Após a derrota da Vivo Keyd para a tailandesa X10 e a eliminação da equipe brasileira no Valorant Champions 2021, o jogador Murilo "Murizzz" foi às redes sociais para desabafar sobre a competição. Em tom de protesto, Murizzz disse que o Mundial do FPS da Rio foi "a pior experiência de campeonato" que ele já teve na vida, numa provável alusão à punição que a VK recebeu na partida de estreia contra a Acend, na qual a equipe venceu inicialmente por 2 a 1, mas teve o resultado anulado.
Embora tenha superado a Acend, a VK precisou disputar novamente o terceiro mapa da partida - Breeze - novamente, com uma desvantagem inicial de 7x0, e acabou derrotada pelo mesmo placar. O remake da série foi feito após a Riot identificar que Jonathan "JhoW" havia utilizado um exploit no qual a câmera do Cypher permite ver através de uma textura que deveria bloquear a visão do jogador. Inicialmente, a Riot havia declarado a Acend a vencedora da partida pelo placar de 13x9.
No entanto, após uma série de protestos da comunidade brasileira, a desenvolvedora decidiu refazer a disputa em Breeze com a vantagem de 7x0 para a Acend. Embora a VK tenha vencido 10 das 16 rodadas disputadas contra os europeus, ela acabou derrotada por 13 a 10 e enviada à chave dos perdedores para o duelo contra a X10, no qual foi novamente derrotada e deu adeus ao torneio na última colocação do grupo A. Com o resultado, a equipe brasileira conquistou um prêmio de US$ 20 mil (R$ 114 mil).
Na entrevista coletiva após a derrota, Murizzz se mostrou extremamente decepcionado e frustrado com a má performance da Vivo Keyd contra a 10. Para o jogador, o time teve um verdadeiro apagão no duelo contra os tailandeses e não conseguiram confirmar o favoritismo que tinham para o confronto. Embora não tenha sentido um grande nervosismo por parte do time dentro do servidor, ele acredita que toda a polêmica a respeito do duelo da VK contra a Acend pode ser afetado de alguma forma a performance dos brasileiros.
“Não vi o jogo ainda de fora, mas o ambiente do time estava tranquilo antes do jogo. Dentro da partida não senti o time com um nível de nervosismo muito alto, talvez um pouco. Não sei dizer, talvez influenciou mais subconscientemente. Com certeza mudou um pouco, está estranha a sensação, nunca me senti assim. Não estou triste de ter perdido, estou frustrado, estou p***. Pode ser que tenha afetado sim", frisou.
Apesar das polêmicas envolvendo jogo contra a Acend, Murizzz reconheceu que a Vivo Keyd teve uma atuação muito ruim diante da X10, que era apontada como a equipe mais frágil do grupo antes do começo do Champions.
“Eu realmente não sei dizer, não sei o que dizer hoje, foi um apagão. O time deles veio em um ritmo absurdo, muito rápido, a gente taticamente não conseguiu adaptar e como a gente não conseguiu impor o nosso jogo, a gente simplesmente não jogou Valorant hoje. Foi bem feio da nossa parte.”
Jonathan JhoW, por sua vez, enalteceu a rápida atenção da lineup da Vivo Keyd em 2021. Em entrevista à repórter Evelyn Mackus, da equipe oficial de transmissão do Valorant Champions no Brasil, o jogador lamentou a eliminação do Mundial e lamentou a performance da equipe.
"Eu realmente não sei dizer, não sei o que dizer hoje, foi um apagão. O time deles veio em um ritmo absurdo, muito rápido. A gente taticamente não conseguiu adaptar e simplesmente não jogou VALORANT hoje. Foi bem feio da nossa parte", destacou.
JhoW também fez elogios ao cenário europeu de Valorant, e considera que o bootcamp na Europa foi decisivo para a evolução do nível de jogo do time, especialmente no duelo diante da Acend. Ele espera disputar em 2022 mais eventos internacionais no continente para passar por novos períodos de treinamento intensivo.
"Eu gosto muito de como eles treinam, eles são rápidos nas reações, taticamente muito criativos e são muito bons também. A gente absorveu isso com uma certa facilidade. Torço para que o ano que vem a gente possa voltar aqui e ter um bootcamp que foi de muita ajuda", disse.