Dez jogos, duas vitórias, oito derrotas e três eliminações diante de equipes que não fazem parte das regiões Major do Valorant mundial. Este é um breve resumo do desempenho das equipes brasileiras nos Masters do FPS da Riot disputados nas cidades de Reyjavík, na Finlândia, e Berlim, capital alemã. Quando os primeiros campeonatos regionais de Valorant foram disputados, naturalmente se criou uma grande expectativa em torno do cenário brasileiro, visto que o país possui um histórico de grandes títulos internacionais ou, na pior das hipóteses, campanhas de destaque em jogos de tiro em primeira pessoa com diferentes propostas, como CS:GO, Rainbow Six, Crossfire, Point Blank e Battlefield 4.
A exemplo do que costuma ocorrer na maioria dos esports, os cenários da América do Norte e da Europa foram aqueles com maior investimento por parte de grandes organizações de esports, com salários e estrutura que mesmo as maiores tags de esports do Brasil nunca conseguiram se equiparar. Justamente por isso, era natural que nos primeiros grandes campeonatos internacionais, equipes como Team Vikings, Sharks, Vivo Keyd e Havan Liberty, representantes do país nos dois Masters disputados até o momento, tivessem dificuldades diante dos times mais fortes dessas duas regiões, assim como ocorreu em outros games de tiro em primeira pessoa nos quais os brasileiros foram posteriormente campeões.
O sinal de alerta para o Valorant brasileiro, contudo, não se deve tanto às derrotas para times como Sentinels, Team Liquid, 100 Thieves e Team Envy, mas a outros dois elementos que devem, sim, despertar preocupação em quem deseja ver a evolução do país no FPS da Riot. O primeiro deles é o fato de na maioria dessas partidas os times brasileiros terem sido presas fáceis para as equipes de regiões Major, com exceção do duelo da Vivo Keyd contra a Envy, vice-campeã do VCT Masters Berlin.
O segundo é o mais preocupante quando se coloca em análise o nível do Valorant brasileiro: as derrotas para equipes de regiões que também não figuram entre as mais fortes do mundo. Rival dos times brasileiros na América do Sul, a KRU Esports foi a responsável pelas eliminações da Sharks no Masters Reykjavík e da Vivo Keyd em Berlim, com o agravante de não ter perdido nenhum mapa nesses confrontos. Já a Crazy Racoon, vice-campeã do VCT Challengers Playoffs do Japão, foi a responsável pela eliminação da Havan Liberty na Alemanhã, também sem perder mapas e sendo de fato superior na maior parte do confronto.
Embora seja verdadeiro o argumento de que o Brasil nunca foi campeão nos primeiros campeonatos de FPS que disputou, é também um fato que o desempenho do país no Valorant é, sim, inferior ao visto nos primeiros campeonatos internacionais de times brasileiros em outros FPSs, nos quais também houve menos investimento e estrutura aqui do que nas regiões Major desses jogos. As derrotas certamente serviram de aprendizado e evolução, mas o começo da nossa história nesses jogos foi animador, mesmo sem as equipes do país serem campeãs em seus primeiros eventos internacionais.
Desempenho do Brasil nos Masters de Valorant
Masters Reykjavík
Team Vikings
- Team Vikings 2 x 0 X10 Esports (Tailândia)
- Team Vikings 0 x 2 Sentinels (Estados Unidos/Canadá)
- Team Vikings 0 x 2 Team Liquid (Europa)
Sharks Espors
- Sharks 1 x 2 Nuturn Gaming (Coreia do Sul)
- Sharks 0 x 2 KRU Esports (Chile/Argentina)
Masters Berlin
Vivo Keyd
- Vivo Keyd 0 x 2 Team Envy (Estados Unidos/Canadá)
- Vivo Keyd 2 x 0 ZETA Division (Japão)
- Vivo Keyd 0 x 2 KRU Esports (Chile/Argentina)
Havan Liberty
- Havan Liberty 0 x 2 100 Thieves (Estados Unidos/Canadá)
- Havan Liberty 0 x 2 Crazy Racoon (Japão/Coreia do Sul)
O desempenho do Brasil em outros FPSs
CS:GO
Embora tenha sido campeão mundial de CS 1.6 em 2006, quando a MIBR conquistou o título da ESWC daquele ano, o Brasil reconquistar o respeito internacional no FPS da Valve quando Counter-Strike: Global Offensive foi lançado. Nos primeiros quatro Majors do game, um disputado em 2013 e outros três em 2014, o país sequer teve a chance de disputar qualificatórios para disputar o mundial da modalidade.
