O pro player sul-coreano Shin "Trap" Seung-min, novo topo da Rensga Esports, está suspenso de três jogos do 1º split do CBLOL, e foi multado em R$ 5 mil pela Riot Games Brasil, após ter apresentado comportamento tóxico de cunho discriminatório em um servidor oficial do MOBA.
De acordo com um comunicado publicado pela Riot nesta quarta-feira (2), Trap violou o item 10.2.4 do regulamento da competição, que fala sobre "Discriminação e Difamação": "Membros das equipes não podem ofender a dignidade ou integridade de um país, pessoa ou um grupo de pessoas por meio de palavras ou atos de desprezo ou ações de raça, cor de pele, etnia, nação, origem social, gênero, língua, religião, opinião política ou qualquer outra opinião, status financeiro, idade ou qualquer outro status de orientação sexual".
Segundo a desenvolvedora, o comportamento tóxico aconteceu em uma partida no servidor LIVE. "Esperamos que membros das equipes mantenham um comportamento cordial e respeitoso dentro e fora de jogo, e não podemos tolerar quaisquer tipos de linguagem ofensiva".
A comunidade acredita que o comportamento tóxico apresentado por Trap está relacionado a captura de tela do tweet acima. A imagem mostra o chat de uma partida, na qual o jogador de Irelia diz: "Play animal like monkey brazilian people same butz", que em tradução livre diz: "Brasileiros jogam como macacos, é sempre a mesma coisa".
Trap chegou ao Brasil recentemente, junto de outro jogador sul-coreano, Kim "Mocha" Tae-gyeom, para salvar a Rensga das últimas colocações da tabela do CBLOL. Eles substituíram Marcelo "Ayel" Mello e Ha "Guard" Han-gyeol, respectivamente, e jogaram o torneio pela primeira vez no último fim de semana, quando a equipe venceu a Liberty e perdeu para a KaBuM!.
Em comunicado oficial, a Rensga, que também foi multada em R$ 5 mil, afirmou que Trap "também foi algo de graves ataques com viés racistas e xenófobos no servidor brasileiro" e que espera que a Riot Games também puna os jogadores que fizeram tais ataques.
O parágrafo 3º do Artigo 140 do Código Penal Brasileiro indica que a injúria se classifica como racial quando "consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". A pena do crime é de reclusão de um a três anos e multa.
Atualmente a Rensga divide a última colocação do 1º split de 2022 com Flamengo e INTZ, todos com três vitórias e nove derrotas. Neste sábado (5) e domingo (6), a equipe enfrentará Netshoes Miners e FURIA, respectivamente.