E não sou só eu que digo isso, todos os jogadores da Europa falam que esse vai ser o maior Major de todos os tempos. E acho que eles devem seguir o modelo daqui, com público em todas as fases do Major, pois aqui pelo menos deu muito certo", concluiu.
FURIA, Imperial e 00 Nation serão os representantes no Mundial de CS:GO, que será disputado de 31 de outubro a 13 de novembro, na Barra da Tijuca
Com festa da torcida ao longo de 8 dias de jogos, anfiteatro do Riocentro ganhou "clima de arquibancada" no melhor dos sentidos, com público apoiando times brasileiros o tempo inteiro e se envolvendo até mesmo em jogos de times estrangeiros
Jogador russo elogiou atmosfera do evento, mas lamentou "azar" da Spirit em enfrentar equipes queridas pelos fãs brasileiros