Tudo mudou no qualificatório para a ESL One Katowice 2015, campeonato no qual a Kabum.TD, à época representada por Fallen, Fer, Boltz, Steel e Zqk foi finalmente convidada para disputar o classificatório em LAN, após aquela lineup dominar as competições no Brasil. Após ser derrotada pela Mousesports na estreia, a Kabum se classificou para o Major na Polônia com vitórias sobre a INSHOCK, da Polônia, e atropelar os dinamarqueses da Team Dignitas.
Cerca de um mês depois, o quinteto brasileiro, agora defendendo a Keyd Stars, desembarcou em Katowice para a disputa do Major. A equipe estreou com derrota por 16 a 9 para a Ninjas in Pyjamas, que mais tarde seria vice-campeã do torneio, mas no jogo seguinte derrubou por 16 a 12 a HellRaisers, equipe da Comunidade dos Estados Independentes que chegara com status de Legend, concedido a times que terminam no top 8 de um Major e garantem vaga no mundial seguinte. A Keyd avançou aos playoffs ao superar por 16 a 8 a Counter-Logic Gaming, uma das equipes mais fortes dos Estados Unidos na época.
Nos playoffs, Fallen, Fer e companhia chegaram a tirar um mapa da Virtus Pro, outra equipe que chegara ao Major com status de Legend, mas foram atropelados nos mapas Mirage (16 a 4) e Nuke (16 a 1) e deram adeus ao torneio. Ainda assim, a equipe brasileira surpreendeu pelo bom desempenho e garantiu vaga direta no Major seguinte: a ESL One Cologne.
No mundial disputado na Alemanha, agora com Coldzera no lugar de Zqk e com a lineup sendo contratada pela organização canadense Luminosity Gaming, o quinteto brasileiro mais uma vez avançou aos playoffs e manteve o status de Legend, com vitórias sobre a europeia Team Kinguin, de Maikelele, Rain e Dennis, e a FlipSid3 Tactics, do ucraniano Markeloff, após se recuperar de uma derrota apertada para a Team EnVyUs. Nos playoffs, a LG acabou perdendo de 2 a 0 para Fnatic, campeã daquele Major, nas quartas de final, mas manteve o status de Legends.
No mundial seguinte, a DreamHack Cluj-Napoca, a Luminosity chegou mais uma vez ao top 8, com vitórias sobre Cloud9 e Fnatic, mas acabou eliminada pela NaVi em uma série acirrada. A regularidade em torneios internacionais abriu caminho para que, no ano seguinte, desta vez com Fnx e TACO jogando ao lado de Fallen, Fer Coldzera, o Brasil conquistasse os dois Majors da temporada recolocasse o Brasil no topo do mundo.
Rainbow Six
Rainbow Six Siege teve seus primeiros campeonatos internacionais disputados em 2016, com participação de times da Europa e da América do Norte, mas foi somente em 2017 que o Brasil teve a chance de disputar seus primeiros campeonatos internacionais. Ao todo, foram quatro eventos disputados naquele ano: o Six Invitational 2017, que na ocasião era um evento com participação de apenas seis times e muito menor do que os mundiais disputados a partir de 2018, e três edições Pro League, maior campeonato internacional do FPS da Ubisoft na época. Apesar de estar em sua primeira temporada jogando torneios fora do país, o Brasil foi duas vezes vice-campeão mundial, ambas as vezes com Black Dragons.
