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O ex-pro player e streamer de League of Legends Alanderson "4Lan" Meireles foi condenado em 2ª instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pelo crime de importunação sexual, em decisão tomada tomada pelos desembargadores do 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. 4Lan é acusado de ter assediado a streamer e influenciadora digital Giovana Tezoni, namorada do ex-pro player de LoL streamer Rafael "Rakin".
O crime em questão teria ocorrido em uma festa ocorrida na casa de Felipe "brTT" e Giuliana "Caju", em São Paulo, em outubro de 2019. O ex-pro player teria passado a mão nas nádegas de Giovana e expulso da festa logo após o ocorrido. 4Lan já havia sido condenado pelo crime de importunação sexual em 1ª instância e sentenciado a 1 ano de prisão. A pena, no entanto, foi substituída por 1 ano de prestação de serviços comunitários.
A decisão pela manutenção da condenação foi decidida pelos desembargadores Camilo Léllis, Camilo Léllis e Fátima Vilas Boas Cruz, que em julgamento realizado nesta terça-feira votaram pela condenação de 4Lan.
"Diante de todos os elementos obtidos no curso da instrução, verifica-se que a prova produzida sob o crivo do contraditório é segura no sentido de determinar a responsabilidade criminal do Apelante (4Lan), devendo ser mantida a r. sentença por seus próprios e jurídicos fundamentos escreveu a desembargadora. Repise-se que a vítima (Giovana) foi categórica ao narrar que estava em pé, assistindo ao jogo de baralho, quando Alanderson passou por trás dela e de Thaís (amiga de Giovana), e lhe passou a mão nas nádegas, fazendo ainda o gesto de apertar seus glúteos em direção à cintura", diz Fátima Vilas Boas Cruz em trecho da decisão ao qual o site GE teve acesso.
"Teve certeza de que o apelante foi o autor da ação, pois era o único que passava por trás delas naquele momento. Percebe-se, pois, que não bastasse o relato da vítima (que já era suficiente para ensejar a condenação do Apelante pela prática do crime de importunação sexual), os fatos descritos na exordial restaram cabalmente comprovados pelos demais elementos probatórios coligidos."
4Lan negou as acusações durante todo o período do inquérito policial após ação judicial movida por Giovana Tezoni contra ele, afirmando que apenas passou próximo dela e de uma outra mulher durante festa, em função da própria passagem estreita da casa, mas disse que sequer esbarrou nelas.
"Não posso falar muito, pois (o processo) está em segredo de justiça. O que posso dizer é que não vou aceitar algo que eu não fiz. Vou morrer falando que eu não fiz essa porra, porque eu realmente não fiz. Eu não vou desistir e irei recorrer até o último recurso, se necessário", comentou 4Lan em fevereiro deste ano, logo após a condenação em 1ª instância.