Na primeira temporada das finais mundiais da Pro League 2017, que contou com a participação de 8 equipes e foi disputada no formato de mata-mata com eliminação simples, a Black Dragons, à época representada por Zigueira, Nesk, One, Bullet e Yuuk, estreou com vitória de 2 a 1 sobre a Gifu Esports, da Finlândia. Na sequência, a BD, superou também por 2 a 1 gBots Pro, da Espanha, antes de ser atropelada na final pela Penta Sports, que reunia jogadores de cinco diferentes países da Europa. Além da BD, a V3 Masters, também do Brasil, caiu na semifinal do torneio para a Penta.
Na segunda temporada da Pro League 2017, o Brasil teve dois representantes nas semifinais, BRK e-Sports, que havia contratado antiga lineup da Black Dragons, e Team Fontt, que mais tarde formaria a primeira lineup da Faze Clan no R6. A BRK caiu para a Elevate por 2 a 0, enquanto a Fontt perdeu por 2 a 0 para a Penta, mas numa série acirrada e definida num duplo 6 a 4 a favor dos Europeus.
Na terceira temporada daquele ano, a Pro League desembarcou em São Paulo, e mais uma vez a Black Dragons, agora representada por Psycho, Kamikaze, Julio (os três hoje campeões mundiais pela NIP) Wag e PZD, chegou à final. Com oito times de quatro diferentes regiões do mundo - Europa, América Latina, América do Norte e Ásia-Pacífico, a BD estreou com vitória por 2 a 0 sobre a 1nFamy, dos Estados Unidos.
Na semifinal, a equipe encarou a PENTA, grande favorita a conquistar o tricampeonato da Pro League. Numa partida que fez a MAX5 Arena explodir, o quinteto brasileiro desbancou os europeus e avançou à final contra a ENCE (antiga Gifu), da Finlândia. A Black Dragons, porém, não conseguiu repetir o desempenho mostrado contra PENTA e acabou derrotada pela ENCE.
No ano seguinte, o Brasil teria também com a BD uma campanha de grande destaque no Six Invitational, agora a principal competição do Rainbow Six mundial, com 16 times e premiação total de US$ 500 mil, chegando às semifinais. Desta vez, porém, Psycho, Julio e companhia acabaram derrotados pela PENTA, que se sagraria campeão mundial logo na sequência, após derrotar a Evil Geniuses por 3 a 2 na grande final.
Na sétima temporada da Pro League, porém, disputada em maio de 2018, o Brasil conquistaria seu primeiro grande título mundial. A Team Liquid, composta por Zigueira, Nesk, Bullet, S3xycake e PSK, estreou com uma vitória de 2 a 0 sobre a Fnatic, da Austrália. Na semifinal, a Cavalaria superou 2 a 1 os franceses da Millenium, e na grande decisão superou a PENTA com uma vitória por 2 a 1 e show de Nesk.
Em retrospecto, é possível observar que antes de dominar o cenário mundial de Rainbow Six, com a Ninjas in Pyjamas conquistando o Six Invitational 2021, que teve um top 3 inteiramente formado por brasileiros (Liquid e MIBR completaram o pódio), e a Team One vencendo o Six Major México, o Brasil sempre foi uma força do R6 no cenário mundial, mesmo antes de orgs estrangeiras desembarcarem no país e investirem no cenário brasileiro.
Crossfire, Battlefield 4 e Point Blank
Hoje bicampeão mundial de Crossfire, com os títulos conquistados pela Black Dragons em 2018 e a VINCIT Gaming em 2019, o Brasil teve campanhas de destaque desde suas primeiras participações no Crossfire Stars, o mundial do FPS da Smilegate, com a INTZ chegando ao top 4 do mundial em duas ocasiões entre 2013 e 2015, período em que foram disputadas as três primeiras edições do mundial de Crossfire.
A sequência de bons resultados fez o Brasil se estabelecer como uma potência de um jogo de pouca popularidade no Brasil. Em 2018, a BD superou as chinesas Qing Jiu Club e Super Valiant nas quartas de final e e semifinal, respectivamente, antes de atropelar os russos da RuLegends na grande final por 3 a 0. No ano seguinte, VINCIT e BD fizeram uma final brasileira, com a VINCIT levando a melhor sobre a BD por 3 a 0. No ano passado, a VINCIT mais uma vez chegou à final, mas acabou derrotada pela chinesa Q9 E-Sports.
No caso de Point Blank, que reconhecidamente tem um cenário competitivo bem menos popular e abrangente do que jogos como Valorant, CS:GO, Rainbow Six e até mesmo Crossfire, o Brasil sempre se estabeleceu como uma força do jogo desde suas primeiras participações internacionais, embora os grandes títulos internacionais não tenham sido conquistados logo nas primeiras participações.
Em 2016, veio a primeira conquista do Tier1 internacional: o PBWC. Na ocasião, a 2Kill Gaming, dos hoje jogadores de Valorant Jonn (Gamelanders) e Jhow (Vivo Keyd), foi conquistou o título da competição. O segundo grande título internacional veio em 2018, novamente com a 2Kill, que agora contava com Nyang, que também migrou para o FPS da Riot e hoje defende Gamelanders, no elenco.
Em 2019, foi a vez da Black Dragons de Prozin, outro ex-jogador de PB que migrou para o Valorant e hoje defende a Sharks, conquistar o PBIC (Point Blank International Championship) na Indonésia. O título do mundial de Point Blank consolidou a trajetória de sucesso do Brasil no game. Ainda que o FPS do estúdio sul-coreano Zepetto nunca tenha alcançado o nível de popularidade de outros FPSs, derrotar as melhores equipes asiáticas sempre foi uma tarefa duríssima, e as equipes brasileiras sempre "botaram jogo" contra os melhores do mundo, mesmo antes de os primeiros títulos internacionais serem conquistados.
Em Battlefield 4, jogo cujo cenário competitivo acabou abandonado pela EA, o Brasil fez grandes campanhas em campeonatos mundiais quando teve a oportunidade. 2015 foi um ano histórico neste sentido, mesmo com o país batendo na trave três vezes. A ESL One sediava os principais campeonatos internacionais do FPS, e o Brasil acabou chegando a três decisões, mas foi derrotado em todas elas.
Os primeiros vices vieram com a Dexterity Gaming. Na ESL One Spring 2015, disputada em abril daquele ano. Após uma grande campanha, a equipe de Rafael “mav” Freitas, Wagner “wag” Alfaro, Nino “Ninext” Pavoloni, Julio “Julio” Giacomelli e André “Nesk” Oliveira, que no ano seguinte migrariam para o Rainbow Six, derrotaram no caminho até a final equipes como Meet Your Makers, SK Gaming e Epsilon eSports. Na final porém, os brasileiros acabaram dominados pela Fnatic, que venceram por 3 a 0 e conquistaram o quarta ESL One consecutiva na ocasião.
O segundo vice veio na ESL One Summer 2015, disputada em setembro daquele ano durante a Gamescom, em Colônia. Novamente com a Dexterity, o Brasil chegou à grande decisão contra Fnatic, e mais uma vez perdeu por 3 a 0. O terceiro vice em dezembro daquele, com a INTZ, que havia contratado a lineup da Santos Dexterity. Na ESL One Winter 2015, que fechou a temporada de mundiais de Battefield. O adversário na ocasião não foi a Fnatic, e sim a Epsilon eSports. Após uma série equilibrada, o quinteto brasileiro acabou derrotado por 3 a 2.
Fazer do cenário "terra arrasada" não é solução, mas é preciso ficar alerta
O breve apanhado do desempenho do Brasil em seus primeiros campeonatos internacionais em diferentes FPSs e as conquistas subsequentes do país nesses jogos reforça a ideia de que mesmo quando o Brasil não é campeão ou chega a finais logo de cara, o país se fortalece para as edições seguintes de grandes eventos internacionais e, eventualmente, chega ao topo. Justamente, por isso, há razões para acreditar que o Valorant brasileiro em algum momento será capaz de encarar de igual para igual (e vencer) os melhores times do mundo.
A boa atuação da Vivo Keyd diante da Team Envy, vice-campeã do Valorant Masters Berlin, dá alguns sinais de esperança de que a distância em relação aos times do topo é grande, mas reversível, embora a missão de se estabelecer como no tier 1 mundial seja evidentemente difícil. Para voar no Valorant, o Brasil primeiro precisará a aprender a correr, o que significa se consolidar, antes de tudo, como o cenário mais forte do mundo depois das regiões Major, que hoje contemplam América do Norte, Europa, Comunidade dos Estados Independentes e, talvez, Coreia do Sul, vistos os bons desempenhos da Nuturn em Reykjavík e da Vision Strikers em Berlim.
As eliminações de Vivo Keyd e Sharks para a KRU Esports e da Havan Liberty diante da Crazy Racoon devem servir de alerta para o país, que em 2022 corre o risco real de ter o número de vagas em grandes campeonatos internacionais reduzido caso nossas equipes não apresentem um desempenho melhor no Valorant Champions, mundial do FPS da Riot que será disputado de 2 a 12 de dezembro, em Berlim.
O país já conta com duas equipes classificadas para o torneio -Vivo Keyd e Team Vikings - e ainda pode conquistar uma terceira caso FURIA, Galelanders, Shakrs ou Havan Liberty vença a seletiva da América Latina, o que está longe de ser uma garantia, vistas as dificuldades de Keyd e Sharks diante da KRU, por exemplo.
Nos próximos dois meses e meio, as equipes brasileiras deverão utilizar todas as oportunidades possíveis para elevar seu nível de jogo, especialmente no aspecto tático, que se mostrou um calcanhar de Aquiles para os times do país quando enfrentaram times de regiões mais desenvolvidas.
Ao mesmo tempo que fazer do mau retrospecto do país um cenário de "terra arrasada" não é solução, é preciso sim admitir que hoje estamos longe das melhores regiões do mundo e temos apresentando enormes dificuldades mesmo contra equipes de cenas que não fazem parte do tier 1 mundial, com exceção da tranquila vitória da Vivo Keyd sobre a ZETA Division, do Japão. Mesmo a vitória da Vikings diante da tailandesa X10 veio em parciais extremamente equilibradas (13 x 11 em Icebox e 14 x 12 em Ascent), reforçando a noção de que, antes de almejarmos chegar ao tier 1 mundial, precisamos ficar extremamente atentos a outros cenários que, assim como o Brasil, buscam se estabelecer no Valorant.
Para mirar em times da Europa, Comunidade dos Estados Independentes, América do Norte e Coreia do Sul, o Brasil deve, primeiro, superar as outras regiões Minor do Valorant, como América Latina e Japão. Em comparação a outros FPSs, nosso começo no game da Riot está, sim, abaixo das expectativas. Ainda em 2020, quando a Gamelanders dominou o cenário brasileiro e conquistou o First Strike, havia grande expectativa de como a melhor equipe do Brasil à época se sairia diante dos melhores times do mundo.
De lá para cá, porém, a própria GL não conseguiu manter a hegemonia no Brasil e ainda não disputou um evento internacional, ao passo que os times brasileiros que representaram o país ou foram eliminados por times de regiões Minor, casos de Vivo Keyd, Sharks e Havan Liberty, ou foram dominados pelos times de regiões Major, como aconteceu com a Team Vikings nas derrotas para Sentinels e Team Liquid. Se o Brasil espera mesmo conquistar títulos internacionais no futuro, uma meta possível dada a tradição do país em FPSs, é preciso reconhecer que precisamos primeiro nos estabelecer diante de outras regiões que hoje também trabalham duro para chegar ao topo e, inclusive, já deixaram algumas das nossas melhores equipes nossas pelo caminho nessa luta por ascensão no cenário internacional.